Enquanto balanço minha perna de maneira inquieta, o celular de Jungkook começa a tocar.
Não é da minha conta, mas estou curiosa. Desde que chegamos, não é como se ele tivesse recebido várias ligações do trabalho. Eu imagino que ele possa até ter trocado o celular para não ser perturbado.
Antes que eu pudesse me levantar e alcançá-lo para entregar a ele, meu amigo saiu do banheiro e o pegou em cima da cômoda.
Sua expressão não me diz se ele está satisfeito ou não com quem estava entrando em contato e não me resta nomes para que eu possa fazer minhas teorias. Sendo assim, apenas observo.
Seus cabelos estão molhados e agora ele veste um conjunto de moletom preto. Irresistível pra caramba.
Ele deixa o celular de lado e se afasta, sentando de frente para mim, do outro lado do quarto, no sofá que preenche a parede oposta junto ao espaço reservado para lazer. Há uma distância considerável entre nós e entendo o gesto como preservação e incentivo para o início da nossa conversa. Ele está pronto.
E eu também estou.
Na realidade, estou nervosa, então dirijo meu foco para as minhas unhas, evitando olhar o quão bonito é vê-lo secar os cabelos com aquela toalha branca em contraste com seus fios escuros.
Continuo encarando minha mão, não há como eu maliciar com algo tão simples, apesar de que posso imaginar elas arranhando suas costas à medida que seus impulsos aumentam e nos perdemos em gemidos fundidos e... Jesus Cristo, o que está acontecendo? Estou tendo pensamentos impuros com Jeon outra vez. Estou perdida.
Estou fodidamente perdida.
— Você está bem? – Questionou ele, levantando uma sobrancelha aos poucos.
Sua pergunta me desconcerta. — O que? Por quê?
— Porque parece que você está com mais merda na cabeça do que o normal.
Ah, sim, acho que é pelo fato de eu estar quase enlouquecendo pela demora de chegarmos ao assunto do nosso beijo, só isso. É bem fácil de entender, mesmo sendo um pesadelo para explicar.
Olho pelo quarto, evitando encará-lo. — Você falou com os seus pais?
— Sobre o que?
— Bom, você está aqui e não os vê há algum tempo. Imagino que seria bom se ligasse para eles ou fosse até sua casa para vê-los.
Ele deu de ombros. — Aquela não é minha casa e eu avisei que estava aqui. Talvez eu os visite antes de voltarmos para Nova Iorque.
— Que bom.
A relação entre Jeon e os pais continuou distante, mas com ele longe o suficiente para evitar as brigas, a relação ficou mais... tolerável. Ainda assim, o mesmo não faz muita questão do contato, não por ora.
Meus olhos se dirigiram para a porta retornando a noite passada e as batidas que soaram nela.
— Você se divertiu com Momo ontem?
Sua testa franziu ligeiramente. — Você sabe que não aconteceu nada, certo? Eu a acompanhei e nós conversamos.
E por este motivo não ouvi mais os passos dele pelo corredor? Porque certamente não aconteceu nada. O quão nada é isso?
Honestamente, acho que estou aborrecida pelo fato dele ter dado a entender que voltaria para o quarto e que gostaria que eu estivesse aqui para nós terminarmos aquilo e, no final, ele simplesmente não voltou. Isso foi uma puta sacanagem, Jeon Jungkook.
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BoyFriend | Rosekook
RomanceO que você faria se recebesse um convite de casamento do seu ex noivo com sua prima no dia do seu aniversário? Ou pior, fosse convidada para ser a MADRINHA? Eu, certamente, sentaria e choraria por mais cinco meses, como fiz quando ele me deixou. M...