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Caroline Forbes

Lembro-me de quando conheci ele pela primeira vez.

Foi na entrevista de emprego, eu já tinha terminado, mas estava esperando Hayley, ele foi gentil e muito galante, torceu para que eu fosse contratada, e no fim, eu fui.

Lembro de quando ele pediu meu número descaradamente, e em como transamos pela primeira vez em um quarto de motel no nosso primeiro encontro.

Foi uma noite muito louca.

Manter o profissionalismo depois disso foi difícil, e piorou ainda mais quando as coisas esquentaram mais ainda.

Que Hayley ou Davinah nunca descubram, mas teve uma vez que chegamos a transar no sofá da nossa sala, elas duas saíram mais cedo, e nós aproveitamos que não tinha mais ninguém na empresa, eu não me orgulho disso.

Essa época foi super diferente.

Mas agora, tudo está estranho. É óbvio que eu não sou tão sangue frio a ponto de todas aquelas ficadas não terem significado nada, e exatamente por isso que eu tenho medo, tenho medo de sentir mais do que eu devo, de levar o coração antes da razão, e acabar fazendo besteira.

Nessa vida, a gente está sempre em grande intensidade, e por conta dessa intensidade que cometemos erros irreversíveis.

Eu não sou essa Caroline, eu gosto de ter tudo sempre no meu controle, as coisas não podem sair dele, e até onde eu conseguir, irei dar a volta nos meus sentimentos.

Chegamos na Espanha a algumas horas, ele não trocou uma única palavra comigo, e não o julgo por isso. Pegamos o número do nosso quarto na recepção, exatamente, um único quarto, eu espero que ao menos tenham duas camas.

Ele não disse, mas pegou as nossas malas e trazia consigo, eu estava com chave, então abri a porta, meu coração acelerou.

Só tem uma cama.

— É claro! — Falei passando a mão no cabelo.

Ele trouxe as malas para dentro com a expressão fechada.

— Vou ver se tem outro quarto vago! — E sumiu.

Confesso que a vontade de chorar está me corrompendo, já não basta o que eu passei em quase ser, Deus me livre e guarde disso, agora esse clima terrível entre nós dois, o mundo não está muito ao meu favor.

E eu também tenho culpa nessa última parte.

Alguns minutos depois, ele voltou com a expressão mais fechada que antes.

— Não tem mais nenhum quarto vago, vamos ter que nos virar aqui mesmo. — Klaus foi até a sacada do prédio e sentou-se em uma cadeira que tinha lá.

A vista é muito bonita, a noite deve ser mais linda ainda.

— Você fica com a cama,eu durmo no chão! — falou em tom sério.

Eu resolvi não contestar, ou tentar puxar qualquer assunto com ele, é óbvio que não irei conseguir nada.

Peguei uma troca de roupa e fui tomar banho, o voou foi longo e cansativo, eu precisava desse banho.

Tenho absoluta certeza que ele também está cansado, o chão não parece confortável, algo grita dentro de mim para mandar ele deitar na cama, mas por outro lado, não vai acabar bem.

No fim, eu fico mais confusa do que eu já estou.

-🥀-

Acordei com o despertador do telefone dele.

Forever,My - Klaus Mikaelson Onde histórias criam vida. Descubra agora