Capítulo 7

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Bruce nunca tinha sentido tanta raiva na vida. Sentia que seu coração virou um inferno de chamas flamenjantes interminável e seus olhos viraram o do próprio Diabo.
O cartaz que ele viu, não era único, haviam muitos outros, em um poste ou em um muro de um terreno abandonado, aqui e ali.
Ele passou a manhã inteira retirando os cartazes, passando de rua em rua. Um trabalho de formiga, acreditava ter arrancado uns cinquenta cartazes iguais.
Suas unhas que já estavam em carne viva agora sangravam e suas roupas estava encharcada como se tivesse caindo em uma piscina.
Sua respiração estava ofegante como Bruce nunca viu antes.
O que está acontecendo com meu corpo?
Ele não estava bem, seu estado físico não importava, ele precisava acabar com essas coisas.
Ao meio dia voltou para casa, tomou um banho e ligou para Finney. Ele aparentemente não sabia de nada.
Depois do almoço subiu para seu quarto e apagou sobre a cama.

Vance estava no fliperama, era sete da noite. Estava tentando manter sua posição de invicto no Donkey Kong, alguém havia passado seu recorde.
Estava imerso no seu jogo até senti uma presença inquietante no recinto.
Pelo canto do olho viu a sombra de uma silhueta.
Ele abre um sorriso de deboche, Bruce também estava com um sorriso estampado na cara.
-Cor... - ele finge um tossido- digo, Japa. O que faz aqui?
-Só estava passando por aqui, resolvi parar para jogar um jogo.
Bruce se aproxima passo a passo, lentamente. Vance teve novamente um pequeno momento de medo.
O que deu em você?! pensou consigo mesmo, ele é só um garoto. Só que algo nele era...
Diabólico.
-É mesmo? Qual jogo?- debochou Vance com um sorriso ainda mais largo.
-Um da era Atari- respondeu Bruce.
E cada vez mais ele se aproximava.
Seu sorriso continuava monumental e inalterado. Não era humano.
Bruce olho bem no fundo dos olhos dele e falou:
-Eu sei que foi você- disse de forma concisa em suas palavras.
-Fui eu o que garoto? Melhor tomar cuidado com o que me acusa, para sua sorte eu estou de bom humor...
Bruce fez um rápido movimento para se aproximar de Vance até estar a centímetros dele. Ele estava preparado para dar um soco no asiático até sentir um círculo metálico em sua barriga.
-Parado, um movimento e você sabe o que vai acontece- sussurou vêemente Bruce.
Ele mantinha seu rosto calmo e sorriso teatral.
Em todo local havia apenas uma outra pessoa presente, um funcionário do fliperama distraído com o celular.
Ele olhou rapidamente para os dois garoto. Ele não conseguia ver a arma porque Vance estava de costas para ele impedindo sua visão.
Bruce faz um aceno com a cabeça e ele volta a se concentrar no celular.
-Um grito ou movimento em falso e eu mato vocês dois- sussurrou Bruce.
-Certo- concordou o garoto.
Pingos de suor caiam do queixo do loiro no chão.
-Eu quero todas as cópias que você tiver daquilo ou qualquer coisa relacionada. Memória eletrônica destruída. Eu mesmo quero destruir. Seu celular e computador também.
-Você só tá de brincadeira!-
Bruce move o revólver para mais em baixo.
-O menininho aqui em baixo não acha que é brincadeira.
Vance engole em seco.
-Quando e onde?
-Ao anoitecer. Coloque tudo em uma caixa e deixe na porta dos fundos da minha casa. Você sabe qual é, já pichou o bairro inteiro.
Um momento de silêncio e ele rapidamente coloca a arma no bolso e se afasta do loiro.
Ele se vira e vai embora.
Vance sentia uma grande mistura de sentimento. Sentia medo é claro, mas o principal era raiva. Aquela atitude fez com que ele temesse alguém e isso afetou seu orgulho.

