MARY

9 2 1
                                    

Acordei com uma forte luz amarela e forte embaçando a minha visão. Pisquei meus olhos buscando obter imagens claras do que acontecia. Sinto uma dor intensa na minha nuca à medida que eu movia a minha cabeça. Dessa maneira, tentei me mexer, mas sinto meus braços e pernas imóveis, assim, percebi que estavam presos a uma maca na qual eu estava deitada. Comecei a me mover desesperadamente tentando me soltar, o local que eu me encontrava era um laboratório, ou melhor "O famoso laboratório". E eu sei exatamente que está qui.

"Mary, se eu fosse você, só desistia." Aquela mulher diz enquanto mexia em diversos frascos e seringas.

"Me solta antes que eu corte sua cabeça fora, Isabelle!" A garota solta um risinho baixo e maquiavélico.

"Você sabe que não vai rolar, querida. Precisamos testar a vacina em você. Sabe como queremos a cura, não é? E quem melhor do que você,  uma traíra." Sinto meu sangue ferver.

"Qual o problema de vocês?! Estão tirando um a cura de não sei onde e destruindo os poucos humanos que restam!" Isabelle solta um riso baixo enquanto analisa um papel.

"Minha filha... Eu finalmente estou mais perto do que nunca e acredito que uma dessas duas novas doses seja a cura. Você não sabe os métodos e nem vai saber, então pare de fazer perguntas."

"Com base em que?!" A garota ri novamente de mim, eu juro que se pudesse voava em cima dela agora.

"Você vai saber... Vai que você tem a cura, né?" Ou quem sabe só é próxima zumbizinha. Não me leve a mal, eu quero que o meu trabalho finalmente esteja correto, mas ver você se contorcendo devido ao veneno zumbi também seria ótimo. Nesse sentido, a real é que você tem 50% de chance de pegar a cura ou não. E se for a cura, provavelmente, a Haelena ainda te matará ou te usará. De qualquer jeito eu saio ganhando, sempre quis aquela sua moto mesmo." Começo a me contorcer rapidamente, as lágrimas desciam antes mesmo que eu notasse.

"Calma, só faltam 5 minutinhos..." Isabelle diz. Preciso agir, pensar rápido. Olho para os lados e percebo que minha bolsa estava longe de mim, perto de sua bancada. De repente, lembro-me que carrego sempre um mini canivete na minha bota, assim, tento pegá-lo cautelosamente para me soltar. O suor se acumulava na minha testa e eu utilizava do meu outro pé para pegar. Finalmente, consigo derrubá-lo na maca, mas ele faz um barulho, assim, coloco rapidamente minha perna por cima para ela não ver.

"Ainda se mexendo?! Não cansa não é, só aceita, meu amorzinho." Isabelle diz enchendo uma das seringas com uma marca "VAC 263" com um líquido azulado. Assim, chuto o canivete para minha mão num piscar de olhos, estava prestes a tentar cortar quando sua figura se aproxima de mim, escondo o objeto rapidamente.

"Vou na sala do lado só pegar uma coisinha, não se preocupe que chego em um minuto." Ela diz segurando minha bochecha fortemente. Me segurei para não cuspir nela, pois tinha apenas aquele tempo para me soltar. Desse modo, corri para cortar a fivela que prendia minha mão, usei toda minha força e cortei uma delas. Corri para cortar a do meu pé, mas parei na metade depois de ouvir passos no corredor. Me deitei novamente na maca e segurei de modo a fingir que minha mão ainda estava presa. Ofegante, relutei minhas de lágrimas caírem e coloquei o objeto no meu bolso.

"Voltei! Sentiu saudades?"

"Vai se fuder, Isabelle." Falei nervosa, meu coração poderia sair da minha boca.

"Quanta grosseria desnecessária... Olha vou te dar uma escolha, você quer a VAC 264 ou VAC 263?" Ela perguntou mostrando as duas seringas. Fiquei calada, não ia falar porra nenhuma.

"264 então." Assim, ela pega a vacina e me mostra cautelosamente.

"Você entende que isso pode ser nossa salvação? Fim de tudo isso."

THE LAST ONES STANDING - CONCLUÍDA - APOCALIPSE AUOnde histórias criam vida. Descubra agora