Ele tentou pegar qualquer coisa no chão que o ajudasse a escapar, havia um monte de tralhas ao longe, mas as barras de metal da gaiola o impediu de pegar qualquer coisa que não fosse pedaços de concreto do tamanho grão de arroz.
Depois de um tempo apenas desistiu e tentou dormir. Ao acordar, esperava ao mínimo que Bruce trouxesse comida, mas ele não veio.
O lamparina começou a falhar.
Finney nunca se achou claustrofóbico até ficar preso em um lugar tão apertado, sujo e sem como esse. Ele começou a entrar em pânico.
Ele chorou. Chorou tanto quanto pode para tentar tirar o sofrimento do peito e acabar a água de seu corpo.
Ele queria ir para casa. Ver seus amigos e até mesmo seu pai.
Ele começou a perde a noção de tempo e começou a dormir, ou melhor, desmaiar com frequência.
O plano de Bruce era mata-lo de sede e fome?
O cacheado já não sabia mais o que era sonho ou realidade.-Bom dia!
Finney pulou ao escutar a vós de Bruce. Demorou um tempo até ele entender o que ele falou.
-Nossa, dois dias não te fizeram bem- consta Bruce- Aqui.
Ele entrega duas garrafinhas de plástico. Finney se apressa e bebe uma delas como um animal.
-Não ache que tenho orgulho de vê-lo nesse estado.
Ele sobe novamente a porta e depois volta.
Finney sente um cheiro maravilhoso de fritura. Bruce volta com um prato com mistura de ovos, bacon e torradas.
-Vai fazer o que eu mandar?
Finney acente com a cabeça.
-Assim não, mais convicente, fale.
-Eu vou- sussura Finney. Sua voz estava extremamente rouca- fazer tudo que você mandar.
-Bom menino.
Ele entrega o prato por uma pequena abertura larga na lateral da gaiola. Ele esperou o garoto comer tudo e lamber os dedos gordurosos.
-Primeira pergunta:- anunciou ele- Por quê me abandonou?
Uma pausa.
-Fiquei com medo de você...- ele tosse- e raiva. Você tinha um altar em minha homenagem, aquilo me assustou.
-Eu entendo que aquilo pode ser assustador, mas não precisava me ignorar. Sabe como eu fiquei?
Finney negou com a cabeça. Bruce sorriu, mas seus olhos estavam marejados.
-Foi a pior dor que ja senti, muito pior que ser torturado por Vance. Você partiu meu coração em pedacinhos!- gritou ele.
-Calma Bruce. Você não está bem, precisa de ajuda médica...
-Segunda pergunta:- interropeu ele- Você me amou?
O cacheado tinha não podia aborrecer seu sequestrador, ele tinha que fingir, mas... fingir o que?
-Eu te amei... te amei muito Bruce. E eu me senti traído quando descobri esse seu lado, mas mesmo agora eu ainda te amo. Eu queria só te odiar.
Ele avaliava as expressões do cacheado.
-E Donna, você a amava?
-Não.
-Robin?
-Também não.
-Posso fazer uma pergunta?
Bruce o encara com olhar intenso.
-Foi você matou Robin?
Bruce se levanta.
-Vamos ter muito tempo juntos, tenho que ter confianca em voce. Se continuar agindo bem assim, quem sabe te solto em um ano.O tempo passou. Ele não sabia quanto, mas devia ter pelo menos umas semana que ele foi pego. Bruce começou a servir as três refeições para Finney todos os dias e faze-lo campainha.
Ele perguntava sobre coisa pessoais que ele nunca havia perguntado quando namoraram.
Se Finney era virgem antes de sua primeira vez com Bruce, ele pedia para falar sobre sua infância com seus pais problemáticos ou experiências de vida com Robin.
Ele também trouxe livros, um caderno para escrever e bolas de baseball que os dois jogavam um para o outro.
Como estavam fazendo agora.
-Então sua mãe que te colocou no balé?- perguntou Bruce.
-Sim, ela achava que eu tinha 'pés de bailarino', seja lá o que isso for, fiz por um ano, era legal, mas não era muito bom- explicou Finney
-Depois veio o clube de caça?
