Capítulo 8

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 Depois de todos irem embora, Alan, me levou até sua casa, comigo ainda nos braços. Não sei como ele conseguiu aguentar o meu peso, mas tudo bem... O que importa é que essa parte acabou e espero que nunca mais se repita... 

Agora, eu estou no conforto da casa dele, esperando o mesmo terminar de cozinhar para mim enquanto ainda estava zonza. Já tinham-se passado alguns minutos desde que tudo aconteceu, mas lembrar disso fazia minha cabeça doer muito...

- Desculpa a demora, Doe-eyes - ele falou vindo em minha direção, trazendo consigo um prato esvoaçando fumaça por todo o cômodo - É uma comida simples... não sou muito de cozinhar coisas diferentes todos os dias... Aqui - o mesmo aproximou uma colherada. Parecia ser uma sopa bem colorida e com bastantes legumes.

 Eu abri a boca com dificuldade e comi o conteúdo da colher... Estava muito bom... 

- Que gostoso... - falei com a voz muito rouca.

- Que bom ouvir sua linda voz de novo... - ele deu um sorriso confortante. 

  Ele ofereceu poucas colheradas e eu já estava cheia, mas a sopa parecia nunca acabar, por ter muita coisa. Mesmo assim comi com prazer por saber que era a sopa da vitória, feita por ninguém mais ninguém menos que Alan...

- Não aguenta mais comer...? - ele perguntou mexendo a colher no prato.

 Eu acenei com a cabeça em resposta, e o mesmo se levantou para guardar as sobras, mas de repente ele deu uma joelhada no prato e voou comida quente no meu rosto e corpo... Não estavam pelando, porém ainda sim, doeu um pouco...

- Ai... - ele disse percebendo o que fez - Me desculpa, Doe-eyes, eu já volto! - falou se levantando com mais cuidado dessa vez e depois correu para o cômodo ao lado.

 Enquanto estava fora, possivelmente procurando um pano, eu aproveitei para tentar limpar ao máximo minhas roupas e meu rosto, mas minhas mãos estavam tão pesadas que foi como uma tarefa muito difícil de se fazer... 

 Após alguns minutos de espera, ele havia voltado com um pano nas mãos e outro nos ombros, me perguntei para que ele precisava de dois para isso...? 

- Nossa, me desculpa mesmo... - ele falou um pouco chateado - Hoje não é seu dia de sorte, né...? 

 O mesmo começou com o meu rosto e logo em seguida foi descendo até o pescoço com aquele pano muito áspero, pareciam farpas arranhando-me... Eu segurei suas mãos para que afastasse essa coisa de mim e vi que tinha me encarando confuso.

- O que foi? - perguntou largando o pano e me olhando apreensivo.

- Está... áspero... - disse com muita dificuldade.

- Ah... desculpa... Esse pano aqui é um pouco velho, mas foi o único limpo que achei por aqui... Mas se estiver te arranhando tanto assim, pode tomar um banho... Vai ser melhor, talvez - ele afastou completamente aquele ninho de farpas.

 Desviei o olhar meio corada, pois nem ficar em pé direito eu conseguia, quem dirá fazer isso. Ele possivelmente teria que me ajudar... e seria um pouco constrangedor pedir a ajuda do mesmo para algo nesse nível. 

 Ele com certeza notou o que eu tinha pensado e deu o "Aaaahh" mais longo que já ouvi como resposta.

- Eu teria que te ajudar, não é? - falou um pouco corado também. Como resposta eu acenei com a cabeça - Mas é melhor do que te deixar cheia de comida pelo corpo, não acha? 

 Ele tinha um ponto... 

 Eu encolhi meus braços um pouco desconfortável com a situação. Imaginar o mesmo tendo que me segurar enquanto eu tento me ensaboar, seria meio... íntimo demais. Se bem que, eu gostaria de sentir suas mãos em mim de novo... Eu tenho que parar de pensar em coisas assim sobre ele. Vou com certeza para o inferno de pole dance...

My dear hatchet manOnde histórias criam vida. Descubra agora