Capítulo dois

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— Precisa levantar querida — minha mãe disse pela quinta vez e então ouvi o barulho das pesadas cortinas serem puxadas por ela e a luz invadir o quarto

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— Precisa levantar querida — minha mãe disse pela quinta vez e então ouvi o barulho das pesadas cortinas serem puxadas por ela e a luz invadir o quarto. Resmunguei e me encolhi debaixo da coberta, fugindo do sol da manhã. 

— Não entendo porque tenho que levantar cedo — reclamei abraçando o travesseiro macio.

Senti a cama balançar quando mamãe sentou ao meu lado e logo a mulher puxou o cobertor de cima da minha cabeça, ajudando a bagunçar mais ainda os fios do meu cabelo sobre meu rosto. Fiz bico e Lila sorriu.

— Já expliquei, estamos de visita aqui, precisamos nos comportar fingindo que eu consigo controlar meus filhos ao ponto deles saírem da cama na hora que eu quero — minha mãe concluiu e uma de suas sobrancelhas subiu parecendo me desafiar a ficar sequer mais um segundo deitada. 

— E você sabe — resmunguei ao jogar o cobertor fofo para longe. 

— É claro que eu sei! — a mulher se gabou, foi até a porta e deixou as funcionárias do castelo entrarem no quarto para organizarem o ambiente.

Arrastando minhas pantufas de elefante, fui para o banheiro e me tranquei, se eu não podia dormir, iria tomar um banho quente e demorado na banheira enorme do quarto que me foi cedido. 

Quando terminei, coloquei o vestido branco de algodão que Lila deixou pendurado em um cabide e parei na frente do espelho para tentar escovar meu cabelo. Graças ao penteado do evento da noite anterior, os fios castanhos e finos estavam entrelaçados e assim que o esforço começou a me fazer ficar irritada, fui pedir ajuda a minha mãe. 

— Mamãe, eu preciso de ajuda — reclamei voltando para o quarto e quando encontrei a mulher na sacada vi que não estava sozinha. 

Eu havia escutado a voz dela antes de sair do banheiro, mas achei que Lila estava falando com as funcionárias que organizavam o quarto, mas me enganei, mamãe conversava com um dos anfitriões da nossa visita, eu certamente me recordava dele da noite passada, Aspen Jersen. 

Envergonhada com o estado do meu cabelo, corri e me escondi atrás de uma das mulheres contratadas do castelo, que posicionava os vários travesseiros e almofadas sobre a cama, agora arrumada, e então ouvi a risada do rapaz junto com a da minha mãe.

— Venha aqui, Kimberly — mamãe pediu e eu neguei com a cabeça como se ela pudesse me ver — você já foi vista, não adianta se esconder mais.

Respirei fundo e sentindo meu coração bater rápido sai de trás da funcionária que me ajudou na minha tentativa falha de me esconder. Olhei para o rapaz alto, de cabelos castanhos e olhos azuis e tentei sorrir para aliviar minha frustração dele me ver assim.

Já disse que te amo?Onde histórias criam vida. Descubra agora