A Arte em Sorrir

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Jungkook ouviu o toque de seu celular invadir seu sonho bonito e colorido num jardim que servia como cenário para o piquenique com o homem que agora tinha um nome para ser chamado: Park Jimin.

Respirando fundo ele abriu os olhos, seu quarto ainda escuro pelas cortinas blackout, seu celular na mesinha ao lado de sua cama gritava para que ele acordasse. Desligou o aparelho e foi direto para seu banheiro, seu pijama caro de frio foi ao chão em segundos, e ele tomou um banho devagar, temendo que ficasse tonto pela fome que o consumia todas as manhãs.

Jungkook tinha o costume de comer assim que acordava. Levantava, calçava suas pantufas e descia para o café, mas isso apenas quando estava sem seus pais em casa, caso contrário, levaria uma bela bronca de sua mãe; seu pai apenas assistiria em silêncio.

Então ele terminou o banho, e se vestiu apropriadamente. Colocou uma calça preta solta no corpo, uma camisa branca e tênis comuns porque sabia que sua mãe odiava seus coturnos. Apenas não abriu mão da jaqueta de couro. Penteou os cabelos grandes e prendeu para que não precisasse ouvir o quanto precisava cortá-los para manter a aparência.

Estava ansioso. Era assim que sempre se sentia com os mais velhos por perto. Ansioso, a espera de que algo ruim acontecesse o consumindo por inteiro.

Seu celular apitou anunciando uma mensagem, e não evitou sorrir ao ver que era Yugyeom implorando para que saíssem logo.

Quando desceu, encontrou seus pais na sala de jantar, comendo o café da manhã enquanto falavam sobre a única coisa que sabiam falar: trabalho.

Jungkook, meio perdido por nunca se acostumar com aquilo, sentou à esquerda de seu pai, que estava na ponta da mesa exagerada de doze lugares, enquanto sua mãe estava sentada à direita do homem. Costumes ocidentais nos quais haviam adquirido com os anos.

— Bom dia — Jungkook falou pegando seu leite de banana que Jieun sempre comprava para ele e já deixava sobre a mesa todas as manhãs.

Não sabia quando começara com aquele hábito de beber aquilo todos os dias, mas desde que se entendia por gente, tinha o leite de banana como sua bebida preferida.

— Bom dia, Jungkook — seu pai sorriu contido, enquanto não tirava os olhos do ipad em sua mão, tomava um café preto sem açúcar e lia as notícias diárias sobre o mercado consumidor.

— O que foi aquilo ontem, Jungkook? — sua mãe interrompeu os cumprimentos de forma áspera, não querendo perder tempo com gentilezas. — Estava querendo me envergonhar?

— Não tinha ninguém lá além da senhora — Jungkook disse curto, não prolongando aquele assunto para que pudesse comer a melhor refeição de seu dia em paz. — Você viu a gente porque procurou.

Dividia sua atenção em saborear as torradas com geleia e tomar seu leite de banana, enquanto cortava um pedaço do omelete com bacon e separava um pedaço do bolo de uvas que levaria para Yugyeom, sabia que era o preferido dele, num pequeno potinho já disposto a mesa.

Poderia ser estranho para qualquer um que o visse comendo aqueles alimentos logo pela manhã, mas Jungkook estava mais do que acostumado com a cultura ocidental do que podia dizer. Sempre passou por muitos países de fora, e sua mãe não tinha muitas amarras com a cultura coreana, foi natural que começassem os costumes de fora também.

— Viu quem? — Jungyong perguntou sem entender do que falavam, até porque sua mulher não o contou.

— Não estou falando disso, Jeon Jungkook! Quero saber do Choi Siwon-ssi, porque disse aquilo a ele? — Seulmin pareceu ficar três vezes mais irritada com a menção do que havia acontecido na cozinha de sua casa na noite anterior. — Vamos, me diga o que você tem na cabeça para falar aquilo? Queria que desse tudo errado? Eu poderia não ter conseguido o fornecimento dos produtos por sua causa.

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