Des étoiles dans tes yeux

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O Sol faz um acordo com a Lua e logo começa a clarear, carros começam a ficar em movimento pelas ruas, pessoas apressadas para os seus trabalhos atravessam tentando não serem atropeladas pela correria e no Hotel em que a família Florence está hospedada dois garotos dormem tranquilamente lado à lado.

Na outra cama Amelie está sentada, ocupada gravando e tirando várias fotos do irmão compartilhando a mesma cama com o colega de escola, Milo.

Quando Amelie entrou adentrou o quarto no dia anterior, se deparou com a mesma cena, mas estava muito cansada para fazer algo além de ser levada pelo sono também.

Milo é o primeiro a abrir os olhos e encontrar sua mão sob a do Olivier, rapidamente a puxa quebrando o contato, mas seu rosto ganha um rubor quando percebe a mais velha de cabelos roxos com o celular em sua direção, aparentemente tirando várias fotos.

Olivier ainda está desmaiado sonhando, mas Milo cutuca o mesmo com o ombro e ele logo acorda e fica rapidamente envergonhado e bravo com a cena.

— Amelie, apaga essa merda agora! — Olivier salta em direção a irmã e a mesma esquiva rapidamente.

— NUNCA, essa obra de arte precisa ser exposta para o mundo. Quem diria que meu irmãozinho Oli acharia alguém antes de mim. — Os dois começam a brigar pela guarda do celular. Milo só fica sentado na cama rindo da cena.

Amelie acaba vencendo e segurando o celular entre os dedos com um sorriso de vitória, Olivier suspira derrotado e finalmente seus olhos encontram Milo nas gargalhadas.

— Não vejo graça, se Amelie postar o que vão pensar de nós? — Olivier fala exasperado.

— Na verdade eu não ligo, podem pensar o que quiserem. Somos amigos, não podemos dormir na mesma cama?


Amelie encara a cena e resolve sentar para acompanhar o desfecho.

— Mas e na escola? Podem inventar que estamos sei lá... namorando. Isso com toda certeza seria horrível.

— Olivier, se acalme. São só algumas fotos. — Milo fala tentando acalmar o garoto de luva.

— É irmãozinho, pare de ser tão desesperado. Aliás vão adorar fofocar sobre um suposto casal composto por um emo e um paz e amor, oui? — Depois de Amelie proferir essas palavras, Olivier se lança até ela e começam a se bater de novo.

Milo apenas sai do quarto rumo a recepção, mais tarde naquela manhã teriam escola e ele iria encontrar com Bárbara no caminho.

O cheiro de sal que vem do mar, já familiar para Milo, invade as ruas como toda manhã e o barulho das ondas cristalinas ficam mais presente conforme ele caminha.

Chegando em casa ele encontra seu pai, Bartô, se arrumando, pois chega mais cedo na escola por ser o diretor.

— Milo! — Diz com a mão no peito por levar um leve susto. — Onde passou a noite, filho?

— Fiquei na casa de um amigo, por conta da chuva. Perdão por não ter te avisado, pai.

— Sem problemas, já estou saindo então. Nos encontramos lá e tenta descobrir quantas pessoas da sua sala vão no passeio.

Com isso Bartô deixa o apartamento e Milo fuça a geladeira em busca de algo pra comer antes de se arrumar.

Abrindo a geladeira vem um cheiro muito doce, de baunilha. Milo acha um bolo que seu pai deve ter feito na noite anterior e o tira de lá.

Enquanto está saboreando o presente gosto de morango da cobertura, na televisão passa as altas chances de um temporal mais tarde naquele dia e alerta para que as pessoas fiquem longe da praia por segurança.

Je veux ton amourOnde histórias criam vida. Descubra agora