Capítulo XIII - Uma nova aliada

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[Doutora]- É sério que você está aqui de novo?! Moleque, me sinto na obrigação de perguntar. Você é masoquista?! Você gosta de sofrer?!

[Yuri]- Acho que *gemido de dor* sim.

*Doutora dá um medicamento para Yuri ingerir*

[Doutora]- Isso vai amenizar sua dor.

***Passa alguns minutos***

[Yuri]- É. Isso realmente me ajudou, mas minha cabeça ainda tá latejando pacas.

[Doutora]- É isso que acontece com quem sobrecarrega o cérebro.

[Yuri]- Como assim 'sobrecarrega o cérebro'?

[Doutora]- Como você acha que consegue toda aquela concentração? Nem precisa responder.
Basicamente, você força seu cérebro a trabalhar nos 120%, isto é, mais do que o normal que é entre 70 e 90%. E usar esses 120% tem seu custo, que é essa forte cefaleia. E se você usar mais que 100% muitas vezes, bem... pode-se dizer que você perde tempo de vida. Agora se você forçar seu cérebro a 150%, basicamente, você está gastando sua vida, não que isso seja normal de acontecer, acho até que nunca houve registro de uma porcentagem tão alta, mas mesmo assim tenho que adverti-lo. Os efeitos podem ser catastróficos. Por exemplo: o mais normal de acontecer é um AVC, seguido de uma IMENSA, com ênfase em IMENSA cefaleia, sem contar que se você sobreviver ao AVC, já tem sua expectativa de vida bem diminuída.

[Yuri]- Hm... Acho que entendi... Mais ou menos... *passa alguns segundo encarando a Doutora* É, não entendi nada.

[Doutora]- Basicamente, se você quiser outra cefaleia *Yuri levanta a mão* o que foi?!

[Yuri]- Quem é esse tal de cefaléia?

[Doutora]- *suspira* Cefaleia é o termo técnico para a chamada dor de cabeça.

[Yuri]- Ahnn. Agora acho que entendi...

[Doutora]- Continuando. Se você não quiser outra cefaleia como a que você acabou de ter, não use aquela concentração pelo menos até amanhã. Pelos meus cálculos, você pode usar uma vez por dia aquela sua concentração sem problemas.

[Yuri]- Mas sem ela eu não consigo lutar direit-

[Doutora]- É uma ordem!

*Yuri estranhamente responde quase igual a um robô*

[Yuri]- Sim senhora! *confuso* Ué, o que foi isso? Foi involuntário.

[Doutora]- Vamos fazer um acordo. Neste local *aponta para todo o laboratório* todos falam comigo como se eu fosse uma Oficial. Então, que tal fazermos uma brincadeira sem fim?

[Yuri]- Pode ser!

[Doutora]- A brincadeira é o seguinte... se concentre e não esqueça o que estou falando.
Continuando; a brincadeira é a seguinte: toda vez que eu ou outro alguém que você trate como superior te falar "é uma ordem!", você deve obedecer sem pestanejar. A não ser que seja impossível.

[Yuri]- Sim senhora!

[Doutora]- Então, de agora em diante somos amigos. E para que possamos continuar sendo amigos, sua primeira ordem é não fazer perguntas de cunho pessoal à mim.

[Yuri]- Sim senhora! Mas eu não sei, completamente, o que seria uma pergunta pessoal.

[Doutora]- Quando você fizer uma, eu digo.
*A doutora pega um telefone e liga para alguém que Yuri desconhece* Eu queria fazer um pedido pessoal. *O cara do telefone diz algo que Yuri não entende* Sim. O meu pedido é: gostaria de ser a Doutora responsável pelo grupo de Yuri Kazumi (053). Afinal, ele é o mais novo na instituição e o caso dele é especial, e você sabe. Sem contar que eu preciso de um paciente para testar minhas habilidades. *Cara do telefone diz mais coisas inaudíveis* Sim. Obrigado! E morra logo! *Desliga o telefone* Pronto, moleque! Agora você e eu somos uma dupla dinâmica.

[Yuri]- Legal!?! *diz, estranhando o dito na ligação*

[Doutora]- Aliás! Sua luta começa agorinha. É bom você já correr lá para ver contra quem você vai lutar e... Ah! Quase esqueci! Tente não receber nenhum golpe na cabeça, pois pode ser que fique inconsciente no primeiro.

[Yuri]- Tá. Entendi... Vou tentar! Afinal, são eles que me atacam na cabeça...

[Doutora]- Vamos! Vou te levar pra lá! Afinal, tenho que falar com os guardas sobre você ser meu "protegido".

*Ao chegar perto dos ringues, Yuri vê uma luta inusitada, os dois lutadores estavam usando magia. Yuri se aproxima e pergunta*

[Yuri]- Mas não era desclassificação se usasse magia?

[Alto-falante]- Sim, se fosse usado por apenas um dos lutadores, porque seria uma vantagem muito grande. No caso deles, foram eles que pediram para que fosse permitido nessa luta. Então, não tinha porque não liberá-los.

[Yuri]- Ok! Acho que entendi.

*Yuri observa o show de luzes dentro daquele ringue*

*Yuri vê aquele golpe do mortal pra trás que ele mesmo tinha usado na primeira luta. Yuri não sabia o quão legal era ver de fora aquele golpe sendo executado. Mas antes de atingir o oponente, a perna daquela pessoa que Yuri desconhecia, passou pelo mesmo processo que o oponente de Yuri da última luta. Ela ficou de metal e então, acertou o oponente que caiu desacordado*

A História de Yuri KazumiOnde histórias criam vida. Descubra agora