-Sim. Esse foi por sugestão do meu pai. Foi nele que aprendi a usar uma arma ou acender uma fogueira. Eu gostava, tinha muita adrenalina, eu matei três veados enquanto fazia parte. Mas eu também não era tão bom, acabei desperdiçando muita bala e não conseguia matar coelho e pássaros, apenas animais maiores. Como pode ver, sou medíocre em tudo.
-Você não é medíocre, Finn- retruca Bruce- Você apenas assume que não é bom e simplesmente desiste, quando pode melhorar. Você é muito talentoso.
-Hum...- murmura Finney- Foi no clube da caça que também aprendi a abrir uma fechadura.
Ele cai na gargalhada.Mais alguns dias passaram.
-Bem, eu tenho que voltar para casa cedo hoje, tenho um compromisso amanhã- diz Bruce.
-Boa sorte, o que quer que seja que vá fazer- diz Finney.
-Obrigado.
Bruce entrega uma maçã e um copo de leite para o cacheado.
-Não é bom comer muito antes de dormir.
-Eu sei.
O asiático acaricia o rosto do cacheado e da um selinho.
Um selinho era o máximo que a grade metal permitia fazer.
-Queria fazer isso a muito tempo, mas eu nunca iria fazer contra sua vontade diz Bruce.
Ambos compartilham um sorriso.
-Boa noite- se despede Finney.
-Boa noite.
Ele escuta a porta fechar.
Chegou a hora.
Ele espera o que parece ser uma eternidade para que Bruce vá para casa. Depois de horas Finney retira um prego enferrujado do bolso e enfia no buraco da fechadura da gaiola.
Pela fechadura ser diferente das que ele está habituado a abrir ele demorou um tempo para aprender, mas praticou durante dias.
A porta se abre.
Ele não podia acreditar. Suas mãos tremiam de emoção e seu rosto nunca esboçou um sorriso tão evidente.
Ele subiu as escadas de pedra e notou o quão atrofiado seus músculos estava após ficar tanto tempo sentado ou deitado dentro da gaiola.
Ele chega a porta no topo da escada e nota que ela estava mal fechada.
Finney não tinha uma boa impressão disso, parecia uma armadilha. Mas armadilha ou não ele tinha que tentar.
Ele abre.
O lado de fora ele viu a floresta, mas estava em um local mais afastado... nas minas de Denver, acreditava ele. O chão era de terra e pedaços de madeira. Ao céu, via a luz da lua cheia e o vento soprava ar gélido e Finney não poderia ser mais grato por aquilo existir.
Ele olhou em volta. Sem sinal de Bruce. Nenhuma rede, buraco ou armadilha de urso também.
Ele começou a andar pela floresta com cautela, mas querendo se afastar o mais rápido possível daquele lugar.
Finney vê um passaro atingir sua perna. Ele não sente dor.
Suas pernas falham.
Ele cai no chão e ao tentar se levantar viu que suas pernas não l estavam obedecendo.
Não era um pássaro, mas um dardo com tranquilizante para abater animais.
-Estou decepcionado, Finn- a voz de Bruce via ao longe.
Era calma e ameaçadora.
-Oh merda- geme ele
Finney se arrasta.
-Eu achei que estávamos começando a nos entender
Ele continua a se arrastar.
Bruce adimirava a persistência do garoto, embora fosse inútil.
-Você pode tentar o quanto quiser, eu sempre vou estar um passo a frente.
Ele vira o garoto para encara-lo.
-Eu vou conseguir de um jeito ou de outro- sussura Finney.
-Boa sorte, na proxima.
Bruce pega a arma e atira outro dardo no pescoço de Finney.
Ele perde a cociencia.Nota do autor:
Dois capítulo em menos de 24 horas, estou produtivo hoje.
Ultimamente tenho tido ideias de outras fic de The Black Phone, acho que farei outra one shot em breve.
Curta e comente. Até a próxima ^^
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S.T.A.L.K.E.R.
Teen FictionFinney Blake está mudando a percepção que tinha sobre seu amigo, Bruce Yamada. A admiração que sentia por ele esta se tornando algo mais intenso, não sabe o que fazer e não quer compartilhar desse sentimento com seu melhor amigo, Robin Arellano. Ao...