Capítulo 11

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A uma teoria que diz que o luto tem cinco estágios: Negação, raiva, barganha, depressão e aceitação. Kim JongIn acha isso uma perfeita idiotice. Ele não estava de luto.

NEGAÇÃO

O herdeiro dos Kim saiu correndo do hospital sem ligar para as pessoas que estavam atrás dele, ele não ficaria em um lugar que lhe contavam mentiras sobre seu Soo. Subindo na moto deixando o capacete cair no cimento duro e molhado pela chuva que havia começado a cair a segundos atrás, JongIn sai em alta velocidade, deixando sua mãe e pai para trás.

Ele não queria os ver nem ouvir, ele apenas queria KyungSoo, ele voltaria para casa, e esperaria seu marido. Era isso.

Desviando dos carros e passando em vários sinais vermelhos, JongIn enfim chega em casa. Descendo da moto, ele a deixa cair no chão, sem nem ligar se ela amassaria ou não, ele apenas queria entrar em casa e esperar seu KyungSoo , apenas isso, e nada mais.

— Meu Soo vai voltar. — JongIn se deixa escorregar encostado na porta de entrada. — Ele... Ele não... Droga de silencio estúpido... Onde está meu Soo... EU QUERO MEU KYUNGSOO... Médicos estúpidos, dizendo que meu KyungSoo morreu, ele está vivo, e daqui a pouco irá chegar em casa e assim poderemos buscar nosso filho, é isso... Ele está vindo.

RAIVA

— MAS QUE MERDA. — JongIn bate a cabeça na porta com força. — PORRA. — Se levanta do chão e começa a quebra as coisas da casa, jogando vasos na parede e  derrubando os porta retratos que tinham ele e KyungSoo . Deixando a sala em um completo desastre. — Ele não pode ter morrido. — Soca a parede. — ELE NÃO MORREU. — Mais um soco. — ELE ESTÁ VIVO. — Outro soco. — AAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH. — Se deixa cair no chão de novo.

BARGANHA

— Deus que ele ainda esteja vivo, eu peço para qualquer Deus que esteja me escutando, não deixe que seja verdade, que isso seja apenas um pesadelo... Vocês não podem tirar o amor da minha vida... Ele... Nós... Eu o amo tanto, não o tirem de mim, eu não vivo sem ele... Soo ... Meu amado KyungSoo. — JongIn  era uma bagunça, sua mente não conseguia pensar direito, e as lágrimas que não paravam de escorrer não o ajudava. — Não o tirem de mim... Deixe-o comigo... Não podemos terminar assim... Deuses, por favor.

DEPRESSÃO

JongIn se deita no chão em uma bolha. E ao longe ele escuta seus pais batendo na porta, ele não iria abrir. Ele ficaria naquele chão frio, e quem sabe algum Deus tivesse piedade e o levasse para perto de KyungSoo, era isso, ele não tinha mais porque viver, sem KyungSoo ali.

— Eu não quero ficar neste lugar sem você.

— Filho abre a porta. — Mais batidas eram desferidas na porta, mas JongIn não as escutava, o mesmo estava tão imerso em sua bolha que não conseguia escutar nada a sua volta. — Dá pra derrubar essa coisa. — Senhora Kim grita com seu marido, e segundos depois eles enfim conseguem abrir a porta. — Filho. — Diz correndo até onde seu filho estava. — Filho, olhe para mim. — Ela levanta a cabeça de seu filho, mas JongIn apenas olhava para o nada sem expressão, ele não conseguia ver sua mãe. Naquele momento, JongIn  era um nada. — Filho? Olha pra mim... Ele não morreu.

— Hum? — Enfim JongIn encara sua mãe. — Soo.

— KyungSoo não está morto.

— Mas...

— Você não me deixou terminar, olha o seu estado. — Segura as mãos machucadas de JongIn. — Eu consegui o manter vivo, mas...

— Mas o que?

— Ele está em coma.

ACEITAÇÃO

Ele nunca chegou nesta parte.

Linear - KaiSooOnde histórias criam vida. Descubra agora