Estou vivendo presa com Alan já se fazem duas semanas, e ainda é difícil para eu me adaptar, mesmo que tente... Parece que agora que sou basicamente forçada a ser propriedade dele, minha vontade de algo romântico desapareceu, obviamente. Não só ela, mas também o meu desejo por querer continuar perto dele.
Durante esse tempo, eu tentei fugir apenas uma vez, porém, como havia mencionado: eu só tentei. Porque ele percebeu minhas atitudes antes mesmo de eu fazer algo.
Por isso, agora eu estou presa em seu quarto, com minhas mãos amarradas fortemente, apenas esperando o mesmo chegar com a janta...Eu estava jogada em sua cama, junto das minhas esperanças e sonhos - cujo qual, nem sabia que possuía até então -, sendo arremessados para o lado de fora da minha cabeça. Me permitindo focar apenas no quarto claustrofobico e sem vida de Alan...
Ouvi, então, a porta rangendo atrás de mim e deixando um feixe de luz passar, iluminando o lugar coberto por escuridão.
- Boa noite, Doe-eyes... - ele falou.
Não olhei para trás para o ver, pois sua presença me deixa seriamente conturbada e triste...
- Eu sei que você está mal comigo porque te prendi aqui, mas você não parava de fugir de mim o tempo todo... - o mesmo se sentou ao meu lado na cama e deitou seu corpo sobre o meu - Entretanto, saiba que fiz isso porque te amo...
- Isso não é amor, Alan... - resmunguei - Não me diga que me ama, sendo que me impede de ter liberdade... - finalmente quando nossos olhares se encontraram, eu o fitei, irritada.
- De novo isso... - revirou os olhos, se afastando de mim e por fim suspirou bravo também - Escuta, eu não estou no clima de discutir com você sobre esse mesmo assunto novamente, tudo bem? Só quero seu amor incondicionalmente...
Eu torci a boca e me afastei dele, porém não consegui muito, por meus braços estarem amarrados e minha perna estar dolorida ainda.
- Você prometeu ser uma boa doe-eyes, e, desde então sua raiva e teimosia só pioraram... - ele falou me agarrando pelo o ombro, posicionando-me bem próxima ao seu corpo - Se você se comportar bem e me amar, eu prometo que essas cordas não vão ser mais usadas dessa forma...
- Como vou saber que você vai cumprir essa promessa? - o fitei nos olhos.
- Pelo o que eu vi até agora, é você quem as descumpre - falou chegando seu rosto perto do meu - Além disso, eu sou um homem de palavra - se garantiu com um sorriso.
Pensei bem antes de fazer um contrato com o Diabo com o medo de me arrepender pelo resto da vida, igual agora... Mas, eu queria muito poder ao menos sentir o sangue fluindo bem pelos meus pulsos. Sim, ele apertou muito forte, graças à minha tentativa de fuga passada.
- Certo... - concordei como se fosse na obrigação. Um sorriso genuíno apareceu em seu rosto, mas logo eu o cortei - Porém, você de tempos em tempos terá que me levar até a cidade...
- O que vai me garantir da possibilidade de você tentar fugir ou contar para alguém serem nulas? - me olhou presunçoso.
Fiquei um pouco pensativa, pois esse era mais um de meus planos... Esperva que ele ao menos me deixasse sair, mesmo que estivesse me acompanhando, assim eu poderia alertar alguém ou discar o número da polícia imediatemente.
- Eu não vou... - respondi mentindo mais uma vez, óbvio que eu iria.
- O que essas duas semanas me provaram é que você é mais teimosa do que pensei... - subitamente, fez uma pausa para refletir - Mas também, não sei porque quer sair. Aqui tem tudo que precisa: água, comida, banho, higiene, felicidade... Tem à mim, acima de tudo.
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My dear hatchet man
FanfictionS/N toma uma decisão animada de deixar para trás uma vida de abusos psicológicos e maus-tratos, buscando uma nova chance em uma cidade distante. No entanto, mesmo afastada da influência tóxica familiar, ela continua a lutar com seus demônios interno...