— Querido, como está se sentindo? — Karen pergunta após o garotinho acordar de um sono profundo.
— E-estou bem mamãe..estou com sede —
Mike pede por água e sua mãe logo atende seu pedido.
Sua boca estava seca e esbranquiçada, típico de quando você está doente. E dessa vez o cacheado realmente estava doente.
Depois de ouvir muitas recomendações dos médicos e chorar até se sentir esgotada. Karen decidiu que o tratamento — Chamado quimioterapia — seria a melhor opção.
Mas a mulher não sabia como explicar para uma criança de sete anos que ele terá que frequentar o hospital semanalmente e aplicar uma espécie de remédio na veia ou por meio de cateter — Que é um tubo fino colocado na veia — para ajudá-lo a sobreviver.
Como a mulher explicaria a queda de cabelo? O tão amado e prestigiado cachinhos.
— Mamãe? Podemos ir para a casa?..
— Nós vamos logo, logo. — Ela garante — Só preciso ter uma conversa com o Doutor e ver se você já está de alta.
— Eu me sinto bem..
— Isso é bom, bebê da mamãe — Karen diz delicada, enquanto deixava pequenas bitocas no rosto de seu filho.
— Eu não sou mais bebê, mamãe.
— É claro que você é. Você é meu bebê.
— A Holly é bebê, eu já sou grande.
— Você é um rapazinho muito lindo! — Ela afirma — você sempre será meu bebê, Mike. Não importa o que aconteça, tudo bem?
— Tudo bem.. — O menor sorri envergonhado. — Mamãe, eu vi o paraíso...
— Outra vez?
— Foi diferente. Anteriormente, eu me senti vivo, como se o paraíso me trouxesse ar. Mas agora, pareceu que eu estava morrendo, eu não tinha ar, era sufocante.
— Como era filho? O paraíso.
— Eu não vi as flores bonitas, não vi as árvores, nem as borboletas e eu também não vi o Will. — O menor diz com os olhos marejados.
— E o que você viu?.. — A senhora Wheeler perguntou.
— Tudo estava destruído. Eu tive medo, mamãe.. — Ele confessa baixinho tentando conter um soluço — Tinha gritos por todo o lado, por todo o lado! Eu ainda consigo escutar. Eu só quero que isso pare!
E acompanhado das palavras tão sinistras, o garotinho solta um grito dolorido.
Um grito por socorro.
(Flashback..)
— Estou de volta, paraíso. — Mike grita ao estar novamente no lugar tão esperado por ele.
Só que dessa vez o sorriso que estava estampado em seu rostinho, desapareceu completamente com rapidez.
O lugar que antes era ocupado por uma árvore majestosa, agora estava com um grande buraco no chão.
O campo que antes havia flores magníficas, agora havia flores mortas e apagadas.
O que aconteceu com o paraíso?
— Paraíso? O que aconteceu?! — Grita a plenos pulmões — Quem fez isso?!
Como se o paraíso fosse o-responder o garotinho pergunta "como alguém pode ter feito isso com um lugar tão belo?"
As lágrimas já vazavam de seus olhos, pingando em seu moletom.
E para sua surpresa, o paraíso o-respondeu!
"Você não está no paraíso, Michael. Você está na porta de entrada para a morte. Siga em frente para seu destino cruel!"
A voz sombria finaliza, junto de uma risada maligna.
Em segundos tudo ao redor da criança começou a pegar fogo, chamas altas e fogosas insistiam em alcançar o garoto.
Com todo aquele caos, logo veio os gritos ardentes e pecaminosos.
Ele odiava gritos.
— Pare, por que está fazendo isso? — Mike indaga para o além. — Não, não, não...
O gritinho murmurava tampando os ouvidos com as mãos — Como sempre fazia quando ouvia seus pais gritar. — com os sons 'finalmente se suavizando, o pequeno Mike fecha os olhos aliviado.
E quando os abre novamente, está em um quarto branco, com diversos fios o-conectando a uma máquina barulhenta.
Bi..bi..bi...bi
— Filho? — Sua mãe o chama — Doutor?! Doutor ele acordou!
— Não precisa gritar, Sr.Wheller! O Doutor Shepherd já está vindo. — Andrew DeLuca diz.
— Querido, como está se sentindo?
Que episódio, meus amigos..
Desculpe os erros kkkkkk
Espero que estejam gostando! 💃
Estou totalmente pronta para as novas ameças!
Beijinhos da Mary, xx❤️🩹