3 textos de Wesley B. Machado

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Wesley B. Machado – Autor de linhas simples, ama escrever e ler. Romântico, mas ainda não romancista. Trilha seu caminho na Literatura pelas crônicas do cotidiano de uma vida de momentos felizes.

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A vida passa em um piscar de olhos

Esses dias, eu estava no computador e, ao piscar os olhos, o minuto já não era mais aquele de antes. Assim é a vida.
Quando vemos não somos mais os mesmos. De repente é noite. De repente é sexta-feira. E logo é segunda. Quando vamos ver já é dezembro. E logo é Carnaval.
O fim do ano chega. E recomeçamos do final. O início é de esperança. Dias melhores virão?
Temos de estar vivos. Até a hora da morte. Quando não sabemos. Ainda bem. Senão ficaríamos ainda mais ansiosos. Em tempos acelerados.

Felicidade em um gesto simples

Uma vez minha filha mais nova Júlia me chamou para andar de bicicleta. Ela costumava andar com minha esposa Nilcea só em frente de casa, até mais um pouco, quase até a esquina. Desta vez, eu disse a Júlia que nós iríamos dar uma volta no quarteirão. E fomos.
No final da nossa rua de paralelepípedo, eu na bicicleta de Nilcea e Júlia na bicicleta dela, dobramos à direita na avenida asfaltada, no que decidi estender até a rua da casa dos meus pais, duas ruas depois da nossa casa. Lá ela gritou a avó dela, minha mãe, Ezilane, a quem ela chama de “Velha”.
Foi um passeio rápido. Logo voltamos. E no fim, Júlia disse que estava muito feliz! Eu superei as expectativas dela com um gesto simples que a fez ter uma sensação de felicidade! Simples assim!

Saudade do sol

Desperto às 3 horas da madrugada, a “hora da misericórdia” de acordo com o cristianismo porque é o horário oposto ao que Jesus morreu (15 horas). Este horário também é considerado a “hora morta”, que se estende até às 3h59 e, segundo o misticismo, considera haver uma abertura para portais de outras dimensões em uma comunicação do material com o espiritual, que atinge pessoas mais sensíveis aos ventos de almas.

Às 4 da manhã levanto-me, tomo café com broa e vou ver o celular. Depois de ler algumas coisas, volto a deitar, mas não consigo mais pegar no sono e se passou meia hora. Decido vir para o computador, onde estou agora escrevendo depois de fazer algumas coisas, ouvir os cantos dos passarinhos e o canto do galo. Vejo pássaros nos fios, um passáro passa voando. Céu cinza. Chuva, lágrima de Deus, que vai e volta. Cadê o sol? Estou com saudade dele. Hoje ele não deve vir. Quando volta, querido amigo? Precisamos de você

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