O Rei do Inferno (Romance Gay)

Capítulo 4

É um milagre! Acordo feliz e leve por não ter tido nenhuma visão durante a noite. Olho para o relógio e ainda são 12:00, nunca acordei tão cedo assim, ou melhor : nunca acordei me sentindo tão bem assim. Aproveito o resto do dia antes de dar o meu horário de ir para o trabalho, fazendo coisas que me deixam com a sensação que sempre procurei:  mais leve e feliz.
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-Eu sabia que iria te encontrar de novo príncipe!

-Eu trabalho aqui, é claro que você iria me ver de novo! - Digo rindo para o menino que dias atrás me perguntou se eu não gostaria de ir para a casa dele. Ele é lindo, e sem estar sobre os efeitos do álcool é muito mais interessante...

-Sim, e hoje eu vim até mais tarde pra saber se você não gostaria de sair comigo depois que terminar o seu horário de trabalho. Podemos ir para um outro bar beber até o dia amanhecer e nos conhecermos melhor, o que acha? Se eu não estiver errado você já está quase saindo...

-Eu saio daqui a uma hora, e podemos sim ir para um outro bar nos conhecermos melhor. -Não posso negar o fato que ele me atraiu a primeira vez em que o vi, e nem o fato de a tempos eu não saber o que é um encontro.

-Tudo bem, meu lindo, eu vou te esperar! E a propósito meu nome é Leonardo, mas pode me chamar de Leo!. - ele segura minha mão e beija, dou um sorriso, digo meu nome e com um frio gostoso na barriga volto ao trabalho.
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Meu expediente acaba e eu saio com o Leonardo para um bar próximo ao que eu trabalho. Conversamos, bebemos, nos divertimos e beijamos muito (por sinal, ele beija muito bem.) Ele faz faculdade de Letras na universidade federal de São Paulo, tem 21 anos e mora sozinho. Seus gostos são bem parecidos com os meus, principalmente em questões de filmes, e é aí que o assunto toma outro rumo...
-Então quer dizer que seu gênero preferido é terror? Você não tem cara que gosta desses filmes não hahaha com esse seu jeito fofo você tem cara que gosta de filmes de princesas da Disney. - Sorrio envergonhado por ele ter acertado meu outro tipo de filme preferido, eu simplesmente amo filmes de princesas com um final feliz, e filmes de romances açucarados.

-Chato! você acertou! Mas eu também amo filmes de terror sim! por sinal, eu tô muito louco querendo ver aquele que estava no cinema a anos atrás, o Boneco do mal. Ele saiu de cartaz e eu não tive a oportunidade de ver e nem procurei depois.

-Que sorte a sua, eu assisti na época que estava no cinema e adorei e por isso comprei a versão física dele, eu tenho uma coleção de filmes em casa. Se você quiser ir ver... Digo, ver o filme! Não a coleção, mais a coleção também se você quiser... Ah você entendeu. - Sorrio com o nervosismo do convite e dou um beijo nele, um beijo lento e profundo, recheado de segundas intenções. Mordo o lábio dele no final do beijo e aproximo minha boca junto a sua orelha.

-Eu adoraria ver o filme, de verdade. - Ele se afasta e da um sorriso, pede a conta, e depois chama um táxi. Não sei se ele entendeu que eu quero ver o filme, mas quero outras coisas também. E ok, eu sei que eu não conheço ele direito mas ele me parece ser uma boa pessoa e eu estou precisando me distrair um pouco... Entramos no táxi e não trocamos nenhuma palavra. Chegamos no apartamento e eu pergunto se não posso tomar um banho (eu preciso estar preparado caso aconteça algo) ele me manda ficar a vontade e pega uma toalha pra mim. Saio do banho apenas de calça e sem camisa. Ele está na sala com o filme ligado e um balde de pipoca. Sento e começamos a assitir. Nas primeiras cenas de susto dou um grito e abraço ele, ele ri alto e me abraça forte debochando. Eu olho pra ele e tento fazer um beiçinho, mas ele me puxa e me coloca deitado em cima dele enquanto me beija selvagemente. Me agarro a ele e curto o momento, pela primeira vez tudo parece estar bem. Sem visões, sem problemas.

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Capítulo Revisado

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