Capítulo II - Gelatina

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*Yuri então se vê em uma sala, onde as paredes são aparentemente de vidro e o chão, assim como o teto, eram brancos, brancos como se nunca tivera contato com poeira, ou sujeira de qualquer tipo*

*No vidro, Yuri via como se fosse um painel, seus batimentos cardíacos, atividade cerebral e pressão sanguínea*

*Ao olhar em volta, Yuri vê a sua direita e esquerda outras pessoas na mesma condição, Yuri pensa se tratar de um hospital especializado em seja lá o que, não sabia o porquê que estava ali, passou por sua cabeça diversas coisas*

[Yuri]-... Onde estou? Isso... é um hospital? Me machuquei? Como?...- {N/T: "-..." e finalizado com "...-". Significa pensamento}

*Yuri, imaginando diversas coisas, teve enfim a ideia de levantar e tentar chamar alguém*

[Yuri]-... O que é isso?! Por que não consigo sair?!...-

*Yuri se via preso ao local onde estava deitado. Inconformado, tenta se debater, mas conseguiu apenas acelerar seus batimentos, ativando assim, um toque para avisar alguém*

*Yuri vê alguém junto ao vidro com vestimentas de médico, então ele diz exaltado*

[Yuri]- EI VOCÊ! POR QUE ESTOU AQUI?! E MELHOR, POR QUE ESTOU PRESO?!

[Cara]- Ora, ora, ora. Vejamos quem acordou! O mais interessante é, que você nem lembra o que te trouxe aqui.

*Yuri tenta se lembrar, mas o que via era apenas imagens fragmentadas de um passado incerto, imagens estáticas de uma história não lembrada e mesmo não fazendo sentido algum, as imagens faziam uma raiva misturada com tristeza crescer*

[Cara]- Mas vamos ao que realmente interessa. Vejo que acordou paciente 053!

*Yuri estranhava o semblante com que Ele falava, como se estivesse falando com desprezo e leviandade*

*Então, surgem mais duas pessoas com os rostos tampado, segurando uma caixa com algo de textura semelhante a gelatina com uma coloração ciana*

*Quando se aproximaram do vidro, o cara que com Yuri conversava, abre um sorriso estranhamente trevoso e diz*

[Cara]- Alegra-te, pois isto comprovará agora a evolução da ciência, junto à evolução militar. Então... que comecemos o experimento! 

*O cara revela então uma seringa com algo vermelho, que Yuri presumia ser sangue. Ao ser solto e entrar em contato com a gelatina, ela começou a se mover e, depois de alguns segundo o líquido se dissolveu se tornando parte da gelatina. Ao ver aquilo acontecendo, Yuri ficou assustado porque não sabia do que se tratava, mas sabia que não era um bom sinal*

[Cara]- Isto é um Slime, um conhecido da raça dos monstros. Sua textura maleável, sem osso ou cartilagem, suas habilidades, até o momento conhecidas, são: a capacidade de assemelhar ao DNA de qualquer espécie podendo se metamorfosear para a forma do dono, outra habilidade dessa raça é roubar e armazenar habilidades de raças cujo DNA foi captado, teorizamos que exista mais habilidades, porém ainda estamos na fase de observações. O mais interessante dessa espécie é que ela pode acumular vários DNAs diferentes, simplesmente incrível!!

*Então o cara abre uma pequena porta que havia no vidro e encaixou a caixa que aquelas pessoas carregavam. Em seguida ele entrou na sala pela porta de vidro quase invisível do lado da caixa. Se aproximando de Yuri, ele tira um bisturi do bolso e faz um corte no abdômen de Yuri, que estranhamente não sentia nada, via o sangue escorrendo, mas nada sentia, então o Slime começou a se debater freneticamente*

*Então o cara inclina-se para perto da orelha de Yuri e diz*

[Cara]- Ei. Sabe aquela caixa? Então... aquilo está se debatendo porque consegue sentir seu sangue. Slimes são supersensíveis a sangue, principalmente daqueles que já provou.

*Yuri fica ainda mais assustado por dentro, mas, por não querer mostrar fraqueza perante aquele homem, pergunta*

[Yuri]- Como você conseguiu me cortar sem que eu sinta nada?

[Cara]- Ah, mas a resposta é muito simples, o bisturi é diferente do comum, ele tem enzimas que desativam o sistema nervoso do paciente o fazendo não sentir dor no local do corte. Fascinante, não?!

[Yuri]- Que bom, pensei que queria me machucar!?! *uma voz irônica perpassa Yuri*

*O cara começa a rir e diz*

[Cara]- Como seu cérebro vai curar uma ferida que nem sabe que existe?!

*Yuri olha espantado e então tenta mordê-lo, mas as amarras o impede*

*Então o cara levanta e sai da sala. Enquanto saía da sala, falou*

[Cara]- Liberem a caixa! Vejamos se ele está apto para a próxima fase!

A História de Yuri KazumiOnde histórias criam vida. Descubra agora