O Rei do Inferno (Romance Gay)

Capítulo 23

Olho para o Alex sem entender. Conhecer? Mais eu já conhecia essa peste, só não sabia que seu nome completo era Alexandro.

-Eu sei que você já me conhece. Só queria fazer uma entrada triunfal mesmo. Ser simples nunca foi o meu forte. - Ele diz enquanto me abraça.

-Vocês também podem ler mentes? - sussurro enquanto me afasto dos seus braços e me aproximo do Enzo.

-Não, não podemos. Nenhum filho do mundo superior ou inferior tem esse poder. Seria muita invasão de privacidade. Agora vamos ao salão de jantar, meus pais gostariam de te contar o restante da história sobre a criação do mundo inferior. - saímos do quarto e eu percebo o quanto esse lugar é grande. O corredor é extenso, do lado esquerdo há uma porta de madeira escura. Porém o que me chama a atenção é um brilho vermelho que a recobre.

-Isso é um campo de força. Ele existe para impedir que outras pessoas do mundo inferior entrem em nossos aposentos durante o sono. Se até Deus ptecisou descansar no 7° dia, imagine nós simples criaturas feitas por ele. Os únicos que têm acesso ao nosso quarto são Lorenzo e Alexandro, crias do nosso sangue. - A mãe de Enzo diz enquanto nos guia até uma porta comum e a abre. A sala é enorme, há poltronas pretas espalhadas pelo cômodo. De enfeite vejo vários jarros de flores tão vermelhas que parecem nem ter sido arrancadas do jardim. Há quadros enormes com pinturas de Amabel e Rael e quadros com pinturas de Enzo e Alex. A uma grande mesa central com mais de 10 lugares. Ela se acomoda em uma ponta da mesa enquanto seu marido se senta na outra ponta. Me sento do lado direito da mesa ao lado do Enzo, enquanto Alex se senta de frente para nós. E então Rael começa a falar:

- Lúcifer era o anjo mais poderoso feito por Deus. Ele era o ser mais belo e sábio dos céus. Possuia o conhecimento de magias que nenhum outro anjo tinha e isso foi a sua ruína. Ele queria governar o mundo que estava sendo criado, queria ter controle de tudo. Mas somente o criador podia ter o controle de tudo, e isso o revoltou. Seu orgulho fez com que ele ussase sua sabedoria para criar magias perversas e as colocasse em um livro: O Infernalis Magicae, o Livro Infernal. Dentro desse livro encontramos uma das magias mais perigosas criadas por ele: A magia que quebra o feitiço de proteção dos corações dos filhos do mundo superior e inferior, não permitindo que eles se tornem imortais. Essa magia é tão obscura que ao ser lançada arranca os nossos corações fazendo com que nossa alma seja extinta e nosso corpo se transforme em algo grotesco e mau: um demônio. Esse livro também possui outras magias como transmutação, telecinese, velocidade demoníaca e várias outras.

- Se Deus é tão poderoso e sabe de todas as coisas, porque ele não viu que Lúcifer estava criando essas magias e as colocando nesse livro? - questiono sem entender o motivo.

- E quem disse que ele não viu? Deus queria que seus anjos passasem por essa provação. A luta espiritual fazia parte do plano. Ele deu aos anjos a liberdade de escolha, o livre árbitro. Deus quis que tivesse um momento em que suas criações escolhessem entre ele e Lúcifer. Você só luta por algo que ama.- Rael pausa sua explicação e olha para Amabel pedindo ela para continuar. Ela suspira e retorna a narrativa:

-Lúcifer se rebelou e junto com seus anjos corrompidos guerrearam contra Deus. Nessa batalha havia grandes anjos do lado de Deus, como o Arcanjo Miguel, Ezequiel, Rael e eu. Perdemos muitos amigos por conta das magias criadas por Lúcifer. Bem na nossa frente Anjos tinham o coração destruído, viravam demônios e começavam a atacar o batalhão do qual antes eles faziam parte. Foi uma grande batalha com milhares de perdas, mas mesmo com suas magias infernais, o exército de rebeldes não foi suficiente para vencer as hostes celestiais. Os perdedores foram enviados para o mundo inferior e Lúcifer caiu, sendo transformado no terrível Satanás.

- Ahá, Agora vem minha parte preferida! - O Alex grita enquanto dá um tapa na mesa. Realmente simplicidade não era o forte dele. Todos na mesa dão uma gargalhada, exceto eu. Nada do que ele faça consegue tirar do meu peito a antipatia que sinto por ele.