3 poemas de Paulo Cardoso

14 1 0
                                    

Paulo Cardoso, 45 anos, nasceu em Porto Alegre no Rio Grande do Sul. Escreve a mais de 20 anos. Um poeta que descreve a essência do prazer em poemas hot, sem ser vulgar. Em seu livro Além de um Momento pode ser encontrado toda sua intensidade. Em suas andanças pelo mundo poético, participou de várias antologias, sempre navegando no desejo de cada um em levar poesia para qualquer recanto.
Ele sempre diz: Quem dera poder haver um pouco de poesia nas mazelas do universo, pois aí eu teria certeza que encontraria um poeta ou poetisa tornando este mundo mais belo.
Um poeta, otimista incorrigível e apaixonado pela escrita. Seu trabalho pode ser acompanhado em suas redes sociais @poeta_paulocardoso; no Recanto das Letras e no facebook como Paulo Cardoso.

*************

AMANHECI EM TEU PEITO
Naquele dia de primavera
Meus olhos a procurava
Mas a visão do despertar
Era ainda turva
Então a procurei entre meus lençóis
Com minha mão atrevida
Indo e vindo de acordo com teus carinhos
Sentido por mim na mesma intensidade
A luz do sol já adentrando em nosso quarto
Tornou mais claro que já havia visto Teu corpo nu em minha cama
Que pecado o relógio insistir
Em minha retirada naquela manhã
Mas ele também é meu parceiro
Na contagem para lhe possuir novamente Em meu ninho de puro desejo.

CORAÇÃO NÚ
Lá vai sem ter a certeza
Vai em batidas descompassadas
O velho coração que grita
Sentimentos escondidos outrora
Tamanhas insensibilidades
O deixaram nu
Exposto a tudo mais que ele tanto odiava
Só esqueceram de lhe contar sobre o amor
Este sentimento sim
Poderia abastecer
Cada centímetro de sua existência
Com o mais lindo sentimento
Sorte dele que mesmo ao final De sua existência universal
Conseguiu ao menos uma vez Mergulhar em uma piscina de sentimentos Lavando a alma de todo ressentimento.

UM TEMPO APENAS
Mais que um segundo
Apenas um vulto Sentido no amargo da vida Sorvendo a delícia de um vinho.
E a chuva
Ela escorre no vidro da janela
Parecendo lágrimas De uma saudade jamais curada.
Sim eu já sabia
Mas preferi me enganar
E então abri um sorriso quase falso Assim talvez eu conseguisse enganar Minha própria tristeza.
Então pego uma cadeira
E fico a esperar
Segundos parecem horas
Tornando o tempo
Um malfeitor a escravizar Uma pobre alma a clamar aos céus Por mais felicidade.

Mais Que Poesia: Uma coleção de poemas e textosOnde histórias criam vida. Descubra agora