Capítulo treze

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Meu celular é tirado da minha mão por Mila que está inquieta no quarto, a garota alega está com enjoo e diz que andar ajuda a passar a vontade

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Meu celular é tirado da minha mão por Mila que está inquieta no quarto, a garota alega está com enjoo e diz que andar ajuda a passar a vontade. O que é até engraçado ver a loira caminhando de um lado para o outro com a cabeça inclinada para trás.

— Será que quando a gente anunciar o bebê, todos vão agir como seu pai? — A loira se sentou no meu colo e mordeu o lábio inferior.

— Não sei — murmurei — alguns, sim, alguns não, já não estamos mais na época em que um… — respirei fundo — um bebê fora do casamento seja tão discriminado, mas a realeza tem seus princípios.

— Ok… — a garota deitou a cabeça em meu ombro, levou o indicador até a boca e começou a roer seu esmalte — eles vão casar a gente?

— Não. 

— Hum — Mila suspirou parecendo aliviada, o que para mim foi uma surpresa — mas se temos um filho juntos, você vai ser rei um dia e se você se casar com outra e ela me expulsar? Saiba que vou levar o bebê.

As últimas palavras me fizeram afastar a mulher,  para ver se estava falando a verdade. Mila teria coragem de tirar o meu filho de mim? Isso seria demais.

— Você não faria isso.

A garota deu de ombros e se jogou na cama, engatinhou até a cabeceira e arrumou os travesseiros para suas costas.

— Se alguém for tirar o meu filho de mim primeiro — a loira deu de ombros me deixando ainda mais em alerta pela ideia — mas isso não me dá medo agora, o que me preocupa, é a nossa relação na frente dos outros, porque você é o pai do meu filho, Aspen, e não dá para você ficar me deixando de repente para ficar… cortejando outras.

— Não comece com isso — olhei para a garota que desviou o olhar para suas mãos que foram até sua barriga.

— Você vai ter que escolher, Aspen, eu e o bebê, ou a Kimberly, não se pode ter tudo — os olhos azuis dela se ergueram para mim e eu pisquei diversas vezes seguidas.

Escolher? Eu não achei que teria que fazer isso, na verdade, não devia, mas Mila tinha o direito de tentar, ela era a mãe do bebê e não gostava de mim com Kimberly. No fundo, eu tinha noção do medo que a mulher tinha de me perder para a morena, só não sabia que chegaria ao ponto de me pedir para escolher, e ainda colocar nosso filho no meio. 

Eu tinha acabado de descobrir sobre ele e não podia perdê-lo.

— Por que está fazendo isso? — A pergunta saiu baixa e senti minha voz falhar. Eu não cogitava a ideia de perder meu filho ou Kimberly e pensar nisso, doeu muito.

— Porque se você escolher ela, se um dia você tomar coragem para se declarar, óbvio que as coisas vão ser diferentes do que é com a gente, sem contar que sua amiga não gosta de mim, talvez ela me afaste de você quando vocês estiverem juntos e eu volto a repetir, eu não vou deixar meu filho para trás! — Mila se levantou determinada e vir até mim, parando na minha frente, a garota pegou em minhas mãos e as colocou em sua barriga — você vai ser pai, Aspen, precisa colocar a gente como prioridade. No momento, essa sua paixãozinha, vai precisar ficar em segundo lugar.

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