Novo Amigo | 12.0

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Jisung enrolou quase uma semana para falar com sua tia, tanto que nem voltou ao apartamento. Acabou que todo aquele seu humor alegre foi todo embora, restando apenas o cansaço mental causado pelas más palavras que estava escutando diariamente. Depois de recusar a companhia de seus amigos mais velhos, não iria pedir, se sentiria sem graça. Ele estava no seu cantinho da escola - já que tinha gente demais na sala - pensando que, dessa vez, ele finalmente iria falar com a mulher. Concentrado nesses pensamentos, ele se assuntou com Lee chegando um pouco ofegante, que faltou se jogar ao seu lado. O mais velho se sentiu curioso, mas não ousou questionar de cara por falta de intimidade. Assim que ele recuperou o ar, se sentou direito.

— Oi Jisung.

— Oi Minho...

— Posso ficar aqui?

— Você já tá aqui de qualquer forma. Desculpa perguntar, mas o que aconteceu?

— Ah, não tem problema. Tava fugindo das meninas, disse que ia no banheiro.

Isso acabou arrancando risada de Han.

— Que gracinha, nunca vi você rir.

Ele calou com um susto. Que elogio repentino foi aquele?!

— Me desculpa, você não gosta? Te deixei desconfortável? Não foi minha intenção, de verdade. Sou meio direto às vezes...

— Não, tá tudo bem... Obrigado, eu acho...

Ele coçou a garganta e olhou em volta, acabou ficando sem graça depois de ter soltado aquilo do nada.

— Essas meninas não tem o que fazer. O que tem em você pra elas ficarem te seguindo?

— O quê?

— Calma, não foi isso que eu quis dizer! Eu só quero saber o que você tem de especial... Não! Me desculpa! É que... Tipo... Não tem porquê elas te seguirem... Não que você não tenha nada de especial, você com certeza tem...

Quem riu dessa vez foi Minho. — Tá tudo bem, Jisung, eu entendi o que você quis dizer, não me sinto ofendido, nem nada.

— Desculpa... — Mais uma vez, pediu cabisbaixo. Queria enfiar sua cabeça em algum buraco até aquilo passar.

— Não se preocupa, bobinho, sei que você não disse aquilo com más intenções. Bom, voltando ao assunto, nem eu entendo o porquê.

— Ah, você é bonito... E rico... Deve ser isso.

— Obrigado, mas duvido muito que seja a segunda opção também, a maioria das pessoas aqui são.

— Acredite em mim, isso não muda nada.

— Hm.

— Não duvide de nada dessa escola, okay? Tem pessoas boas, mas o resto é tudo podre. Só continuo aqui por causa dos professores.

— Meu pai achou que seria melhor pra mim só porque é uma escola particular e popular. Ele sempre faz isso.

— Imagino.

— E você? Entrou por conta própria ou o quê?

— É, eu consegui entrar por escolha minha, soube que o ensino era bom.

— Que dedicado.

Jisung soltou uma risada nasal. — Acho que sim.

— Então, o próximo horário é aquela professora baixinha.

— Sim, o que tem?

— Se ela der atividade em dupla, a gente pode fazer junto.

— Sério?

Doce Mar de Rosas Onde histórias criam vida. Descubra agora