(...)
Tirei o salto alto que usava, possibilitando uma correria maior pelo prédio em que morava. Desistir do elevador pós não teria paciência para espera-lo descer. Tudo que me restou foi as escadas, onde subir degrau por degrau com uma certa pressa acumulada.
Sentia minhas pernas pedirem por socorro, não aguentava mais, desde que sair daquela festa tudo que venho fazendo é correr. Mas não consigo estar arrependida, valeria a pena, por ele valeria...
Atravessei o corredor e diminuir os passos assim que o vi parado de costas para mim. O jogador estava em frente meu apê, com uma pequena mochila nas costas. Parecia um pouco impaciente, percebia tal coisa por seus pés aflitos que batiam freneticamente no chão.
Um acúmulo de sensações invadiu meu peito e por segundos pensei que teria um mini infarto. Era real, ele estava aqui, e mesmo tendo a prova que precisava, ainda não consigo acreditar. Meu Deus, finalmente havia acontecido...
Agora meus olhos lacrimejam e meu coração acelera a cada batida, intensificando ainda mais o nervosismo que sentia. Passei dias pós dias imaginado oque faria quando o visse, mas cá estou eu, intacta sem conseguir mexer um dedo.
- Pinscher? - Enuciei em um bom tom.
Ele virou-se de frente a mim e eu sentir todas minhas feições se iluminarem. Achei que fosse impossível, mas ele era ainda mais bonito pessoalmente. Cada traço seu parecia ser escupido por um anjo. O mais belo dos anjos. Ele sorriu largo e eu acabei retribuindo o gesto com um sorriso amarelo.
- Minha Flamenguista.
Deixei o par de sapatos caírem de minhas mãos e sem pensar muito, corrir até seus braços. Onde nos prendemos em um abraço intenso e caloroso. Como eu imaginei este momento, e agora que aconteceu, sinto que foi muito melhor que em meus sonhos.
- Como é bom ter você aqui! - falei, ainda em baixo de seu abraço aconchegante. Se depender de mim, eu não o solto nunca mais. Só de medo dele ir e nunca mais voltar. - eu esperei tanto por isso...
- eu também! Você sabe.
Me afastei um pouco para observa-lo melhor. Encarei seus olhos escuros por um tempo e sentir suas mãos grossas ser postas em meu rosto, fazendo a conexão de nossos olhares se intensificarem ainda mais.
- Você poderia ter vindo a muito tempo, mas preferiu me enrolar né seu idiota? - esbravejei e ele sorriu. Puta que pariu, que sorriso bonito. Passaria horas e mais horas o olhando e não cansaria.
- Você que pediu para irmos com calma, lembra? - lembrou-me.
- Pedi, mas não queria que me ouvisse seu bobo.
- Como iria saber? - elevou uma sobrancelha e eu revirei os olhos.
- Tá, que seja. O importante é que estar aqui agora... E você sabe oque eu quero, não sabe? - passei levemente a língua nos lábios de baixo. Que se foda as circunstâncias...
- Oque você quer meu amor? - ele juntou nossas testas e o ar quente de sua boca bateram em meu rosto, revelando o cheiro forte de hortelã. Estávamos tão próximos, que automaticamente fechei os olhos esperando por algo que queria a tempos...
- Você, só você. - sussurrei.
- Posso?
Ele estava querendo me provocar... Lateral filho de uma puta.
- Anda Fagner.
Ouvi-lo sorri, antes de nossas bocas entrarem em contato uma com a outra. Senti meu mundo parar naquele estante, era como se só houvesse nós dois ali. Ele me beijava com calma e eu gostava disso, não estávamos com pressa. Gostava daquele jogo boca a boca, onde explorava cada pequena região de seus lábios.
Suas mãos estavam presa em meus cabelos e as minhas passeavam livres por suas costas. Seu gosto era tão bom, viciante. Beija-lo havia suprindo qualquer tipo de expectativas que eu estivesse. Seu beijo era perfeito, ele era, seu corpo grudado no meu também era. Merda, nossa conexão era melhor do que poderia imaginar.
- eu, eu acho que temos que entrar... - falei ofegante, ainda enquanto nos beijavamos. Enfiei a mão no bolso e retirei de lá a minha chave. Em passos leves ele foi me guiando até a porta e só aí nos separamos. Caralho!
- eu também..
Abrir aquela maldita porta o mais rápido que conseguir, entramos e deixei com que a chave caisse sobre o chão. O puxei para outro beijo intenso e com um dos pés, fechei a porta. Caímos no sofá e sorrimos em uma sintonia perfeita. Ele desceu os beijos em meu pescoço e deixou alguns beijinhos e chupões por lá, antes de voltar atacar meus lábios como um animal feroz.
Que se foda que era a primeira vez que nos vimos, não iria perder tempo para agradar patrões. Era ele que eu queria e eu não perderia um só minuto com ele aqui em casa. Não importa oque aconteça, esse final de semana esse lateral é meu, e ninguém terá a capacidade de nos tirar aqui de casa, ao menos que queiramos. E sinceramente? Eu só quero ele. Apenas ele. Nada mais.
- Você é uma perdição garota!
- Sou? - provoquei em um tom sexy e ele concordou com a cabeça, beijando-me novamente.
É, eu tenho certeza que hoje recompensaria todos os beijos que não demos ao longo desse tempo... Eu estava adorando isso.
Mas gente, que fogo é esse? avemaria.
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Meu lateral - Fagner Lemos
Fiksi Penggemar"Da próxima vez eu arranco o braço para fora"