Aviso: Há cenas de tentativa de estupro/não consensual nesse capítulo.
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Harry acordou de repente, sentindo que sua cabeça estava sendo forçada a se abrir com um cinzel ou que Voldemort havia retornado dos mortos e sua cicatriz agora estava tentando matá-lo. Ele se virou de lado e abriu um olho, onde viu Ron ainda na cama, com a boca aberta e roncando alto.
Ele engoliu em seco, com os lábios grudados nos dentes da frente. Então era assim que se sentia uma ressaca. Pegando uma caneca vazia debaixo da cama de Rony, ele lançou um feitiço de limpeza sem varinha antes de um aguamenti.
Bebendo profundamente, ele se sentou, sua cabeça girou por um momento enquanto o conteúdo de seu estômago debatia em voz alta se deveria permanecer em seu estômago. Felizmente, ele permaneceu.
O sol estava brilhando intensamente através da janela do sótão, destacando as partículas do crepúsculo que pairavam ali. Harry podia ver o relógio branco do quarto de Ron de onde ele estava deitado, destacando-se em contraste com o papel de parede laranja brilhante do Chudley Cannons que ainda estava pendurado lá. Era uma da tarde! Uau, Harry nunca havia dormido até tão tarde em sua vida.
Ele precisou de três tentativas para ficar de pé, mas finalmente conseguiu ir ao banheiro, onde, depois de tomar um banho e escovar os dentes, começou a se sentir um pouco mais humano. Ele podia ouvir o movimento no andar de cima enquanto Ron cambaleava no andar de cima. Sorrindo para si mesmo, ele voltou para cima para ver em que estado seu amigo estava.
Ele abriu a porta e encontrou Ron olhando para ele da cama de Harry, que claramente não tinha ido muito longe em sua tentativa de se levantar.
— Harry... Eu... acho que estou morrendo.
Rindo, Harry atravessou o piso de madeira rangente até onde Ron estava esparramado.
— Vamos, você vai se sentir melhor depois de um banho, eu me senti.
— Acho que não consigo nem me levantar, Harry. Por que eu bebi tanto? — reclamou Rony, rolando para o lado e tentando enfiar a cabeça debaixo do travesseiro de Harry.
— Não, você não consegue. Vamos, levante-se!
— Ok, mamãe! — brincou Ron. — Pare de incomodar.
Rolando sobre suas mãos e joelhos, Rony conseguiu ficar de pé com toda a graça de um cervo no gelo. Ele cambaleou um pouco, colocou a mão na mesa para se firmar e respirou fundo. Decidindo que estava bem, ele se dirigiu para a porta aberta.
— Foi uma noite incrível, Harry, não foi?
— Certamente foi — respondeu Harry, que estava abrindo a minúscula janela do sótão.
Depois que Ron desceu as escadas frágeis, Harry se sentou perto da janela aberta e olhou para os campos que cercavam a Toca. Era o auge do verão e o sol estava alto no céu. Realmente tinha sido uma boa noite, pensou Harry, lembrando-se. Harry se sentira despreocupado pela primeira vez em uma eternidade. Sim, ele estava pagando por isso agora, mas tinha valido a pena. Poder esquecer tudo por apenas uma noite.
Sentir-se querido e desejado também foi uma coisa nova. Por mais que ele tivesse sido famoso durante toda a sua vida, as pessoas tendiam a manter distância, principalmente por medo de se aproximar demais e se tornar alvo de algum bruxo das trevas.
Ele sabia que, provavelmente, a fama e o dinheiro tinham atraído Lucy para ele na noite passada, mas ele era jovem e solteiro, e ia aproveitar isso ao máximo.
Descendo as escadas, Harry pôde ouvir vozes na sala de estar.
— Bom dia — disse ele, um pouco consciente de si mesmo, ao se sentar em frente à Sra. Weasley, que estava dobrando a roupa suja com Ginny.
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I mean, it's sort of exciting, isn't it, breaking the rules? | Snarry
FanfictionA guerra acabou e a paz foi restaurada. Está na hora de Harry ser feliz para sempre, certo? Lutando para lidar com a perda e a destruição e para encontrar um propósito nesse novo mundo, ele decide que está farto de ser o menino de ouro de todos e de...