Capítulo 2

1.3K 134 13
                                    


Boa leitura



- Quem é você?! E o que você fez comigo?!

- Ei, calma, tá tudo bem, eu não vou machucar você, vou te explicar o que aconteceu, mas preciso que você fique calma - Sam diz tentando acalmar a moça que estava muito nervosa e assustada.

A moça apenas assentiu e sentou-se na cama na qual havia passado a noite.

- Qual é o seu nome? - Sam pergunta sentando-se ao lado da garota que aparentava estar entre seus 24 ou 25 anos.

- Mon, é a única coisa que eu me lembro. - Responde cabisbaixa e confusa com toda aquela situação.

Sam apenas olhou a moça e um silêncio perturbador se instalou no quarto da CEO. O que faria agora? A moça não se lembrava de nada e apesar de achar aquela idéia totalmente insana, Sam nunca se perdoaria por simplesmente deixá-la partir e algo muito pior acontecer a ela.

- Eu encontrei você caída em frente a minha casa, toda machucada e aparentemente a sua perda de memória deve ter sido devido a pancada que você supostamente levou em sua cabeça. - a mulher explicou a Mon o que havia acontecido. - Você realmente não consegue se lembrar de nada? Nem de como chegou até aqui naquele estado? - Perguntou e a moça apenas negou com a cabeça.

- Tudo bem, você precisa descansar mais, não acha? - Sam diz após a moça gemer de dor devido aos seus ferimentos e ela assente e se deita na cama novamente. - Você está com fome?

- Muita. - Mon responde à pergunta da mais velha.

- Vou preparar um chá pra você e pedir à minha governanta que prepare algo leve para você comer, tudo bem? - Mon concorda e se ajeita na cama.

Sam precisava trabalhar, mas não havia nada de muito importante a fazer na empresa, então optou por trabalhar de casa e deixar Kirk tomando conta presencialmente mas não antes de escutar alguns surtos do amigo enquanto conversava com o mesmo ao telefone sobre o motivo de não comparecer em sua empresa naquele dia.

Não demorou muito até que Alice, a governanta, levasse o que sua chefe pediu até Mon.

- Obrigada. - Mon agradeceu a mulher de meia idade que lhe deu um sorriso sutil e retirou-se.

Após terminar sua refeição, Mon levantou-se e analisou o lugar, era grande, com bastante detalhes em cinza, preto e branco. Na pequena prateleira ao lado da cama, havia uma foto na qual estavam a mulher que havia lhe resgatado e uma moça aparentemente da mesma idade ao seu lado, que Mon presumiu ser sua irmã, ou uma pessoa muito próxima já que ela passava a imagem de uma pessoa totalmente assustadora e séria, do tipo fria e que odeia tudo.

- O que está fazendo?! Larga isso agora. - Sam aparece extremamente irritada atrás da moça que se assusta e ergue as mãos em sinal de rendição.

- Me desculpa, eu...

- Olha, vejo que você terá que ficar por um tempo aqui então teremos que estabelecer algumas regras. - Sam interrompe a mulher - Não mexa em nada, ok?! Nada. - diz mais calma.

Mon concordou.

- Eu pedi a Alice para preparar um banho a você, na suíte de hóspedes, tem toalhas limpas e roupas pra você. Você vai dormir lá e amanhã eu vou te levar a um médico de confiança minha e ele vai te examinar e descobrir o que aconteceu, tudo bem?

- Você não me disse seu nome. - Mon diz após concordar com a mulher.

- Sam.

Mon assentiu e saiu do quarto da CEO em direção a suíte onde ia tomar banho e trocar de roupas. A moça ficou impressionada com toda a estrutura da casa e mais ainda quando viu que iria tomar banho em uma banheira, tinha diversos sais de banho que Alice disse que poderia escolher na prateleira qual achasse melhor.

