3 poemas de Adriano Vieira

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Adriano Vieira poeta e compositor, autor do livro: Poemia Cronica.

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Segunda feira

O vazio das segundas
Não podem ser preenchidas
E o dia ser consumido
Por falsas expectativas
E segundo dia
Mas até parece o primeiro
Sei que outros dias virão
Virão outras feiras
E nelas se dilui as lembranças
Até o sábado para distrair
O fim de domingo pra se consumir
Com a proximidade de outra
segunda
Como se fosse a primeira

Ruas de Ilusões

Ando por ruas de ilusões
Na contramão de tudo
Cheio de convicções e sonhos efêmeros que mudam conforme os passos
Meus tênis gastaram
Sinto já o calor do chão
Não paro... Ando
Às vezes canso e penso em parar, estacionar num lugar qualquer
Mas minha mente inquieta
Meus sentidos pulsam
Sinto aqui no peito bombear
Então insisto no caminhar
Não sei que lugar chegar
E quando chego lá
Chamo de ruas de ilusões
Mas são doces ilusões
É meu expressar
Meu dizer
Minhas pichações por
muros no caminho
Lá estão meus temas
Dilemas, teoremas, cenas
Na estrada da ilusão
Desenho com pedaço
de tijolo ou de giz
Em papel de pão ou
outra folha qualquer
Nos troncos e barrancos expresso
Neste caminho verso
Nas trilhas pelo universo
Nas vias galática da ilusão

Falando de Amor

O grande esmero do poeta
É falar de amor
Não se fala só sobre a amor
em poesia
Mas quando compremimos
o amor de uma forma lírica
no texto, lava a alma de satisfação
Seja o amor romântico
Seja o fraterno
O amor de mãe, de pai
Seja o ágape
(Deste só o mestre Cristo falou e mostrou com propriedade)
Enfim do amor que conhecemos
e que somos capazes de viver é difícil imprimir
O amor é a matéria prima
da arte  do poeta
Somos tomados de um romantismo de viver
Ainda que seja técnicos na escrita
Práticos na vida
Amor ainda é o prisma
Ando falando de amor
Mesmo sem saber
É matéria que nunca acaba
É lição que aos poucos se aprende
Falando... Tentando falar
Falando de amor

Mais Que Poesia: Uma coleção de poemas e textosOnde histórias criam vida. Descubra agora