A Arte do Clichê

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Às pressas e desviando pelos cantos, Jungkook se escondia de forma discreta atrás de pessoas que serviam como escudo para que Taehyung não o visse pelos corredores. Mal sabia ele que não precisava de tanto esforço para não ser notado pelo Kim, o mesmo já era distraído o suficiente para não notar até mesmo alguém parado a sua frente.

Enquanto se escondia de um, outro lhe observava do outro lado do corredor, de braços cruzados e segurando o riso enquanto via Jeon se aproximar sem desviar os olhos do Kim, que também caminhava por aquele corredor

— Olhe por onde anda — Jungkook se assustou, despertando a centímetros antes de trombar com o dono da voz.

— Ai, desgraça! — xingou dando de cara com seu melhor amigo.

— Ainda está bancando o espião? — Yugyeom foi empurrado de costas por Jungkook para a sala em que acabara de sair.

— Tô mais para fugitivo do que espião — falou olhando para trás, tendo certeza de que o acastanhado não estava por perto.

— Está desde ontem nessa, ainda não desistiu?

— Não vou desistir! — disse como se fosse óbvio. — Conversamos sobre isso. Se esqueceu, ou o porre foi tão forte assim?

— Não me lembre disso, eu acho que ainda estou de ressaca — Yugyeom disse frustrado. Às vezes ainda sentia o gosto da bebida da última noite no parque. — E nós falamos sobre você não ficar com ele, e não sobre não ser amigo dele. Está parecendo um foragido fugindo desse jeito.

— Estou fugindo, porque se ele aparecer na minha frente com aquele maldito srriso, eu mando tudo pra puta que pariu!

— Você não existe, JK — Yugyeom riu enquanto via o outro fechar a porta, determinado a esperar o Kim mais velho sair daquele andar.

— Existo sim, Taehyung também e ele é perigoso, então preciso tomar cuidado.

— Não esqueça de Jimin... — cantarolou apenas para provocar o melhor amigo.

— Eu estou fodido — o de cabelos pretos choramingou se escorando na porta e descendo até o chão para sentar-se dramaticamente.

Depois da conversa séria sobre o futuro amoroso de ambos, analisar as circunstâncias, e as possíveis soluções em relação ao Kim, ao Park e ao Kunpi, tudo que haviam decidido não sairia do momento em que fora dito.

O que conversaram no parque, e o que não lembravam de ter conversado por causa da bebida, ficava no parque. Em seus dias normais, todo e qualquer problema era levado no humor, para que assim não afundassem tanto em sentimentos ruins.

Aprenderam a viver assim depois de perceberem que nada do que viviam mudaria até que saíssem da casa de seus pais, e como aquilo ainda estava longe de acontecer, precisavam manter-se firmes. Ainda bem que tinham um ao outro.

— Você está emocionado, isso sim — Yugyeom olhou Jungkook de cima, em deboche.

— Eu não estou, eu sou.

— Que bom que você sabe — resmungou, recebendo um olhar feroz do outro ao seu lado.

Assim que Jungkook estava voltando a respirar normalmente, a porta foi forçada para ser aberta, e então seu coração quase saltou mais uma vez até perceber que era Lalisa do outro lado.

— Demorei para caramba para achar vocês, o que aconteceu? Por que ainda não saíram? — Lisa começou a falar já invadindo a sala.

— Pergunta para ele — Yug indicou com a cabeça o melhor amigo agora em pé ao seu lado.

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