A cada dia em que passava, sentia como se o vento trouxe-se seu cheiro vibrante em minha Narinas. Cheiro este que carregava toda saudade e necessidade que sinto sobre o jogador Corinthiano. Ainda não superei o fato dele ter ido, amo nossas conversas virtuais, afinal de contas, foi assim onde tudo começou entre nós, mas nada supera o mesmo estar aqui, ao meu lado.Está manhã acordei pensativa, por pouco não larguei tudo e peguei o primeiro avião com destino a são Paulo. Mas nada que uma conversa lúcida para fazer-me pensar melhor. Eu o amava, e realmente sinto sua falta, todavia, por outro lado não acho que a melhor maneira seja agir por impulso.
A sabedoria estar acima do coração.
Isto foi a última coisa em que passou em minha cabeça, quando escuto a campainha do meu apartamento ser acionada. Em um pulo pequeno da cama, corro até a sala para atender seja lá quem for. Não espero pela presença de ninguém, mas julgo ser a Camila. Faz dias que não a vejo!
— Precisamos conversar...
O sorriso que tinha brotado em meu rosto, havia sumido como belas chamas em fumaça. Tentei fechar a porta, impedido o contato visual com a pessoa do lado de fora, mas foi inútil, quando dei por mim o homem já fazia sala em meu apartamento.
Soltei um longo suspiro cansado. Meu corpo se estendeu em tristeza, como se parte de mim estivesse sendo estraçalhado. Levemente ouvir a porta bater, quando a fechei. Em passos leves, fui até o moreno que me esperava com olhos molhados, parecia ter chorado. Isto de forma só casou-me ainda mais repulso, não me importo qual seja o motivo pelo qual o mesmo aparentava sofrer, ainda acharia pouco.
— O que veio fazer em minha casa?? Não lhe convidei, não gosto da sua presença e muito menos do que ele me faz lembrar.
Pensei em maneirar nas palavras, mas porque eu faria isto? Ele não pensou em mim quando fez o que fez, não seria eu que faria o papel "tudo bem, eu lhe perdoou", está não sou eu.
— Não fala desta maneira Liv...
— Lívia! — o corrigi, completamente autoritária. — O que diabos você quer Gerson? Vai diretamente ao ponto, respirar o mesmo ar que você me enoja.
Vi seu semblante muchar, seus olhos encheram D'água mas não chegou a chorar. Ergui uma sobrancelha e cerrei os olhos, ainda esperando por uma explicação do jogador Flamenguista, que continuou mudo. Aquilo estava a me irritar, sentia como se o mesmo só quisesse me atormentar com sua presença desagradável.
— Semana que vem eu caso...
Meu coração disparou. Minhas pupilas dilataram e meu corpo ficou imóvel perante suas palavras. Não me importo quanto o casamento, não sinto nada, além de mágoa. Todavia, é estranho pensar que meses atrás fazíamos planos para o nosso casamento. E agora ele tá aqui, contado-me sobre o dia com outra...
A sua cara de pau me deixa enjoada!
— E?
— eu não sei se quero continuar com esse casamento Lívia. Hoje eu revir nossas fotos na lixeira, porque acredite, não tive coragem de tirar-las de lá. Eu me vi tão perdido, lembrei dos nossos momentos e de como você me fazia bem. Eu acho que sinto a sua falta... — vi um médio sorriso transparecer em seus lábios. Enquanto eu permanecia estática, olhando com repressão no olhar. Ainda não acredito que estou a escutar tamanhas baboseiras. — E depois de tanto tempo, me vi obrigado a beber para tomar coragem de estar aqui...
Rir irônica, negando severamente com a cabeça.
— Você vem na minha casa, diz que vai casar na semana que vem, e ainda tem a cara de pau de dizer que sente minha falta? — Indaguei incrédula. — Porra Gerson, você é pior do que pensei. Eu diria que sua cina seria ficar sozinho, mas você encontrou alguém da mesma laia que você. Ambos não prestam! E quer saber de algo? Vocês estarão destinados a ficar juntos para sempre.