Quase todo o hospital tinha medo da Doutora Kim, mas o que ninguém sabia era que a mesma é um doce de mulher. KyungSoo sabia muito bem disso.
No dia que ele foi contratado, ela veio o receber, e a partir daquele dia se tornaram grandes amigos. É lógico que quando a fofoca de que o grande médico Do KyungSoo estaria de conversinhas com um paciente chega-se aos ouvidos da Senhora Kim, a mesma iria "saltitante" à procura do causador de tal burburinho.
— Me conte tudo. — Diz entrando na sala de KyungSoo, que estava com uma pilha de papel a sua frente, o mesmo não deu nem o trabalho de tirar os olhos da papelada.
— Sobre? — Pergunta ainda sem prestar atenção a sua amiga.
— O seu novo namorado. — Se senta na cadeira à frente.
— Não tenho novo namorado. — Continua escrevendo.
— Os corredores do meu hospital só se fala no paciente que você está namorando.
— O que? — Levanta a cabeça assustado. — Não estou namorando paciente nenhum.
— Não se faça de bobo, mesmo que eu seja sua chefe, ainda sou sua amiga. — Bate na mesa. — Me conte tudo.
— Não estamos namorando. — Relaxa na cadeira, girando a caneta preta em seus dedos. — Ele deu entrada no hospital há uma semana, e não quis ligar para a família, então estou lhe fazendo companhia.
— Sei. — Tamborila os dedos na mesa de madeira. — Quantos pacientes que não tem família você já serviu de acompanha-te?
— ...
— Nenhum. — Aponta acusadoramente. — Você esta gostando dele.
— Claro que não.
— Esta sim.
— Não fale besteiras.
— Apenas admita.
— Não.
— Viu como está.
— Se não fosse minha chefe eu não responderia por mim.
— Como sua chefe, eu exijo a verdade.
— Tá, eu gosto dele, satisfeita.
— Muito. — Encara KyungSoo com um sorriso nos lábios. — Qual o nome do sortudo?
— JongIn.
— JongIn?
— Sim, JongIn. — Olha estranho para a Senhora Kim. — Algum problema?
— Não. — Desconversa. — Um belo nome. Ainda quero conhecer o cara que roubou o coração do grande Do KyungSoo. — Se levanta da cadeira. — Tenho que conversar com meu marido, aquele cara não faz nada sem minha pessoa. — Sai da sala.
— Nem parece ter a idade que tem. — KyungSoo diz balançando a cabeça e voltando a seus papéis.
Enquanto isso a Senhora Kim anda apressadamente até a recepção do hospital, chegando lá ela pega as fichas de pacientes que entraram a uma semana atrás, folheando apressadamente a mesma acha o nome que queria.
— JongIn, entrada dia 13 de janeiro de 2023 às 01:30 da madrugada... Se esse JongIn for o meu JongIn, irei matá-lo. — Diz furiosa. — Yin, poderia olhar no sistema em qual ala o paciente JongIn está?
— Sim senhora. — Yin digita rapidamente. — Ele se encontra na ala de Saúde Pública.
— Obrigada. — A Senhora Kim sai andando rapidamente para o andar onde fica a ala, chegando lá, ela começa a passar pelos leitos, até que chegando no penúltimo ela avista quem procurava. — Ta de brincadeira.
JongIn estava tirando seu sono da tarde quando foi acordado com alguém batendo fortemente em seu rosto.
— Mas que infer... Mãe.
— Mãe o caralho, seu filho ingrato. — Bate no braço direito de JongIn. — Quando seu pai souber onde você está. — Outro tapa. — Ira te matar, isso se eu não matar antes. — Mais um tapa.
— Pare de bater em alguém doente.
— Aposto que caiu daquela coisa.
— Não chame minha bebe, de coisa.
— Eu chamo aquela assassina do que eu quiser.
— Minha moto não é assassina.
— Só não te mato, porque quero ser sogra do KyungSoo.
— O que a senhora disse?
— Pensa que eu não ia descobrir que você anda de namorico com meu funcionário.
— Como você sabe do Soo?
— Já estão neste nível? — Bate palminhas. — Já quero netos.
— Mãeeeeeee.
— O que? Estou apenas dizendo os desejos de uma velha mãe.
— A senhora não é velha... o certo é anciã.
— Hora seu... — Bate de novo no braço de JongIn. — Criança mimada.
— Quem será que me mimou?
— Seu pai.
— Sempre me culpando das coisas ruins que nosso filho faz. — Senhor Kim aparece.
— Como nos achou?
— Estava fazendo uma vistoria quando vi minha esposa agredido um paciente, e olha a minha surpresa... Meu filho internado, aposto que caiu daquela coisa.
— Até o senhor.
— Meu único herdeiro não é médico, como vai ficar nossa linhagem de médicos?
— Não se preocupe amor. — Senhora Kim se levanta e fica ao lado do marido. — Nosso menino já nos arranjou um genro.
— O que?
— E é um médico.
— Quem foi o louco?
— Paiiiiii.
— KyungSoo. — Senhora Kim diz dando pulinhos de alegria.
— Do KyungSoo? — Senhor Kim pergunta, e sua esposa assente. — Ele deve ter batido a cabeça.
— Paiiiiiiiiii.
— Pensei a mesma coisa. — Diz e JongIn protesta de novo, sendo ignorado pelos pais. — Mas eu conversei com ele, e parece que é amor mesmo.
— O que? — JongIn pergunta.
— Calado, estou falando com seu pai.
— Sobre minha vida.
— Xiu. — Se volta para o marido. — Já irei planejar o casamento.
— Irei lhe ajudar.
— Gente, estou aqui.
— O casamento pode ser na mansão principal. — O Senhor Kim completa.
— GENTE!!! — JongIn grita.
— Não grite. — Senhora Kim briga. — Estamos em um hospital, respeite.
— Então me escutem. — Suspira. — Ele não sabe que sou um Kim.
— Como assim ele não sabe?
— Eu não contei, então eu agradeceria que continuasse assim.
— Porque?
— Tenho medo que ele se afaste. — Diz triste. — Me deixe conquistá-lo como JongIn, e depois eu conto que sou Kim JongIn.
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Linear - KaiSoo
FanfictionDo KyungSoo, desde que se formou, pensava apenas em trabalho. Todo dia pega turnos e mais turnos no hospital onde trabalhava, como chefe de cirurgia. As xícaras de café e as latas de energético eram suas melhores amigas, mas um dia tudo pode mudar. ...