A campainha da casa dos Blake ecoou pela casa. Isso foi motivo para Finney se preocupar.
Não podia ser Bruce e Donna, eles sabiam que não podia usar a campainha da sua casa, seu pai odiava o barulho dela. Ele correu para porta achando que Griffin veio te visitar, mas ao abrir a porta viu um garoto alto, magro e loiro.
-Oi- cumprimentou ele.
-Olá- cumprimentou Finney de volta.
Ele já tinha visto esse garoto antes com Bruce. Como era o nome dele?
-Posso entrar ou vai me deixar congelado aqui fora- disse ele.
Finney sabia que aquilo foi uma piada, mas não deixou de ficar nervoso. Ele tinha péssimas habilidades sociais.
-Entra. Você é amigo de Bruce, certo?
-Amigo não não... colega de matéria, apenas- disse o outro garoto com uma certa arrogância.
-Quer beber ou comer algo? Eu tenho um resto de guacamole e um saco de Doritos...
-E traga um copo de leite também.
Ele se senta em um sofá da sala.
Ele era bem folgado, concluiu Finney.
-É mesmo, Bruce fala que você é viciado em uma comida mexicana.
-Ele tem falado de mim?
Ele bufa.
-O tempo todo.
Finney cora.
Ele coloca uma tigela do condimento com uma tigela do salgadinho, ele começa a comer, então, Finney se lembra de uma conversa bem antiga que citou esse garoto.
-Você é o William, não é?
-Isso. William Showalter, mas todo mundo me chama de Billy.
-Ok, alguma problema que queria me contar?
Ele faz uma pausa.
-É sobre o Bruce. Ele não está nada bem.
-Como assim?
-Ele, tá muito mal...
Finney corta ele.
-É sobre as dores no peito não é?- murmura Finn com olhar baixo.
-Sim... você também percebeu.
Finney acente com a cabeça.
-Todo esse esforço na quadra está acabando com ele, já pedi para ele pegar mais leve, mas ele não me escuta. Espero que nada aconteça- disse Finney tristemente.
-Bem Blake, sinto dizer isso, mas tá piorando.
Os dois garotos se encaram por um tempo.
-Como?
-Ele começou a vomitar com frequência e a desmaiar. Eu encontrei ele desacordado no vestiário masculino outro dia. Minha tia tinha sintomas parecidos e acabou morrendo...
- Jesus, não fale isso... preciso falar com os pais dele- interrompe Finney se levantando para pegar o celular.
-Acha que eu já não falei?
-Ele não se importaram, não é?
-Não.
Finney fecha os olhos e suspira.
-O Sr. e a Sra. Yamada são muito rígidos com ele e muito despreocupados com a saúde deles.
-Por isso vim aqui, falar com a garota dele.
Se fosse em outra situação Finney riria por ser chamado de 'garota' de alguém. Mas agora só estava preocupado com Bruce.
-Vou falar com ele, tentar convencer aquele cabeça dura não vai ser fácil.
-Nem me diga- disse Billy.
Ele ofereceu os salgadinhos a Finney.
-Não obrigado, estou com dor de barriga.
Ele pega seu celular para ligar para Bruce, tinha que encontrar com ele o quanto antes
O celular caiu na caixa postal.

A 800 metros saindo do condado de Denver existe uma floresta de Abetos Azuis tão linda que parece ser cuidada diariamente. Se você segue por um caminho de terra para dentro da floresta chegará a uma clareira tão parecendo uma aréola de dia. Porém, a noite, a árvores tinha aspectos macabros e assustadores, que parecendo sair de um filme de terror.
Lá havia uma pequena e velha cabana de madeira. Era propriedade do pai de Van e Hooper, só que ficava abandonada quase o ano todo. Vance veio põe algum motivo.
Horas atrás Vance entregou seu notebook, celular e as cópias restantes dos panfletos para Bruce em uma caixa. Ele colocou fogo ali mesmo no quintal. Porém, sabia que Vance era traiçoeiro como um escorpião, ele não entregaria tudo sem tentar alguma gracinha.
Afastado uns cinquenta metro da cabana, escondido atrás de uma árvore de Abeto, Bruce tinha uma visão privilegiada de dentro da cabana.
Vance andava de um lado para o outro. Essa seria a hora perfeita para mata-lo, ele havia trazido sua arma. Mas tinha medo que houvessem mais cópias. Ele precisava ter certeza que destruiu tudo antes de eliminar aquele badidinho.
Então ele tirou papéis dos bolsos e Bruce aposta sua alma que aquilo são mais cópias.
Depois de mais ou umas hora assim, a lamparina de dentro são deligadas.
Bruce se esconde e escuta os passos do garoto irem embora.
Ele ficou assim por mais dez minutos até ter a certeza que ele foi embora. Ele não veria seu carro quando volasse para cidade, pois havia escondido atrás de arbusto. Então esse era o momento para agir.
Ele não se preocupou em invadir sem fazer barulho, se desse tudo certo Vance estaria morto amanhã.
Ele procurou em todos as várias caixas de madeira dentro da cabana e não encontrou. Então viu uma macaneta de metal no chão, a puxou e viu no compartimento de baixo, havia um HD de computador e vários papéis escondidos.
Ele pegou tudo.
-O Veado caiu na armadilha.
Bruce pula para longe ao ver o deliquente ali, dois metros de distância dele.
Ele já estava pegando sua arma, só que Vance já estava com algo na mão. Uma lata de spray de serpentina.
Ele mira em seus olhos antes que tenha chance de se defender.
Bruce já havia quebrado um braço, já havia se cortado feio com uma faca de cozinha, mas nada se comparava a isso, era em uma região muito sensível que tornava a dor diferente de tudo que já tinha sentido.
-Não acredito que você me seguiu mesmo!- exclamou o deliquente.
Bruce só conseguia escutar a voz do cara e mesmo morrendo de dor tentou dar um tiro no escuro.
Sente uma forte em seu pulso e escuta um barulho de estalo.
Ele se contorce no chão de dor. A arma já não está mais com ele e pelo barulho que escutou, seu braço quebrou.
-E agora Psicopata, o que vai fazer? Hã?!- provocava o loiro.
Bruce sentiu um trem bala acerta seu estômago e isso fez ele ter vontade vomitar. Vance o chutou outras três vezes e ele põem tudo para fora.
-Não se preocupe, não vou te matar ainda, você vai viver o inferno aqui antes de eu te mandar para o real. E você vai falar para seus outros irmão demônios que não devia ter mexico com Vance Hooper!

Nota:
Oi, Lord aqui. Esse capítulo particularmente gostei muito de escrever. E queria saber do que mais estão gostando da fic até aqui e se quiserem deixar sugestões de como posso melhorar se sinta vontade para comentar. Até o próxima ^^

Extra: Mano, olha a irmã do Mason, a Brooke Thames. Tão linda quanto ele!

 Tão linda quanto ele!

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S.T.A.L.K.E.R.Onde histórias criam vida. Descubra agora