10

40 5 0
                                    

Não estava sendo fácil contar a maioria das coisas para o Levi, suas perguntas eram muito específicas, não posso dar uma única brecha. Pensando seriamente em usar o meu comando para fazer ele esquecer de tudo que aconteceu, mas sinto que isso seria traição. Chegamos á um empasse, contei que poderia ser "permitido", só não toquei no assunto dos Ackerman's, vou esperar ele descobrir sozinho, e, pelo que eu vejo, a maldição está sendo ativada entre nós dois.

Levi pergunta sobre o meu irmão e a proposta de casamento, tive que explicar desde o começo sobre sua ambição em superar o nosso pai, querendo que eu tenha filhos para criar uma "revolução" criando crianças com o sangue para controlar Paradis. O Ackerman não parecia muito incômodo, ele era um dos pretendentes.

— Case-se comigo. — Dizia diretamente.

— Quê? — Franzo o cenho.

— Vamos dar um golpe no seu irmão, finja que está tendo um relacionamento comigo, assim, você pode tentar descobrir melhor a aparição dele em Paradis. Quando você me disse, que somente chamando o nome dele, o Zeke não viria? — Balanço a cabeça em concordância. — Ótimo, chame-o, diga que já tem um pretendente. Só mais uma coisa: ser titã é genético?

— Não, é uma fórmula, o líquido é injetado em seu corpo, assim, você vira um titã sem consciência alguma, mas, se devorar um humano que porta um titã especial, tipo, o meu ou do Eren, você ganha consciência e poderes.

— Então todas as pessoas que matamos são humanos? — Faço um sinal positivo, Levi fica quieto por muito tempo, parece que existe uma ideologia de não matar pessoas. — Merda...

— Confesso para você, que queria acabar com essa guerra em Marley... estão criando armas para atacar um povo pacífico.

— Bom, já estamos aqui dentro faz horas, precisamos sair, prometo que nada irá sair da minha boca. — Suspiro, enquanto ele destranca a porta, então, todos estavam lá a espera de nós dois.

Parece que alguém havia morrido, a sala estava tão quieta que nem parecia que estavam ali. Levi pergunta se alguma coisa havia acontecido, o Armin começa a tagarelar sobre o quão o Eren ficou chateado, mas já estava recuperado ao lado de Mikasa. Petra não para de olhar-me, sua cara está mais carrancuda do que o normal.

— Vocês demoram, fizeram algo? — Erwim falava permanecendo imóvel, quando Hange parecia muito mais curiosa.

— Conversamos. Decidimos que o Eren é uma criança ainda, já não basta sua responsabilidade de ser um titã, um casamento iria apenas atrapalhar-nos, então, eu me ofereci. — Todos da sala ficaram quietos, pareciam concordar com a decisão, mas Petra não. — Acabei descobrindo algo interessante, o Eren é irmão da [Nome]. Criamos algumas conexões...

— Espera, realmente existe um parentesco? — Armin falava feliz com a notícia, pedindo para que Jean chamasse Eren e Mikasa.

— Temos. Eu sabia desde o início... Mas não tive coragem de contar...

— É interessante e intrigante, isso confirma certas teorias minhas... — Erwim tirava um pequeno bloco de notas do bolsa escrevendo algo. — Uma notícia ótima. Amanhã, quero fazer testes, a transformação de titãs pode ser genética.

Suspiro enquanto Erwim levantava com a companhia de Hange, ambos estavam bem interessados no assunto repentino. Quando Eren chega na sala com a notícia do parentesco, corre até mim abraçando-me de forma tão apertada que capaz de quebrar meus ossos. Ambos conversamos muito sobre nossa família, contei sobre nossos avós e Zeke, mas óbvio que não citei Marley.

Quando finalmente consegui ficar um momento sozinha, resolvo sair do QG da Tropa de Exploração andando por aquela estrada deserta até chegar ao centro. Eu havia mandado uma carta a Annie sobre os acontecimentos repentinos, e, sua resposta, foi pedindo para que a encontrasse em Trost. Com um certo desconforto de estar sendo seguida, mudo o caminho, direcionando-me ao lago que estava por perto.

Andando descontraídamente, os passos por trás de mim continuavam de forma pesada e rápida. Chegando ao famoso lago de Trost, sento-me em sua beira, colocando meus pés dentro da água, aproveito a forma gelida que penetrava em meus pés.

— O que uma bela moça está fazendo sentada neste riacho extremamente fundo. — A voz grave estava ficando cada vez mais alta quando se aproximava. Eu reconhecia, era Kenny. — Faz três anos, senhorita Reis, ou melhor, Ackerman?

— Ackerman? — Virava meu rosto para ele.

— Sim. — Sentava em meu lado. — Soube que irá noivar com o meu sobrinho.

— Estava óbvio. O sarcasmo é igual. — Falava sendo irônica. — Devo chamar-lhe de sogro?

— Muito engraçadinha, senhorita Reis. — Ficava coçando a cabeça com o cano da pistola. — Sejamos sinceros, o que fará agora? O Levi não irá acabar com o seu objetivo?

— Não, eu tenho vários esquemas em mão, caso algo dê errado. — Sacava uma pequena faca esperando um desvaneio do mesmo.

— Então, conseguiu matar o portador do titã que procurava?

— Não. A Tropa de Exploração está ocupando demais o meu tempo, mas não se preocupe, já tenho que matar um certa pessoa mesmo...— Iria para cima de Kenny, sua força era um pouco superior a minha, ele segurava minhas mãos com firmeza fazendo com que meus pulsos ficassem vermelhos. Bato a minha cabeça contra a de Kenny, fazendo o mesmo ficar atordoado, solto minhas mãos levando elas até a cabeça do homem batendo-a no chão várias vezes para ficar atordoado.

Pego a minha faca colocando em seu pescoço, enquanto ela recobra sua consciência. Faço pressão por cima dele evitando que levante.

— Ora, mas que menininha malvada, o que lhe fiz para demonstrar tanto ódio?

— Por que quer que eu mate Levi?

— Ele não merece viver, sofreu durante toda sua vida, eu sinto pena do meu sobrinho. Sabe o quanto é doloroso? — Sua fala parecia sincera, mas eu teria que matá-lo ali mesmo.

— Que pena. — Eu enfiava a faca em seu peito. — Diga a sua irmã, que o filho dela é extremamente lindo. — Afundava ainda mais a lâmina em seu peito girando-a. Kenny estava morto.

— Porra, estou com o seu sangue, senhor estripador. — Largava a lâmina no chão, voltando a andar para a cidade. — Espero que lá tenha um chuveiro.

continua.

A Última Chance dos Yeagers. Levi Ackerman. Shingeki no Kyojin.Onde histórias criam vida. Descubra agora