PETER

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Depois de eu vasculhar o local e ver que tudo estava limpo, Mary chegou na casa pegando todos de surpresa. A menina veio apertando sua barriga e com uma cara nada boa.

"Tá todo mundo bem?" A garota questionou ofegante.

"A Lou está machucada, mas Viktor estava ajudando-a. E você tá como?" Perguntei, afinal, Mary estava com uma expressão meio confusa, como se nada estivesse fazendo sentido.

"Peter, eu não sei nem por onde começar."

"Você falou no Walkie-Talkie sobre uma cura, não foi? Eu não entendi muito bem, a gente estava muito concentrado." Respondi. Viktor, então, saiu do quarto e se deparou com a gente, a face dele não estava nada boa. O garoto limpou o rosto e deu um abraço de lado em Mary.

"Que bom que está aqui." Ele disse, assim, a menina soltou um sorriso e disse algo baixinho para ele que eu não ouvi. Ele mexeu sua boca para ele e notei que disse 'depois conversamos', Louise o que foi que aconteceu nesse quarto...

"Bom, gente eu preciso dizer a vocês umas coisas muito importantes, mas antes de tudo, nós precisamos sair daqui urgentemente. Haelena e Bea vão procurar aqui, elas sabem da existência dessa casa. Meus olhos se arregalaram, puta que pariu você só pode estar de brincadeira comigo, NÃO É POSSIVEL PORRA.

"Meu Deus, o que a gente faz? Elas podem chegar a qualquer momento." Viktor perguntou.

"A gente deixou o carro na floresta, eu posso pegar ele e trazer até aqui e todos vamos a alguma casa aleatória do caminho."

"Perfeito! Cadê Arturo e Louise?" Mary nos questionou.

"Lou está no quarto e Arturo está lá em cima.Vou indo pegar o carro e você chama ele e Viktor pega a Louise." De repente o menino na minha frente arregalou seus olhos.

"Não precisa, não precisa... Você pega Lou e eu pego o carro." Viktor puxou a chave do automóvel da minha mão e saiu correndo para a porta num piscar de olhos. Eu e Mary nos entreolhamos sem entender nada.

"Que bicho doido do carai." Falei.

"Ele tem dessas, me pergu-" Mary foi cortada abruptamente no meio de sua fala por um grito desesperado de Arturo no andar de cima. O que porrada aconteceu?!  A gente não pode gritar aqui, alguém pode ouvir. Ou seja, algo muito fudido deve estar acontecendo. Assim, eu saio correndo sem pensar duas vezes para o outro andar e Mary veio atrás de mim.Sigo o som do grito aflito do meu melhor amigo, sua voz estava carregada de ansiedade e angústia.

"Arturo!!! Onde você está?" Perguntei a medida que entrava em cada quarto à sua procura.

"ÚLTIMO QUARTO À ESQUERDA! RÁPIDO, PETER!" Corri como se minha vida dependesse disso, assim, ao chegar lá ao lado de Mary me deparo com algo, ou melhor, alguém que eu nunca imaginei encontrar novamente, pelo menos não nessa vida. Nesse sentido, um sentimento avassalador preenche o meu ser, sinto que mil palavras queriam sair da minha boca, mas não consigo reagir. Me vi preso em um transe, eu olhava Arturo e ele parecia estar falando comigo, porém eu não escutava ele, estava chocado demais para isso. No colo dele estava Claire, e não, não era ilusão ou imaginação. Sua figura estava bem real na minha frente, mas como? Eu vi ela morrer, o que aconteceu?

"PETER! A GENTE PRECISA DE REMÉDIOS AGORA! ACORDA!" Arturo gritou mais alto me despertando do transe, imediatamente eu nem fiz perguntas, só agi. As palavras, o vocabulário, sei lá caralho eu esqueci a porra do alfabeto.

"Arturo, eu não to entendendo, como foi isso?!" Mary perguntou incrédula.

"Eu não sei, mas vamos rápido, POR FAVOR! Depois a gente descobre." Arturo suplicou. Prontamente, ajudei Arturo e levamos ela para baixo, Mary pegou a mochila da garota que estava no chão. Ao chegar lá embaixo, Victor já estava na frente com o carro, assim, nós entramos no veículo enquanto Mary foi chamar Louise. Desse modo, eu ainda não falei uma única palavra, não sei o que porras está acontecendo. Rapidamente, Mary e Lou adentraram no carro e Lou se deparou com a figura de Claire deitada no carro.

THE LAST ONES STANDING - CONCLUÍDA - APOCALIPSE AUOnde histórias criam vida. Descubra agora