Mon terminou seu banho e foi até a sala de jantar onde a governanta instruiu. Sam a esperava para que pudessem almoçar sentada na ponta da grande mesa que havia ali. Assim que viu a jovem, a mulher levantou-se e puxou a cadeira para que Mon se sentasse. A jovem observava tudo silenciosamente e seriamente, desviava o olhar às vezes quando a mulher olhava para ela por tempo demais ou quando parecia que ela queria arrancar sua alma com a mente.

- Você não fala muito, não é? - Sam perguntou e Mon negou e abaixou a cabeça. - Olha, eu não mordo e me desculpa por mais cedo, é que eu realmente não gosto que mexam em minhas coisas.

- Quem é ela? - Pergunta um pouco receosa.

Sam suspira - Minha ex-esposa. - Responde secamente.

- Entendi. - Mon diz e o resto do almoço permaneceu em um silêncio perturbador.

Logo depois, Sam se retirou dizendo que teria que passar o dia no escritório que possuía em casa para analisar alguns papéis da empresa. A CEO disse que Mon poderia passar o tempo vendo algo na TV ou na biblioteca caso quisesse.

Mon optou por ir à biblioteca ler algo, já que não havia nada que a interessasse no aparelho. Se entreteve com um livro cujo nome era Não sou ninguém de Emily Dickinson, nele continha alguns poemas que Mon confessou serem perfeitos.

- Esse é um dos meus favoritos, ótima escolha. - a moça se assustou ao ouvir a voz de Sam ecoar na biblioteca e ela se sentar ao seu lado.

- É realmente bom, mas eu fiquei meio aflita de como ela deve ter sofrido já que naquela época abominavam a homossexualidade, na verdade, até hoje tem certas pessoas que vêem isso como uma "aberração", me sinto mal por isso. - Mon diz triste.

- Realmente, ainda existem pessoas que não aceitam isso, mas toda forma de amar é válida. Eu fui casada por 5 anos com a mulher que você viu na foto, mas antes disso passamos por muita coisa. Eu decidi contar a minha avó sobre ela, mas para a minha tristeza ela não aceitava de jeito nenhum que eu amava outra mulher e decidiu que à partir daquele dia ela não me conhecia mais. - Suspirou cansada. - Eu larguei tudo por ela, deixei a pessoa que mais amava no mundo por ela, mas ela simplesmente foi embora, da pior forma possível, me disse coisas horríveis, e que eu nunca ia ser feliz. A minha avó me alertou sobre ela, mas eu não quis escutar, então aqui estou eu, sozinha, e agora, sem ela e sem a minha avó. - Sam diz segurando o choro.

- Ei, calma - Mon diz preocupada colocando sua mão sobre a de Sam que se permite chorar.

- Você pode me abraçar? - Sam pede e a moça passa seu braço sobre o ombro da mulher que se inclina deitando sobre seu peito.

Depois de passar algum tempo ali, Sam deitou sua cabeça sobre o colo de Mon e adormeceu sobre soluços depois de chorar por longos minutos. Ela estava cansada, muito cansada, dava para perceber só de olhá-la, talvez ela estivesse precisando daquilo a um tempinho.

____________________________________________________________________

Como estamos?

Vou ser sincera com vocês, essa fanfic surgiu de outra história que eu estava tentando fazer, mas já não tinha mais como encaixar essa idéia lá, então aqui estamos.

Esclarecendo algumas coisas aqui, nessa fanfic a Sam vai ser um pouco mais nova do que na série mas um pouquinho mais velha
que a Mon, ela vai ter 28 anos. Por enquanto, os primeiros capítulos não serão muito grandes, to precisando economizar idéias pq a minha criatividade é bipolar, uma hora ela tá muito boa e outra horrível, enfim.
Pretendo no momento, postar com frequência, ainda tô me recuperando do final de GAP, e que final perfeito viu. Nossa becbec tá dodói, mas vamos ser positivos e torcer muito pra ela ficar bem logo. Sinto que estou esquecendo algo, mas tenho certeza que não vou conseguir lembrar agora, então, até logo e obrigada a todo mundo que ta lendo e votando, vocês me motivam e muito.

Até mais.



 The Love That Doesn't HurtOnde histórias criam vida. Descubra agora