009: Natiruts.- 2019

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Isabelle Borges
Abril, 20:27

— Como você e o Cleriton se conheceram?– O namorado de Adrielle questiona.

Estamos em volta da churrasqueira, incluindo os primos dele, já que Neyveson está cuidando do churrasco.

— Foi em uma festa na casa do Jovem Dex!

— Certeza que ele tava lombrado.– O primo dele diz.

— Cala boca, Ryan.– Sávio dá risada.

— Pior que ele tava na lombra, mesmo. Tive até que fazer um pão 'pro moleque.

— Ah, não!– Adrielle gargalha.

— O cara só dá bola fora.– Mariana, a prima do baiano diz.

— E ainda sim conseguiu conquistar a mina, como esse maconheiro consegue?– Seu cunhado diz, e logo recebe um tapa na nuca, de Sávio.

— Eu tenho lá meu charme.

— Tem?– Mariana questiona, gargalhando.

— Cleriton– A mãe do garoto o chama.– Pega o violão, filho, vamos cantar.

— Jae!– Sávio apanha o violão que já não estava muito longe e sentamos todos juntos, menos Neyveson que está na churrasqueira.

— 'Cê gosta de cantar o que, Isa?– Cleriston questiona.

— Vocês curtem natiruts?– Rebato, empolgada.

— Cê tá doido, demais!– Sávio diz, sorrindo.

— Principalmente a mãe– Adrielle diz.– Ela é apaixonada por natiruts.

— Vamos cantar andei só?!– Adriana pede, se animando.

— É uma das minhas favoritas!– Digo, enquanto Sávio ajeita o violão em seu colo.

— Já ganhou mais um ponto com a sogrinha.– O baiano sussurra em meu ouvido, e eu dou uma risada.

Sávio começa a dedilhar no violão, e quando sentimos a música pegar ritmo, começamos a nos balançar.

— Preciso demonstrar 'pra ela...– Eu e Sávio começamos cantar.– que mereço seu tempo 'pra dizer.

— Um pouco das ideias novas, dos lugares de onde viajei– Todos começam a cantar conosco.– Se ela botar fé na minha história que é de rocha e vem do coração.

— Vou estender o pano mais bonito feito na ilha de Madagascar– Sávio começa a olhar para meus olhos, e eu faço o mesmo.– Um Bob, um Djavan, um Jimmy na viola, com humildade de quem sabe onde quer chegar...

— Reparei a flor no seu vestido, só guerreiro de aura boa pode merecer!– Adriana e Cleriston cantam um pouco mais alto, pelo vestido dela ser estampado com algumas flores delicadas.

—E ela parou, olhou, sorriu, me deu um beijo e foi embora...– Sávio canta para mim, e dá um beijo em minha cabeça.

— Não vi mais a gata, mas tenho minha gaita pra me consolar, iê iê ô iê iê.– Canto, pondo minha mão em sua perna.

— Andei só pela noite– Cantamos todos em um unisso lindo.– Cantei um reggae pros cachorros da rua... eu andei só, pela noite
Cantei um verso daquele velho samba pra lua...

(...)

Depois de cantarmos muito, e de Sávio descobrir que "sorri, sou rei" é minha música favorita do natiruts, ele tentou me ensinar a tocar essa.

Tentou.
Porque não conseguiu.

Minha lerdeza e minhas unhas grandes não me ajudaram muito.

Agora são três da manhã, e Teto e eu estamos no telhado fumando maconha.

— Pensei que você não fumasse.– O garoto questiona, deitado em meu colo.

— Eu comecei a fumar a duas semanas.– Faço careta.– Tava pilhadona, e foda-se– Digo, fazendo o baiano rir.

— Tu gostou da minha família?– Cleriton questiona, logo dá uma tragada, e coloca o baseado em minhas mãos.

— 'Pra caralho, eles são chave.– Dou uma tragada, sentindo toda a onda me invadir.– Eu amei eles, Sávio, eu estava morrendo de medo.– Faço um carinho em seu cabelo.

— Você é chave.– Savio sussurra, erguendo seu corpo, tampando minha visão.

Mas logo, Sávio me puxa para frente, me pondo em seu colo.

Eu encaixo minhas pernas flexionadas ao seu redor, apoiando minha mão em seu peito.

— E é uma gostosa.– Me aproximo de Sávio, e nós juntamos nossos lábios.

O garoto põe suas mãos em minha cintura, e com minha mão que estava nele, eu aperto a gola da sua camisa, e deixo erguida o braço que estou com o baseado em mão.

Nossas línguas passeiam juntas, e com uma urgência indescritível.

Quando nos falta ar, afastamos nossos lábios, recuperando o ar.

Sávio começa a beijar meu pescoço, e eu dou mais alguns tragos no baseado em minha mão.

Dou uma risada, e levanto a cabeça do garoto, e ponho o baseado entre seus lábios, afundo minha cabeça em seu pescoço, beijando ele, e ouço o garoto arfar.

— Posso?– Ele sussurra, pondo a mão em cima do meu short, e eu assinto sorriso.

Então, Sávio abre o zíper do meu short, e põe a mão por dentro da minha calcinha.

E não demora muito para enfiar dois dedos dentro de mim, que logo me faz arrepiar e reprimir um gemido.

Ele coloca o baseado em minha boca para eu dar uma tragada, e logo tira, juntando nossos lábios.

O garoto apaga o baseado, pondo sua outra mão em minha cintura, enquanto as minhas mãos estão afundadas em seu cabelo.

Entre o beijo, eu me permito gemer e arfar.
Fazendo Sávio aumentar ainda mais o ritmo.

Quando começa a faltar ar, eu separo nossas bocas, e afundo minha cabeça em seu ombro, enquanto sorrio.

Ficamos assim até eu chegar em meu ápice.

Eu selo nossos lábios, e arrumo meu short.

O garoto me envolve pela cintura em um abraço, e eu passo meus braços por seu pescoço.

— Ei, olha aqui.– O garoto diz em uma lentidão em sua voz, com um sorriso idiota, e os olhos caídos. Lindo– Eu te amo, véi.– Sávio diz, e ri.

A única coisa que eu consigo fazer é arregalar meus olhos, e ele sela nossos lábios.

Eu te amo, Sávio.

Mas será que você me ama, ou só é a onda que bateu?!

VAI SE FODER, ISABELLE!É óbvio que ele te ama, eu heinSavinho fica com a língua frouxa quando tá lombrado KKKKKKK

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VAI SE FODER, ISABELLE!
É óbvio que ele te ama, eu hein
Savinho fica com a língua frouxa quando tá lombrado KKKKKKK

escrevi que nem uma maluca hoje 😍

Maktub, sinônimo do destino.- Teto.Onde histórias criam vida. Descubra agora