Capítulo 02

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Quase todo o hospital tinha medo da Doutora Kim, mas o que ninguém sabia era que a mesma é um doce de mulher. KyungSoo sabia muito bem disso.

No dia que ele foi contratado, ela veio o receber, e a partir daquele dia se tornaram grandes amigos. É lógico que quando a fofoca de que o grande médico Do KyungSoo  estaria de conversinhas com um paciente chega-se aos ouvidos da Senhora Kim, a mesma iria "saltitante" à procura do causador de tal burburinho.

— Me conte tudo. — Diz entrando na sala de KyungSoo, que estava com uma pilha de papel a sua frente, o mesmo não deu nem o trabalho de tirar os olhos da papelada.

— Sobre? — Pergunta ainda sem prestar atenção a sua amiga.

— O seu novo namorado. — Se senta na cadeira à frente.

— Não tenho novo namorado. — Continua escrevendo.

— Os corredores do meu hospital só se fala no paciente que você está namorando.

— O que? — Levanta a cabeça assustado. — Não estou namorando paciente nenhum.

— Não se faça de bobo, mesmo que eu seja sua chefe, ainda sou sua amiga. — Bate na mesa. — Me conte tudo.

— Não estamos namorando. — Relaxa na cadeira, girando a caneta preta em seus dedos. — Ele deu entrada no hospital há uma semana, e não quis ligar para a família, então estou lhe fazendo companhia.

— Sei. — Tamborila os dedos na mesa de madeira. — Quantos pacientes que não tem família você já serviu de acompanha-te?

— ...

— Nenhum. — Aponta acusadoramente. — Você esta gostando dele.

— Claro que não.

— Esta sim.

— Não fale besteiras.

— Apenas admita.

— Não.

— Viu como está.

— Se não fosse minha chefe eu não responderia por mim.

— Como sua chefe, eu exijo a verdade.

— Tá, eu gosto dele, satisfeita.

— Muito. — Encara KyungSoo com um sorriso nos lábios. — Qual o nome do sortudo?

— JongIn.

— JongIn?

— Sim, JongIn. — Olha estranho para a Senhora Kim. — Algum problema?

— Não. — Desconversa. — Um belo nome. Ainda quero conhecer o cara que roubou o coração do grande Do KyungSoo. — Se levanta da cadeira. — Tenho que conversar com meu marido, aquele cara não faz nada sem minha pessoa. — Sai da sala.

— Nem parece ter a idade que tem. — KyungSoo diz balançando a cabeça e voltando a seus papéis.

Enquanto isso a Senhora Kim anda apressadamente até a recepção do hospital, chegando lá ela pega as fichas de pacientes que entraram a uma semana atrás, folheando apressadamente a mesma acha o nome que queria.

— JongIn, entrada dia 13 de janeiro de 2023 às 01:30 da madrugada... Se esse JongIn for o meu JongIn, irei matá-lo. — Diz furiosa. — Yin, poderia olhar no sistema em qual ala o paciente JongIn está?

— Sim senhora. — Yin digita rapidamente. — Ele se encontra na ala de Saúde Pública.

— Obrigada. — A Senhora Kim sai andando rapidamente para o andar onde fica a ala, chegando lá, ela começa a passar pelos leitos, até que chegando no penúltimo ela avista quem procurava. — Ta de brincadeira.

JongIn estava tirando seu sono da tarde quando foi acordado com alguém batendo fortemente em seu rosto.

— Mas que infer... Mãe.

— Mãe o caralho, seu filho ingrato. — Bate no braço direito de JongIn. — Quando seu pai souber onde você está. — Outro tapa. — Ira te matar, isso se eu não matar antes. — Mais um tapa.

— Pare de bater em alguém doente.

— Aposto que caiu daquela coisa.

— Não chame minha bebe, de coisa.

— Eu chamo aquela assassina do que eu quiser.

— Minha moto não é assassina.

— Só não te mato, porque quero ser sogra do KyungSoo.

— O que a senhora disse?

— Pensa que eu não ia descobrir que você anda de namorico com meu funcionário.

— Como você sabe do Soo?

— Já estão neste nível? — Bate palminhas. — Já quero netos.

— Mãeeeeeee.

— O que? Estou apenas dizendo os desejos de uma velha mãe.

— A senhora não é velha... o certo é anciã.

— Hora seu... — Bate de novo no braço de JongIn. — Criança mimada.

— Quem será que me mimou?

— Seu pai.

— Sempre me culpando das coisas ruins que nosso filho faz. — Senhor Kim aparece.

— Como nos achou?

— Estava fazendo uma vistoria quando vi minha esposa agredido um paciente, e olha a minha surpresa... Meu filho internado, aposto que caiu daquela coisa.

— Até o senhor.

— Meu único herdeiro não é médico, como vai ficar nossa linhagem de médicos?

— Não se preocupe amor. — Senhora Kim se levanta e fica ao lado do marido. — Nosso menino já nos arranjou um genro.

— O que?

— E é um médico.

— Quem foi o louco?

— Paiiiiii.

— KyungSoo. — Senhora Kim diz dando pulinhos de alegria.

— Do KyungSoo? — Senhor Kim pergunta, e sua esposa assente. — Ele deve ter batido a cabeça.

— Paiiiiiiiiii.

— Pensei a mesma coisa. — Diz e JongIn protesta de novo, sendo ignorado pelos pais. — Mas eu conversei com ele, e parece que é amor mesmo.

— O que? — JongIn pergunta.

— Calado, estou falando com seu pai.

— Sobre minha vida.

— Xiu. — Se volta para o marido. — Já irei planejar o casamento.

— Irei lhe ajudar.

— Gente, estou aqui.

— O casamento pode ser na mansão principal. — O Senhor Kim completa.

— GENTE!!! — JongIn grita.

— Não grite. — Senhora Kim briga. — Estamos em um hospital, respeite.

— Então me escutem. — Suspira. — Ele não sabe que sou um Kim.

— Como assim ele não sabe?

— Eu não contei, então eu agradeceria que continuasse assim.

— Porque?

— Tenho medo que ele se afaste. — Diz triste. — Me deixe conquistá-lo como JongIn, e depois eu conto que sou Kim JongIn. 

Linear - KaiSooOnde histórias criam vida. Descubra agora