A História de Yuri Kazumi

Capítulo XXXIII - As Palavras Doem

*Todos eles se olhavam com desconfiança menos um que já respondeu sem pestanejar*

[Yuri]- Quem quiser ir primeiro que vá! Eu ficarei por ultimo. Afinal, *aponta para si mesmo* eu sou o líder aqui. E ao primeiro, trate de aguentar o máximo que conseguir! 

[Vagner]- Ei, ei, ei, Yuri. Não está pensando direito! Veja bem, você sabe que pode receber mais de 100 golpes acumulados, né?... NÉ?! *repreende, preocupado*

[Yuri]- Ué? Acha que não sei disso, Vagner? Eu confio em vocês e espero que confiem em mim, assim como confiar uns nos outros. Estamos aqui para evoluirmos juntos, afinal, não há como sair, então somos apenas pequenos ratos de laboratório... *um silêncio momentâneo preenche o local* ... E então? Quem será o primeiro? Tem que ser alguém durão! *ri um pouco e continua* Não podemos começar com saldo pendente. Hm... William? Vai lá!

[William]- Como é?! Por que eu?! *rebate*

[Guarda]- Chega de enrolação!! *finaliza a discussão* Venha o 072! 

[Yuri]- O72? Quem é? *diz, confuso*

[Ryan]- Sou eu! *levanta a mão*

[Yuri]- E como sabe que é você? *ainda confuso*

[Ryan]- Yuri. Tem literalmente um número no pescoço de todo mundo!! Como não tinha percebido ainda?! Tu é cego? *um tom irônico forçado passa rapidamente na voz de Ryan* 

[Yuri]- Ahn... *puxa a camisa e observa o número nela por alguns instantes* Então é isso que esse número significa?

[Guarda]- VAI DEMORAR, SOLDADO?!!

[Ryan]- Não, senhor! Já estou indo! *tira a camisa* É para colocá-la aonde? 

[Guarda]- Jogue-a por aí soldado. Se demorar mais, aumentaremos seu saldo. Quanto aos outros, podem observar a vontade. 

*Ryan joga a camisa no chão e entra na sala.
A sala que ele entrara era igual àquelas salas de interrogatório policial.
 Todos observavam pelo vidro quase invisível. O fizeram ajoelhar e algemaram as mãos às vigas de ferro. Em seguida, começaram a chicoteá-lo.
A cada chicotada era um berro de dor, mas aguentara as 12.*

[Guarda]- Pode sair. O próximo será... vejamos... o 053 será o último *pensa alto* , então pode vir o amiguinho dele. Venha 032. 

*Ao sair, Ryan pede ajuda para colocar a camisa novamente*

[Vagner]- Sim, senhor! *enquanto tirava a camisa* Yuri, não vou deixar saldo pendente, pode contar comigo, afinal, a minha marcha ré não funciona e por isso eu só posso avançar, sem olhar pra trás. 

[Yuri]- É esse o espírito!
-... Não foi a melhor frase, mas tenho que incentivar. Ele não pode perder essa coragem. ...-

*Ele entra na sala. Vagner suporta as 12 e então sai da sala*

[Vagner]- *gemido de dor* Eu... *respira fundo* falei que ia aguentar. *se agacha para pegar a camisa, mas ao curvar-se sente dor* ARGH! *gemido de dor* Tem como me ajudarem a colocar a camisa? *Yuri confirma e vai ajudá-lo*

*Ao chegar perto de Vagner, Yuri se aproxima e fala*

[Yuri]- Estou orgulhoso pela sua coragem e resistência, meus parabéns!