"Achou!"

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Sábado |• Apartamento - Espínella

Acordei com um sol grandioso que invadia as vidraças do meu quarto, revelando que já era dia. Abrir os olhos com um pouco de dificuldade devida a claridade execiva que vinha de lá de fora. Bocejei alto e quando dei por mim, vi que o Fagner já não estava ali. Isto foi o suficiente para dar-me um pequeno pulo da cama, receosa.

Afinal de contas onde o homem se encontrava?

Calcei os chinelos e passei a procura-lo pela casa, o que não seria muito difícil, já que meu apartamento era menor que um ovo. Havia tentando de tudo; banheiro, cozinha, sala, e o mesmo não estava em lugar nenhum.

Minha cabeça estava atordoada, pensei em tantas possibilidades tolas que estou a me sentir uma grande idiota. Talvez ele só estivesse ido em algum lugar importante, lembro-me dele ter comentado uma vez de ter amigos por aqui. Deve ter sido isto!

Suspirei fundo e me preparei para voltar ao quarto, quando escuto gritos que aparenta vim da área de lazer do prédio onde morava. Tentei ignorar, mas novamente ouvir uma gritaria grande, que aparentemente vinha de crianças.

"Gol!!!"

Abrir uma das janelas e pôs metade do corpo para o lado de fora, curiosa. Um sorriso visualmente gigante se alinhou em minha boca. Meu coração transbordou de alegria ao Ver o Corinthiano brincar com algumas crianças moradoras do lugar.

Fagner parecia contente, erguia um dos moleques em seu ombro, enquanto uma rodinha se formava ao seu redor. Vê-lo contente era tão gratificante, que mal consigo explicar o quão bom era vê-lo sorrir desta maneira.

Admiro a facilidade em que o moreno tem com crianças. O vendo jogar bola com ambas, nem dar para acreditar que é o mesmo jogador brigão de todos os jogos. Em campo ele sempre bancava o durão, no qual recebia haters Desnecessários das pessoas ao redor e parecia não ligar para tal coisa. Mas aqui, bom... Aqui ele é só ele.

Um homem sorridente, gentil e o melhor de tudo, ele era o meu Fagner. A pessoa pelo qual me desmancho por inteira, admiro a beleza da lua e faço pedidos as estrelas.

Eu tinha o melhor dele, e queria que o mesmo tivesse o melhor de mim também...

- Então é aí que se enfiou fujão? - Falei em um tom Humurado, recebendo atenção de ambos para mim.

O mesmo deixou o menor no chão e colocou as mãos na cintura, enquanto sorria bonito para mim.

- Me achou! - retribuiu a brincadeira e juntos sorrimos.

- E aí jogador? Vai fazer um gol para mim ou vai continuar aí parado com cara de bobo? - o provoquei e o vi morde levemente o lábio inferior.

- Quantos você quiser, flamenguista!

Não sei se conseguia transmitir tamanho sentimento, mas por dentro estava transbordando de felicidade com este diálogo bobo entre nós. Parecia tão normal, mas significava tanto para mim...

Talvez, eu nunca estivesse sentindo isto antes; A admiração nos olhos ao vê-lo, a sensação de querer estar com o jogador sempre, o coração saltitando toda vez que estamos juntos...

Quem diria que um dos jogadores mais mal falado do Brasil viraria o amor da minha vida? É, o destino tem dessas.

- Vocês namoram? - Questionou um pequeno, que tinha olhos escuros, cabelos cacheado e estava com a bola abaixo do braço. Parecia curioso.

Engoli a saliva e tentei responde-lo, mas Simplesmente não tinha uma resposta para aquela pergunta. Afinal de contas, não sei muito bem o que o Fagner e eu temos...

Olhei para o jogador e sentir os olhos dele perfurarem os meus também.

- ela é, mas a mesma ainda não sabe disso.

- Tá namorando sozinho tio?

- Não sei, estou namorando sozinho Lívia? - Dialogou o homem entre berros, enquanto estendia os braços ao lado.

Olhei para os lados um pouco atordoado, mas não deixei de sorrir em nenhum momento. Ele tinha este poder sobre mim, arrancava-me sorrisos bobos sem muitos esforços.

- Estou a esperar pelo pedido oficial, quando finalmente ele chegar, quero que saiba que a resposta sempre será sim...

Ele sorriu amarelo e concordou com a cabeça.

- Eu amo você Espínella...

- Eu sei, eu também te amo jogador...

E lá estávamos nós dois fazendo declarações em meio a um bando de crianças, no espaço de fácil acesso para qualquer morador, sem se preocupar com as consequências que podemos ter quanto a isto. No momento, de alguma forma eu preferia acreditar que no mundo, só havia ele e eu... Merda, isto é tão clichê.

- Achei o momento lindo, de verdade mesmo. Mas será que podemos voltar ao jogo tio? - Indagou o pequeno, agarrando o braço do maior, enquanto o mesmo ainda me olhava com o mesmo tom de bobo, de antes. - Libera ele tia, por favor...

Gargalhei com a situação e movi a cabeça positivo.

- Vai jogar jogador, conversamos depois. Beijos.

- Beijos meu amor! - ele beijou a palma das mãos e ilustrou um coração com os dedos logo após.

Se antes eu tinha alguma dúvida, hoje não tenho mais... Eu amava esse cara.

Lhe dei o último sorriso e entrei para dentro, fechando as janelas. Soltei um suspiro tolo e me joguei no sofá, contente.

 Soltei um suspiro tolo e me joguei no sofá, contente

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Meu lateral - Fagner LemosOnde histórias criam vida. Descubra agora