E eu poderia ter lhe ligado, dito meu lado em longas mensagens de textos, talvez chorado e lhe implorado por uma ligação. Mas nada parecia bom o suficiente para faze-lo entender que minha intenção nunca foi usa-lo. Talvez de fato quisesse provocar o meu ex, mas jamais engana-lo.
Quando Fagner me mandou aquelas mensagens de reprovação, foi como se estivesse perdendo parte de mim. Ele parecia tão decepcionado, tão angustiado. Não foi preciso de muito para saber que tinha partido seu coração; ‘Agora tudo faz sentido, você só se aproximou de mim para provoca-lo. Uma fonte de troca? É isto que fui para você Lívia?’ Oh, estás duras palavras ainda martelam contra minha cabeça.
Nunca pensei que o motivo pelo qual me fizesse vim a são Paulo mais rápido, fosse para tentar contornar uma mentira mal contada. Isto me faz questionar o quão boba fui. E como o arrependimento podia interferir em meu coração. Afinal, tive diversas chances em comparecer a está cidade em momentos alegres, felizes, mas em todas elas eu recusei, com a desculpa de um maldito momento certo no qual eu nem sei se realmente ah de existir.
E agora estou aqui, prestes a marcar o nosso primeiro encontro em São Paulo em um momento caótico, talvez triste de mais para que podesse ver um lado bom.
Senti meus dedos entrarem em contato com a campainha fria de sua casa. Meu coração intensificou as batidas, assim causando-me um frio longo na barriga. Antes mesmo de olha-los nos olhos, via lágrimas rolarem por meu rosto, inundando-me. Bem verdade que tinha medo de sua reação, não estava preparada para vê-lo decepcionado. Isto seria frustante.
Respirei fundo, segurando a respiração quando vi a porta ser destravada, mostrando-o com os cabelos inundados em gotículas de água. Uma toalha branca na cintura e o peitoral completamente nu. Arregalei os olhos e quase perdi a estrutura com tamanha perfeitação. Pisquei os olhos algumas vezes, tentando me recompor, mas isto ficava difícil quando o motivo do meu colapse recebia-me praticamente nu.
Meu corpo impulsono-me a pular em seus braços como se não houvesse o amanhã, enquanto lhe implorava encarecidamente para que não acreditasse sobre as mentiras contada naquele maldito site de fofoca. Desenhei cada pequena cena em minha mente com um sorriso no rosto, mas logo me reeprendi quando vi a profundidade de seus olhos sobre os meus, eles estavam diferentes. Não transmitia o mesmo amor que antes, pareciam tão amargurados... E isto meio que dói.
Eu imaginei diversas vezes essa visita, mas em nenhuma delas o mesmo estava tão decepcionado, como agora...
— Oi! — ditei pequena palavra, receosa.
— Oi! — interpelou rude. — O que faz aqui?
— Achei que minha presença fosse bem vinda... — encarei o chão, para não demostrar o quão abalada estava.
Ele permaneceu quieto, e isto incomodou-me. Então continuar a dialogar;
— Precisamos conversar...