Capítulo 9

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Eu tinha tido um verdadeiro dia de cão, brigando com médicos no hospital, irritado com toda a demora em tirar um raio-x, minha mãe com dor e precisando ser atendida. Tudo havia sido um borrão a partir do momento que recebi a ligação, dizendo que ela havia caído e se machucado, não consegui nem reparar em nada, só sabia que precisava de alguém para ficar com Will.

A ideia de deixar Maria cuidar do meu filho não tinha me passado pela cabeça de primeira, só depois que todas as minhas opções se esgotaram foi que eu vi a fachada do restaurante ainda acesa e corri até lá com esperança, mas aparentemente tinha sido a melhor coisa que já fiz em anos. Meu garoto até mesmo dormiu com ela.

E então ali estava Maria, na minha frente, usando um vestido azul soltinho e cheio de flores, ela estava descalça, os cabelos cacheados soltos emoldurando seu rosto, os olhos brilhantes em minha direção, assim como o sorriso largo, que aparentemente estava sempre grudado em seus lábios.

Ah, aqueles lábios! Não consegui me segurar por muito tempo, especialmente quando as palmas de sua mão tocaram meu peito, enviando uma onda de calor poderosa sobre meu corpo, algo que eu não sabia explicar.

Os lábios macios dessa vez não tinham gosto de chocolate e whisky, mas de um jeito estranho era como se meu corpo se acendesse dizendo que era ela. Eram aqueles lábios. Uma constatação que eu não me lembrava de ter sentido em muito tempo, uma sensação totalmente nova, mas eu sentia meu corpo todo afirmar que aquilo era mais do que certo.

Abri os olhos de relance, querendo me certificar que todo o reboliço que estava sentindo era mesmo causado por ela. Mas vi seus olhos abertos, em choque me encarando enquanto eu a beijava.

Havia duas coisas que fariam uma mulher ficar com os olhos esbugalhados daquele jeito enquanto era beijada, ela não queria ou não havia gostado do meu beijo. Independente de qual dos dois fossem eu só tinha como reagir de uma forma, me afastando.

— Desculpe... Eu não... — o que poderia dizer? Que não queria fazer aquilo? Não podia, porque não era verdade. Então deixei que o silêncio nos embalasse, mas Maria tinha outros planos.

— Oh, não! Você entendeu errado! — se apressou em dizer. — Eu só estava surpresa.

— Eu pensei que...

— Eu quero mais, Herói tatuado. — ela se lançou em minha direção, seus braços envolvendo meu pescoço e seus lábios descendo sobre os meus.

A língua esperta circulou a minha e eu não me fiz de rogado, tomando tudo o que ela me oferecia. Minhas mãos desceram por seus braços, alcançando suas costas e parando somente quando toquei sua bunda. Moldando a carne macia, apertando, acariciando, arrancando suspiros dela.

Mas antes que tivesse a oportunidade de continuar Maria se impulsionou para cima, com as mãos apoiadas firmes em meus ombros e rodeou minha cintura com suas pernas. As coxas grossas abraçando meu corpo perto do seu, alimentando ainda mais os sonhos eróticos que eu tinha tido com ela.

Prendi seu lábio inferior, puxando com os dentes e arrancando um gemido dela, que teve resultado direto no meu pau. Segurei mais firme em sua bunda e dei alguns passos até o balcão da cozinha, a depositei ali aproveitando para passear minhas mãos por dentro do vestido.

Eu tinha que agradecer a ela por estar usando aquela roupa, era fácil de tirar, fácil de alcançar o objetivo, fácil de foder.

Senti contra a palma da minha mão a pele macia dela se arrepiar, subi por suas coxas até o quadril, sem deixar de beijá-la em nenhum segundo, mas assim que alcancei o tecido da calcinha suas mãos me pararam.

— Você não vai querer ir por esse caminho agora. — ela se afastou apenas o suficiente para falar, mas ainda se mantendo perto dos meus lábios com os olhos fechados. — Eu sou uma garota muito barulhenta.

Amor de Motoqueiro - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora