12.

2.4K 148 12
                                    

Giulia Ribeiro Barbosa.

Dois dias depois... (em casa)

Oi. Cheguei. — Gabriel disse, após passar pela enorme porta branca de nossa residência.

— Oi. — pronunciei dando um selinho em seus lábios macios.

— Eu vou tomar banho, acabei pegando chuva na saída do CT. — informou, subindo às enormes escadas da casa.

Como sempre, deixou tudo jogado na sala. Me levantei no tatâmi em que eu estava com o meu filho, pra ajeitar as coisas dele em algum canto.

Mas antes que eu fizesse isso, o celular dele que estava jogado no sofá, apitou, com um barulho de notificação de mensagem. E mesmo eu não querendo, acabei vendo quem era o remetente da mensagem.

"Melissa Silva: obrigada pela carona, Gabriel. Cê me salvou daquele temporal, ahaha. E se caso der, eu aceito a carona novamente."

Além de jogador de futebol, o gato resolveu virar uber? Ah, mas ele vai ter que me explicar essa história, bem direitinho!

— Lu, dá um olho no Bernardo. Já volto. — informei para a babá, que estava sentada no balcão da cozinha.

Subi às escadas e logo escutei o som do chuveiro elétrico sendo desligado. Gabriel abriu a porta do banheiro secando seus cabelos.

— O que foi, Loira? Tá com essa cara assim por que? — perguntou se sentando na cama.

— Quem é Melissa? — perguntei mantendo a minha postura de mulher calma.

— Ah. É a nova fisioterapeuta lá do Flamengo.— perguntou passando as mãos em sua barba, enquanto eu cruzei meus braços esperando que ele continuasse a fala — Ela me pediu carona hoje, já que ela mora aqui perto.

— Virou chofer agora, Gabriel? — perguntei cruzando meus braços, embaixo do meu peito.

— Não, ué. A menina tava pegando chuva. — falou me olhando.

— Olha, que lindinho. O nove do Flamengo tirando hora extra de uber. — falei sarcástica.

— Eu não to entendendo você, Giuliana. Qual foi? Eu só quis ajudar a menina, que mal tem nisso, velho? — falou e eu fechei meus olhos com força.

— Senhor Jesus Cristo, me dá muita paciência nesse momento. — falei andando pelo quarto, já ficando impaciente.

— Tu tá me estranhando? Eu ajudei a menina, porra velho. Ela trabalha no CT. — falou firme.

— Aí, faz o que tu quiser também. Aproveita, já que você é muito bonzinho, pra dar banho nela também. — pronunciei de uma vez, enquanto ele apenas se deitou na cama e não falou mais nada.

Toda vez é assim. Eu sempre sou a culpada e errada da história.

— Eu não entendo. Sinceramente. — Gabriel Disse, suspirando alto. — Não tem motivo pra isso que você fez agora.

— Gabriel, se fosse ao contrário, você não ia gostar nem um pouquinho. Mas tudo bem, não quero discutir porque eu sei que no final, a culpada da história vai ser eu. — disse e ele não respondeu.

— Desculpa. Eu não vou dar carona pra ela, de novo. — falou baixo. — Se te incomodou, não vou repetir novamente.

— faz o que você quiser, Gabriel. Até porque você sempre faz o que quer. — falei, antes de escutar o choro do nosso filho e me preparar para sair do quarto.

Peguei o Bernardo das mãos da babá, levando ele pro quarto, sentei na cadeira de amamentação, dei o peito pra ele sugar o leite e poder dormir tranquilo.

Em minutos a criança já tinha dormido, então coloquei ele no berço, peguei a babá eletrônica e desci pra sala de estar, aonde eu iria assistir qualquer coisa que ocupasse a minha mente.

Fase ruim - Gabigol. Onde histórias criam vida. Descubra agora