Confusão na Escola | 16.0

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Pela primeira vez, Minho se sentiu à vontade conversando com Subin. Eles começaram a conversar de um modo aleatório e espontâneo, sem que ela insistisse, o que era estranho na verdade. Isso aconteceu depois que alguém disse algo besta e os dois soltaram uma risada juntos. Mesmo estando focado na conversa, ele não deixava de olhar para a porta várias e várias vezes.

— O que foi, Minho? Eu tô aqui, não lá fora. — Ela soltou uma curta risada sarcástica. Sabia muito bem o que ele procurava.

— Ah, desculpe. É que o Jisung nunca se atrasou assim, tô preocupado.

— Ai, mas... — Ela repensou bem o que iria falar. Talvez se arrependesse de falar mal dele, apenas naquele momento. Se ela dissesse algo maldoso, ele provavelmente desistiria de falar com ela e iria ignorá-la de novo. Seu plano estava indo bem agora, nada poderia dar errado. — Não se preocupe com isso. Ele... Ele... Ele deve estar bem....

— Hm, espero que sim.

Ambos viraram para frente quando o professor entrou na sala. O garoto esperou pelo horário inteiro algum sinal do outro. No segundo, ele também não havia aparecido, o que queria dizer que havia faltado. Aquilo tinha o deixado tão triste, queria ter visto o seu amigo como nos outros dias, sempre batia uma saudadezinha dele. Ele prestou atenção nas aulas até que pudesse finalmente sair para o intervalo.

— Minho! Eu posso te fazer companhia hoje? — Ela perguntava com um sorriso simpático no rosto. Quem olhava de longe até pensava que era uma pessoa gentil como sua expressão passava.

— Não precisa, eu vou ficar sozinho. Quem sabe outro dia?

— Oh, entendo... Tudo bem então. — Suspirou e foi em direção às outras garotas.

Lee foi para o mesmo lugar de sempre: o jardim. Era agradável ficar ali até mesmo sozinho, era realmente um local aconchegante. Aproveitando o tempo, ele decidiu mandar uma mensagem para Jisung, querendo saber do porquê ele ter faltado.

Enquanto esperava uma resposta, Minho sentia a leve brisa batendo em seu rosto e mexendo levemente os seus fios de cabelo. Estava tudo calmo e tranquilo, até que...

— Ei, seu escroto de merda.

O garoto levantou a cabeça na mesma hora para saber quem dizia aquelas palavras rudes. Era só o Seok vindo encher o saco como sempre fazia e gostava de fazer. Por incrível que pareça, estava sozinho.

— O que foi agora?

— Nada, só queria ter uma conversinha. Seu amiguinho não veio hoje, você tá aqui sozinho...

— Olha, você veio falar sobre a Subin de novo? Porque, cara, sinceramente, você tem que desapegar... Vocês já não terminaram ou algo assim? Ela não tá nem aí pra voc-

Minho levou o soco no rosto naquele momento. Se recompondo aos poucos, ele passou a mão na boca e viu um pouco de sangue, se levantando na mesma hora. — Qual o seu problema, Seok?!

— Só de olhar pra sua cara me irrita! Eu te falei pra não chegar perto dela e mesmo assim você fica de gracinha!

— Como você não consegue perceber que ela chega em mim primeiro?! Eu não tô interessado nela, enxerga isso!

— E por que eu acreditaria em você?! Tava falando agora pra eu me desapegar, pra mim você tá muito afim!

— Eu não tô, mas que... Droga!

— Oh, o principezinho não fala palavrão? Como ele é comportado!

Ele avançou no garoto sem nem pensar duas vezes. Minho não sabia brigar, isso nunca havia acontecido antes e mesmo se tivesse, teria apanhado em todas elas. Ele tentou se proteger do jeito que pôde e para sua sorte, não demorou muito para que as pessoas começassem a perceber e tentassem separar os dois, além de chamar alguém da direção ou algo assim.

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