JunKai corria pelos corredores do hospital de sua família. A poucos minutos atrás ele estava andando de um lado para o outro na sala de sua casa com o celular na mão tentando ligar para seu pai, e foi quando recebeu uma ligação de sua avó dizendo que JongIn estava no hospital. Na mesma hora JunKai saiu correndo porta a fora, e estava neste momento chegando na ala onde seu pai estava.
— Onde está meu pai? — Pergunta assim que chega perto de seus avós.
— Fique calmo, não foi nada muito grave, ele apenas saiu com um braço quebrado e um corte na testa.
— Eu quero vê-lo.
— Ele está inconveniente no momento, não irá acordar tão cedo.
— Mas eu quero ficar com ele. — Começa a chorar. — A culpa foi minha, eu comecei a perguntar sobre o KyungSoo ser meu outro pai, e ele ficou mal... Saiu de casa e...
— Não foi sua culpa. — Senhora Kim abraça seu neto. — Não diga essas coisas.
— Me deixe ficar com ele. — Se solta de sua avó.
— Tudo bem. — Ela abre a porta do quarto, deixando JunKai entrar. — Eles estão tão perto. — Diz para seu marido assim que fecha a porta. — E tão longe. — Os dois olham para a porta ao lado.
— Vamos querida, eles iram ficar bem.
— Nosso Bo já sofreu tanto. — Abraça seu marido. — Não quero vê-lo daquele jeito de novo.
— Ele não vai voltar aquilo. — Beija o topo da cabeça de sua esposa, e saem andando calmamente pelo corredor enquanto se lembram do passado.
Enquanto isso dentro do quarto, JunKai se senta em uma poltrona que tinha do lado da cama, ele pega a mão de seu pai e a aperta.
— Me desculpe pai. — Uma lágrima solitária escorreu de seus olhos. — Eu não deveria ter pressionado o senhor. — Funga. — Não sei o que o senhor passou, e também não sei o que aconteceu com o pai KyungSoo , eu apenas queria... Desculpa. — Encosta a testa na mão de seu pai, enquanto as lágrimas molham o lençol branco. E assim ele fica por quase meia hora quando enfim cai no sono naquela mesma posição.
Altas horas da madrugada, JongIn abre os olhos e sente um peso em sua mão, quando olha para baixo, vê seu filho dormindo em uma posição que causaria graves dores quando o mesmo acordasse. Com extrema cautela JongIn retira sua mão e uma dor o atinge, ali o mesmo percebe que todo o seu corpo doía, e ele tinha certeza que se não fosse pelos remédios estaria pior.
— Filho. — Chama enquanto acariciava os cabelos pretos de JunKai. — Acorde... Filho.
— Pai? — JunKai se levanta de uma vez quando percebe que JongIn estava acordado. — Eu fiquei tão preocupado, me desculpas eu nunca mais irei perguntar sobre ele, eu juro. — Começa a chorar.
— Do que está falando?
— Foi minha culpa.
— O que foi sua culpa? Não estou entendendo.
— Se eu não tivesse perguntado sobre ele, o senhor não teria sofrido um acidente.
— Garoto bobo. — Puxa JunKai para se deitar na cama ao seu lado. — Nada disso é sua culpa... É minha.
— Claro que não, pai.
— JunKai, entenda uma coisa. — Acaricia os cabelos de seu filho. — Muitas pessoas não sabem explicar o amor, tem tantas teorias mirabolantes, na religião, na ciência, mas ninguém nunca chegou a uma conclusão exata... E o que eu senti, e ainda sinto por KyungSoo foi e ainda é muito forte, e a falta dele às vezes me afeta muito... Eu tenho que te contar sobre ele, afinal... Ele é seu pai.
— Mas...
— Vamos terminar logo com isso meu filho, e depois você pode ir ver o Soo.
— Então ele...
— Me deixe contar tudo, depois você faz as perguntas que quiser, ou apenas vai vê-lo de uma vez.
— Certo pai.
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Linear - KaiSoo
FanfictionDo KyungSoo, desde que se formou, pensava apenas em trabalho. Todo dia pega turnos e mais turnos no hospital onde trabalhava, como chefe de cirurgia. As xícaras de café e as latas de energético eram suas melhores amigas, mas um dia tudo pode mudar. ...