Gabriel Barbosa Almeida.
Eu estava muito feliz pela nossa vitória! Pô, era um jogo muito importe pra gente, nossa classificação para as oitavas de final da Copa do Brasil, a gente precisa ganhar essa taça.
Dorival pediu pra nós passarmos na casa dele, era aniversário da esposa dele e não tinha como recusar.
Antes de saírem do estádio, as meninas avisaram que iriam fazer um churrasco pra nós, jogadores. Em comemoração a nossa classificação.
Depois do aniversário todo mundo entrou em seus carros e fomos direto pra casa do Miteiro, já que a resenha ia acontecer lá.
Eu só conseguia pensar que no primeiro jogo que meu filho foi me assistir, eu consegui fazer um gol pra ele e ainda conseguimos a vitória. Meu moleque foi pra dar sorte!
Estacionei meu carro dentro da garagem, junto com o carro do meu cunhado Éverton e do Arrascaeta, enquanto os outros carros fizeram uma fila, na frente da mansão Ribeiro.
Entrei na casa, procurando minha loira com o olhar e quando passei a enxergar ela, que estava com um sorriso no rosto, fui direto abraçar ela, diferente dos meninos que seguiram direto pra área da piscina.
— Essa taça vai ser nossa, Loira. — falei abraçando ela.
— Eu sei que vai, meu menino com nome de anjo. Eu sei que vai. — pronunciou, enquanto eu escondi meu rosto do pescoço dela. Eu amava quando ela me chamava assim.
— Segura aqui pra mim. — disse entregando a chave do carro e meu celular em suas mãos, partindo dali pra área da piscina, aonde eu puxei Arrasca, Miteiro e o João pra pularmos juntos, mas antes tiramos os tênis e camisas.
Ficamos resenhando na piscina, até eu resolver sair pra comer alguma coisa, me sentei no balcão da churrasqueira e montei um prato com carne e alguns acompanhamentos.
Senti falta da minha mulher no meio da rodinha das meninas, ela sempre se junta com elas quando está junto. Mas também pensei na possibilidade dela estar com meu filho.
Peguei uma toalha que estava ali e me sequei superficialmente, e fui atrás dela. Subi às escadas, após perceber que ela não estava no andar de baixo. Abri a porta do quarto do Antônio e ela estava lá, deitada no meio dos três pequenos que abraçavam-a. Sorri com a cena e me aproximei deles.
— Loira, 'vamo lá pra baixo? — perguntei após chacoalhar ela.
— Eu não quero. — falou com a voz calma e baixinha.
— Ué, as meninas 'tão tudo lá. Vem. — falei puxando a mão dela, que levantou da cama e saiu do quarto na minha frente. — Ei, vem cá. — puxei ela de novo.
— O que é cara? — perguntou, percebi que o rostinho dela estava meio vermelhinho. Pera, ela chorou?
— 'Cê tava chorando, vida? — perguntei puxando ela pra mais perto, porém ela recuou.
— Vai, me solta. — Falou e eu soltei ela na mesma hora.
Ela desceu as escadas e se sentou na rodinha das meninas, enquanto eu fui atrás do meu celular que eu não sabia aonde estava, mas acabei encontrando ele em cima do sofá.
Recebi algumas mensagens da minha família, nos parabenizando pela classificação, mas também tinha uma mensagem da Mel, ou melhor da Melissa, a fisioterapeuta. Eu acabei desabafando com ela, das brigas que eu tinha com a Giu e isso foi um puta erro.
"Melissa Silva: Ai Gabi, a partir do momento que ela não está te fazendo feliz, cê tem que seguir em frente e deixar o passado pra trás. Pelo que eu entendi, vocês não estão bem por culpa dela."
Fudeu. Fudeu. Fudeu.
Giulia viu essa mensagem, com toda a certeza do mundo. Ela vai me matar. Claro que ela vai.
Passei a mão no rosto, suspirando fundo, porque eu já estava quase sem ar, de tanto nervosismo.
Se a minha mulher viu isso, eu já posso me considerar um homem morto. É eu realmente posso.
Suspirei fundo mais uma vez e respondi a mensagem da Melissa.
"You: Você tá totalmente errada. A culpa não é dela, nunca foi. Não fala o que você não sabe."
Bloqueei a tela do celular e fui no carro buscar a roupa reserva que eu tinha. Me enfiei em algum banheiro, tomei um banho rápido e vesti minha roupa limpa.
Olhei pra área que a minha Loira estava e notei que ela estava calada e com o olhar distante, diferente das outras que estavam sorrindo abertamente. Puta que pariu, eu sou um merda, meu irmão!

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Fase ruim - Gabigol.
FanfictionGabriel e Giulia. Um casal que encontra-se passando por uma fase ruim em seu casamento. Será que apenas o amor seria capaz de suportar tudo? - Conteúdo meramente fictício.