airplane part 2 ✈️ - XII

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Música do capítulo : someone like you- Adele
Alerta de choro: 🤷‍♀️
Lembretes! : essa fanfic foi inteiramente e somente escrita por uma pessoa, eu,malu. caso você veja algum tipo de plágio ocorrendo, por favor me avise!! CRIE SEU PRÓPRIO CONTEÚDO !! comentem de maiss, amo ler os comentarios 💗 obgadaaa :)

Deitada na minha cama, tomando RedBull de melancia, e vendo Enrolados, meu filme favorito, em sequência. Era isso que eu fazia todos os dias agora.

Pelo menos meu quarto não estava mais uma zona, eu estava vestida descente mente  e  não estava mais jogada na minha cama embrulhada nos cobertores. Como hoje era final de semana decidi tirar esse tempo pra relaxar, a faculdade anda muito puxada e tenho estudado muito. Ter perdido os meninos foi muito difícil, mas por outro lado também foi bom para prestar mais atenção nas aulas.

Durante algumas semanas procurei alguns trabalhos perto de mim, e a única coisa que consegui foi um turno de babá semana que vem. Mesmo que não seja um TRABALHO eu vou ganhar uma graninha, além de que eu adoro crianças.

Pausei meu filme no meu laptop, levantei e peguei minha garrafa da água já vazia na minha cabeceira e desci as escadas para enche-la de água. Passando pelo quarto das minhas tias e sem intenção, escutei elas conversando.

- * temos que contar pra ela Sussanah! *
Minha tia Milena falava sussurrando. Logo que escutei voltei um pouco e fiquei do outro lado escutando.

- * não sei como falar isso pra Bella! *
Tia Sussanah sussurra.

- * é só falar: " Bella traremos outro intercambista pra nossa casa" pronto! *

Na hora em que tia Milena disse aquilo senti uma pontada no meu peito. Outro intercambista? Pra que? Ja não tem o bastante comigo? Sai dali descendo as escadas.

Quando estava subindo de volta para o quarto ouvi tia Sussanah chamar.

- Bella! Querida, venha aqui por favor.

Entrei no quarto devagar.

- pode entrar

Entrei e fechei a porta ficando de pé com minha garrafa gelada nas mãos e encarando as duas que pareciam nervosas.

- então Bella, temos uma coisa pra te contar..

- nós vamos trazer outro intercambista aqui pra casa..

As duas ficaram esperançosas olhando pra mim esperando uma resposta e lembrei que não era pra eu saber daquilo então fingi algumas reações.

- ah, sério? Nossa que legal.. hm, da onde ele é?

- Brasil.

Meu deus. Naquele momento nenhuma reação minha foi falsa.

- ah..

- achamos que seria legal pra você ter uma companhia aqui agora que não fala mais com os meninos.. ele chega amanhã..

- tudo bem, eu entendo.. vai ser legal! eu acho..
Fingi um sorriso e saí do quarto. Eu definitivamente não achava que ia ser legal.

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Pov: ??
Cheguei no aeroporto perto das 3. Meu voo era as 5 e ia chegar nos Estados Unidos de manhã. Decidi que tava na hora de sair um pouco do Brasil pra justamente me afastar de tudo que fiz por aqui, e não foram coisas boas.

- próximo.
A mulher me chamou e entreguei minha passagem e meu passaporte a ela. Depois de alguns segundos ela sorriu e me deixou entrar. Enquanto andava até o avião olhava a paisagem do lado de fora e um alívio brotava em meu peito. Como se a culpa fosse estivesse indo embora. Mas eu sabia que ela iria prevalecer ali durante muito tempo, e no peito das outras pessoas também.

Faziam quase 8 horas que eu estava naquele avião e não aguentava mais. Um bebe na minha frente chorava, a mulher do meu lado roncava e tinha uma criança atrás de mim que não parava de chutar minha cadeira. Não tinha como piorar. Pelo menos era o que eu pensava.

- você é aquele garoto do vídeo não é?
Olhei para o lado e vi uma menina que deveria ter uns 14 anos olhando atenta pra mim. Simplesmente voltei a olhar pra frente fingindo que não me importava com aquilo.

- é você mesmo! " Jackson vira motivo de piada na faculdade como "menino do câncer"e agride mais de 6 alunos de classe ". A menina leu no celular a notícia e logo olhou pra mim com desgosto como varias outras pessoas fizeram.

Simplesmente levantei e fui em direção ao banheiro. Meus olhos começavam a lacrimejar. Eu me olhava no espelho com desgosto. Eu quase não tinha mais cabelo, nem amigos e muito menos uma namorada. Terminei com ela depois de descobri o câncer, mas não terminei de uma maneira certa e nem justa magoando muito ela. Agredi meus antigos amigos, que eram uns babacas, mesmo que ninguém merecia aquilo. E meu pai decidiu me mandar pra longe bem quando sou diagnosticado com câncer aos 20 anos, dizendo ele que eu ja estava curado e que ele precisava cuidar da nova família dele, depois que minha mãe faleceu. E agora estou aqui, chorando em um banheiro de avião. Sozinho.

News 🗞️ - Matt Sturniolo Onde histórias criam vida. Descubra agora