Je veux ton amour

Travaux

Rapidamente a ilha inteira fica ciente do desaparecimento da jovem, o delegado Evandro Eiland planeja interrogar todos os estudantes até o final do dia.

Os alunos se juntam no salão central da mansão e esperam por seus nomes na lista do interrogatório, Olivier está de pé ao lado de Amelie que está sentada em um sofá cama. Milo está na porta do escritório esperando por Bárbara que está sendo interrogada.

— Você precisa se acalmar, oui? — Amelie diz pro irmão mais novo impaciente com o sumiço da amiga. Todos estão acabados por conta da festa e não tiveram tempo de restabelecer as energias após o estranho ocorrido, a mansão permanecia com garrafas derramadas no chão, fitas azuis espalhadas e um forte cheiro de bebida.

— Perdão? Minha amiga está desaparecida e isso supostamente é culpa minha, então sim, estou bem calmo agora! Obrigado por dizer isso, Amelie.

Amelie se ajeita no sofá. — Ei, calma aí, nada disso é culpa sua. Não tinha como a gente saber que isso iria acontecer, tá bom?

Olivier não responde e volta a andar de um lado pro outro pelo enorme espaço, Helena olha atentamente para ele e resolve falar após um longo período em silêncio.

— Escutem! Todos, escutem! — Ela diz chamando a atenção de todos. — A última pessoa que esteve com ela foi o Olivier e ele ainda não disse nada. — Todos concordam. — Então? Tem algo a nos contar?

Amelie sussurra para Helena — O que você está fazendo?

— Só, escute, só estou preocupada com a minha amiga.

— Eu apenas a levei pro quarto e ela disse que eu podia descer. — Ele fala pausadamente, como se fosse doloroso lembrar do momento em que ele a deixou só.

A porta do escritório é aberta abruptamente com o delegado e a Bárbara logo atrás, Milo desencosta do batente e espera Evandro o chamar.

— Se escutei bem, Olivier foi o último a vê-la? — Ele pergunta.

— Sim delegado. — Helena responde.

— Quem é ele?

Olivier dá um passo à frente e se apresenta. — Eu. Me chamo Olivier Florence, senhor.

— Pode me acompanhar? — Ele aponta para a porta aberta do escritório atrás de si.

O francês se move rapidamente entre os alunos curiosos e logo entra no escritório.

Evandro senta na ponta da enorme mesa de madeira e aponta para Olivier sentar na poltrona ao lado da enorme estante de livros empoeirados.

— Florence, como foi seu último momento com Mia?

— Ela estava se sentindo muito mal e eu a levei até o quarto.

— E depois? — Ele pergunta com os olhos semicerrados.

— Eu perguntei se ela queria que eu ficasse lá, mas ela dispensou, então eu voltei para a festa e foi isso.

— E depois foi você que encontrou o quarto vazio?

— Isso. — Olivier responde, Evandro percebe a inquietude nas pernas do menor e o jeito como ele brinca com seus dedos da mão.

— Essa luva... posso ver sua mão?

— Desculpe? Ah, eu geralmente a uso bastante, na verdade.

— Posso ver sua mão? — Ele pergunta novamente.

A cabeça do francês é invadida por muitas e muitas desculpas.

Mas ele acaba dizendo. — Não.

— Como? Eu não posso ver sua mão?