Isabelle Borges
Janeiro, 18:24.— Dex!– Dou um abraço em meu amigo, quando ele abre a porta de sua casa para mim.
— Pra você é jovem dex.– O garoto diz tentando manter seriedade, mas logo da risada.
— Bobão.– Adentro seu apê.– Obrigada por ter me convidado para a resenha.
— Óbvio que eu ia te convidar, a gente é fechamento, né. Demorou por que?
— Eu to acostumada a vir pra cá lá na norte. Me mudei faz muito pouco tempo pra São Bernardo.
— Quem diria você no abc.– O trapper gargalha.– E ainda estudando em escola particular, viu.
— Vai se foder.– Lanço o dedo do meio para o garoto.– Vou ir na cozinha comer alguma coisa, mo fome.
Vou até a cozinha, e começo a fuçar, até achar algo que eu queira.
— Eai.– Ouço uma voz desconhecida, e ergo meu rosto.
— Eai, moleque. Suave?– Dou um sorriso simpático.
— To suave, mas to com a maior fome.– Ele diz em meio uma lentidão em sua voz, me fazendo dar um riso.
— Deixa eu adivinhar, você tá lombrado e é baiano.
— Ixi, malucona– O mesmo começa a rir.– Como tu sabe?
— Por causa do seu sotaque, e porque você tem a maior cara de maconheiro, e tá meio lerdão. Qual é seu nome?
— Teto.– Foi sua vez se sorrir simpático, e minha vez de rir. Rir não, gargalhar.– Ixi, que foi?
— Teto, tipo... teto?!– Eu aponto meu dedo para cima.
— É, tipo isso!– Teto começa a rir para o vento.
— Eu sou a Krait.
— Tô ligado! Você é mo famosa.
— Valeu, eu acho.
— Eu ainda tô com fome.
— Quer saber? Vou fazer um pão pro baiano.
— Valeu!
— Cê tem quantos anos?– Questiono pegando os ingredientes, e teto se aproxima, se sentando em um banquinho, perto de mim.
— Dezessete, ainda. Mas esse ano eu faço dezoito!
— Maneiro!
— E tu?
— Tenho quatorze, ainda– Dou uma risada, ao imitar sua fala.– Mas esse ano faço quinze.
— Vish, tu é novinha.
— Mas bem vivida, eu não sou boba, telhado.– Arrasto o prato com o sanduíche para o garoto, e me sento ao seu lado.
— Telhado?!– O garoto franze o cenho.– Esse aí é foda.
— Você canta trap também?
— Sim! Entrei na gravadora do Dex, tô felizão.
— Que massa, parabéns! Cê veio para São Paulo, então?
— Não! Ainda moro na minha Bahia.
— Em que parte?
— Vish– Teto ri.– Você nem vai conhecer, é em Jacobina.
— Ah...– Dou risada.– Eu não conheço mesmo.
— Quatro mil habitantes.
— Caralho. Deve ser ruim, todo mundo conhecer todo mundo.
— É a maior fofoca, sério! Eu me sinto vigiado.
— Ah, claro!– Levo minhas mãos ao rosto, rindo.
— Teu sorriso é lindo.
— Valeu, Telhado.
— E seu pão tava muito bom, Valeu!
— Qual é o teu nome verdadeiro?
— Tá malucona? Precisa muito mais do que um lanche pra eu te contar qual é meu nome.
— É tão ruim assim?!– Franzi meu cenho.
— Pior que é.
— E como eu faço pra descobrir?!
— Precisa me conquistar.
— Porra, baiano, você ainda não está com toda essa bola não, viu!– Dou risada.
— Você ainda vai ver que eu estou!
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Maktub, sinônimo do destino.- Teto.
FanfictionMAKTUB, estava escrito, ou melhor, tinha que acontecer. Teto e Isabelle namoram, foram destinados a ficar juntos. Dois cantores, que tem vidas e rotinas muito parecidas e ao mesmo tempo completamente diferentes. Acompanhe de perto o casal mais cobiç...