Capítulo 11

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Ele não via mais Bruce, já algum tempo. Desde o dia que o deixou na entrada da escola ele não tentou se comunicar novamente com Finney, ele já não via mais ele nos corredores, nem falando com seus amigos. Ele levou a sério o término.
Isso foi um alívio para Finney.
Com o passar dos dias ele refletia sobre as atitudes de Bruce.
Ele era o perseguidor que mandava aquelas mensagens.
Ele lembrava bem uma das mensagens que mandava ele ficar longe de Donna e ele estava com ela quando foi atingido por aquele vaso. Aquele vaso teria sido para atigur ela ao invés de Finney?
Aquilo foi uma tentativa de assassinato.
Assassinato.
Desde que descobriu aquele altar feito para ele seu subcontinente tentava te revelar algo.
E se foi ele que matou Robin?
Robin era muito próximo de Finney, tinha um vínculo que uma pessoa que faz um altar em homenagem a outra não gostaria.
Será que ele matou Robin?
Ele lembrava da expressão do Bruce quando esmagava o crânio de Vance com uma pedra. Não parecia o Bruce que conhecia ou acha que conhecia, mas um animal selvagem.
E se ele tentasse algo contra ele?
Terminar com sua cabeça esmaga por uma pedra... só de pensar lhe causava arrepios.
Ele tinha que ficar atento e se algo ruim acontecesse tinha que ligar para polícia.
O problema maior agora era que ele queria o anel de sua mãe de volta. Ele não pegou por medo de Bruce perceber algo, mas agora, ele não se importava. Ele queria ter o último presente que sua mãe lhe deu em vida. Nem que para isso ele precisasse ir até a casa do seu Stalker.

Por que ele fez aquilo? Bruce se perguntava a dias do por que ele terminou seu relacionamento.
Dias antes ele disse que queria viver com ele para sempre e agora deu um fora nele. Não fazia sentido.
Ele pressionava seu dedos contra o couro de uma poltrona de seu quarto.
Seus dedos que tinha sarado estavam novamente sangrando, e agora  também pegou o hábito ranger tanto os dentes que sentia gosto metálico na boca.
Isso não vai ficar assim, pensou ele,v ocê é meu Blake! Querendo ou não.

Billy entrou no banheiro da escola para urinar. Ele tinha acabado de voltar de um treino, ao sair da cabine lavou as mãos. A cabine ao seu lado se abre com um barulho alto e ele ver uma figura baixa na escuridão sair dele.
Ele soltou um gritinho de surpresa.
Sua boca é tapada pela mão do outro.
-Shhhhhhhh- gesticula Finney pedindo silêncio- Não grita.
Ele tira a mão da boca de Billy.
-Você me assustou.
-Foi mal, eu preciso falar com você e não quero que ninguém saiba.
Billy muda sua expressão.
-Já sei, não quer que Bruce saiba não é? Já que vocês terminaram. Eu entendo... ele te traiu?
-É serio garoto! O que eu te pedir aqui você deve guardar segredo.
-Certo, eu juro.
Eu revira os olhos.
Finney conta a história que o anel de sua falecida mãe estava na casa de Bruce e não conseguia recuperar.
Ele expressão um olhar um pouco mais terno para o nível de Billy Showalter.
-Nossa, então você quer pegar o anel de volta sem que ele saiba?- indaga Billy.
-E ele não pode saber- complementa Finney.
-Eu te ajudo. Na terça, temos aula de ginástica depois do intervalo, de forma alguma ele vai saber que você foi para casa dele.
-Obrigado. E prometa, não vai contar a ele.
-Eu não vou!- exclamou Billy.
Billy não era uma pessoa má, mas ele podia falar algo que ia comprometer Finney. Ele mão o culpava, ele não tinha ideia do real perigo que Finney se encontrava.
-Ele não vai falar!- exclamou uma terceira voz.
Em um terceiro cubiculo a porta se abre para revelar Griffin.
-O que você tá fazendo?- pergunta Billy.
-Garantido que você fique de bico calado, Will...- disse ele.
Ele aperta um botão no celular. Um som muito alto de um grito é emitido. Era o grito de Billy.
-Seu grito é muito feminino- constatou Griffin sem maldade alguma.
-Você gravou?!- exclamou Billy vermelho de raiva.
-Sim.
Ele se vira para Finney e diz:
-Isso foi baixo.
-Eu não pedi a ele para fazer isso!- se apressou Finney para responder.
-Ele não pediu, eu estava aqui pintando a cabine do banheiro por dentro e vocês começaram essa briga, eu só gravei.
-Aaaah- dizem Finney é Billy em unisom.
-Só ajude o Finny e você não terá que se preocupar com isso, Will...
-É Billy! Eu nunca gostei de ser chamado de Will e eu pensei que fossemos amigos!
-Ué...- Griffin parecia confuso- Mas somos.
A conversa estava estranha.
Griffin continua:
-Veja como Finny esta nos últimos tempos. Ele parece que vai ter um ataque cardíaco a qualquer hora. Faça o que ele pede. Isso é o que um bom amigo faria e eu faria o mesmo pelo dois.
Apesar de Griffin ser o mais infantil dos três meninos, era aparentemente o mais sábio.
Billy olha para Finney e lhe dá um sorriso honesto. Eles eram definitivamente amigos agora.

S.T.A.L.K.E.R.Onde histórias criam vida. Descubra agora