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Olho para o Eren confusa, não senti a presença de nenhum deles, por aqui, mas ele havia me pego de surpresa e sorrio. Paro de apontar a arma para Petra, jogando a arma no chão, mas não deixo de encará-la.

— Eu estou parada. Você acabou interrompendo uma conversa um pouco séria. — Falava colocando as mão pra cima, pois ele não havia abaixado a lâmina por momento nenhum.

— Me diz: levantar uma arma para o seu companheiro é uma conversa? Se eu não estivesse visto aquele raio estranho, você teria matado a Petra. — Eren aumentava um pouco do volume da voz.

— Ela teria me matado primeiro. — Olho ela com desgosto. — Diga, Petra, diga que tentou me jogar da carroça com os outros corpos mortos.

— Eu... — Petra ficava em silêncio, não sabia como inventar uma desculpa para aquele momento e suspirava.

— Petra? Você seria capaz de jogá-la para que os titãs a comessem? — Eren abaixava a lâmina, andando poucos centímetros até a garota. Aproveito sua distração, coloco minhas mãos em seus ombros chegando perto da sua orelha.

— Eren. Volte e fique com os outros, apague este momento da sua cabeça. Diga ao Capitão Levi e o Comandante Erwin, que eu estou viva, Petra e Oruo conseguiram salvar-me antes que eu fosse queimada ou enterrada. Não esqueça do Scarlett. — Falava de modo sútil e devagar. O Yeager balança a cabeça, saindo da carroça subindo em seu cabelo dando meia volta.

— O que fez com o Eren? — Oruo via que não havia nada nos perseguindo, e, parava, a carroça faltando poucos metros para chegarmos na Muralha Sina.

— Fiz ele obedecer uma ordem minha, como sua criadora. Agora, vamos sair daqui, antes que meu titã resolva seguir a intuição de matar todos nós. — Falava pegando Oruo de surpresa amarrando uma corda em seu pescoço, braços e pernas. Petra tentava escapar, mas sem paciência, dou um soco no estômago dela amarrando seus braços e pernas tomando posse do cavalo.

[...]

Algumas horas depois, eu usava meus poderes em Petra e Oruo, ambos estavam limpando o QG enquanto eu tomava um banho. O que aconteceu com o meu titã? Explodiu. Por ser uma espécie diferente, quando o seu portador está fora de si, ele explode, para não garantir nenhuma informação. Talvez, ele tenha vida própria.

Foram as três horas mais satisfatórias da minha vida. As duas primeiras, aproveitei para retirar todo aquele suor, sangue e resto de balas do meu corpo. A outra hora, torturei Petra e Oruo, arranquei todas as informações possíveis, óbvio que não usei nada de facas ou agulhas, tive que usar meu poder, ambos temos o mesmo sangue impuro.

Pelo o que eu pude entender: Levi, não tem sobrenome, morava no submundo e foi recrutado para matar Erwin Smit, mas, acabou aliando-se a ele. Perdeu duas pessoas importantes na vida, a mãe morreu por falta de vitaminas e alimentação diária.

Eu repassava as coisas que poderiam ser úteis novamente. Sentada na minha cama tocando meu colar freneticamente, eu sentia-me poderosa demais, meus poderes estavam de volta. A soberba de ser alguém que poderia criar um novo mundo.

Que irônico, não? — Eu gargalhava levantando da cama. — Ymir, o nosso poder pode ultrapassar a dimensão desta ilha. Eu fiquei três anos naquele campo de vegetação pedindo todos os dias para que os titãs derrubassem tudo. Pois, eu era tratada pior do que em Marley...— Falava mexendo de forma mais compulsiva no pingente indo até a janela.

Confesso que essa minha mudança repentina não é algo de "agora", as vezes, voltar ter a posse de algo que me pertence depois anos, deixa que a soberba me controle, virando uma psicopata, querendo que tudo saía da maneira que eu quero e espero. Zeke sempre avisou-me das consequências que eu teria de passar pelas minhas decisões descontroladas. Mas agora, tenho que completar minhas missões e fazer com que ninguém descubra minhas intenções. 

A Última Chance dos Yeagers. Levi Ackerman. Shingeki no Kyojin.Onde histórias criam vida. Descubra agora