Hoje faz exatos duas semanas que JongIn estava internado, e também seria hoje que receberia alta. Ele estava triste e feliz.
Feliz por enfim sair daquele antro de branquitude.
Triste por não poder mais ver KyungSoo todo dia.
Quem poderia imaginar que se apaixonaria tão rápido por alguém. O amor é algo tão louco e imprevisível, em um segundo você está sem nenhum sentimento, e no outro o cupido te acerta com um flecha, fazendo você se tonar um idiota apaixonado. Bem que as pessoas dizem que amor é como uma droga, quando você experimenta, não tem mais como voltar atrás.
— Adivinha quem vai receber alta hoje? — KyungSoo aparece ao lado da cama de JongIn com uma cadeira de rodas.
— Até que fim, pensei que morreria aqui. — JongIn diz como se não estivesse triste. Em sua mente só se passava como ele poderia fazer para ficar vendo KyungSoo.
— Se não andar direito naquela moto, irar morrer mesmo.
— Não seja mal.
— Irei te levar até o estacionamento, eu já chamei um taxi, ele te levará para sua casa.
— Porque você não me leva?
— Estou de plantão hoje.
— Então irei sair apenas quando você sair.
— Não seja teimoso.
— Não estou sendo teimoso.
— Você não pode ficar interditando um leito.
— Eu te espero na sala de espera.
— Você tem que ir para casa e repousar, não pode fazer esforço.
— Não estarei fazendo esforço, ficarei sentado quietinho, esperando meu médico preferido sair e me levar para casa, e quem sabe jantar comigo.
— Não faça isso JongIn.
— Isso o que?
— Isso que pensa que está fazendo.
— Estou apenas lhe chamando para jantar.
— Não nos conhecemos.
— Passamos duas semanas conversando e agora estou te convidando para jantar, creio que isso seja um passo para nos conhecermos melhor.
— Médicos não podem sair com seus pacientes.
— Pelo o que eu sei, não sou mais paciente deste hospital, e você não é mais meu médico.
— Sou mais velho que você.
— Não ligo para idade.
— Criança teimosa.
— Velho teimoso.
— JongIn.
— KyungSoo.
Os dois se olham por longos minutos sem falar mais nada. Essas duas semanas serviram para ambos formarem uma ligação estranha, mais que era algo profundo, um sentimento que nenhum dos dois conseguia entender, mas que estava lá, eles sentiam.
— Tudo bem. — KyungSoo fala por fim.
— Eu sabia que meu Soo não me deixaria sozinho.
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Linear - KaiSoo
FanfictionDo KyungSoo, desde que se formou, pensava apenas em trabalho. Todo dia pega turnos e mais turnos no hospital onde trabalhava, como chefe de cirurgia. As xícaras de café e as latas de energético eram suas melhores amigas, mas um dia tudo pode mudar. ...