Boa leitura.
Sam não havia entendido o que Mon queria dizer, então apenas ignorou e continuou ali abraçada tentando confortar a mulher visivelmente abalada, mas tentando encobrir aquilo com alguma piadinha ou brincadeira besta. Sam admirava a forma da garota lidar com os problemas ou algo que estivesse lhe incomodando com humor, havia percebido isso há alguns dias atrás, ela era realmente boa nisso.
Mon dormiu por ali mesmo, porém a CEO teve dó de acordá-la devido a seu estado, o sofá era grande e confortável então Sam decidiu deixá-la por ali mesmo deitando a mulher no sofá e a cobrindo com um cobertor. Sam com muito acanho, deixou um beijo na testa de Mon antes de subir para assinar alguns papéis da empresa que estavam faltando.
Não muito tempo se passou até Sam terminar o que tinha que fazer, então subiu até seu quarto para tomar um banho e descansar. Sam entrou na banheira e deitou sua cabeça na borda e por ali ficou durante longos minutos pensando em tudo o que estava acontecendo em sua vida. Isso tudo era uma grande loucura, como poderia imaginar que algo assim pudesse acontecer? Uma completa estranha aparece desacordada em frente a sua casa e você tem a ótima ideia de colocá-la para dentro apenas por bom senso e o pior de tudo é nem saber de onde ela veio e se sentir atraída por ela de uma forma que nunca sentiu por mais ninguém.
Todas essas coisas martelavam na cabeça de Sam sem cessar, mas sinceramente agora já não importava mais, afinal, não havia muito o que fazer sobre isso, a moça já estava em sua casa, já haviam criado um forte vínculo em pouco tempo. Mas se tinha uma coisa que Sam sabia, era que não dava pra controlar o coração, não conseguimos mandar nele, ele era mais teimoso do que ela e um tanto rebelde também, sempre fazia o contrário do que era pra fazer.
Sam queria que tudo aquilo acabasse, antes que talvez se apaixonasse por ela (se é que já não estava) e sinceramente, se apaixonar por alguém mais novo não era uma das melhores ideias, mas Sam via algo diferente em Mon, ela parecia ter muita maturidade para a sua idade e realmente se importava com as pequenas coisas que Sam fazia, podia ser a coisa mais banal, mas prestava atenção em tudo, basicamente já até havia decorado suas manias, mas por outro lado ela tinha medo. Medo dela ir embora assim como a outra que não irei me dar ao trabalho de citar o nome, havia feito, medo de tudo isso acontecer de novo e talvez dessa vez não fosse forte o suficiente para aguentar, dessa vez não suportaria.
Depois de longos minutos pensando em tudo aquilo, Sam encerrou seu banho e colocou uma roupa confortável para que pudesse descansar e recuperar suas energias para o dia seguinte. A CEO teve uma ótima noite de sono então decidiu começar o dia de um jeito leve, colocando roupas de academia para dar uma corrida por perto antes de ir a seu trabalho. Sam adorava correr, mas infelizmente não tinha muito tempo livre para isso e só fazia quando estava realmente necessitando, isso era algo que lavava a alma da mulher.
Porém, estava tudo indo bem demais para ser verdade, assim que a mulher chega em casa, encontra sua avó conversando tranquilamente com Mon, o que foi a coisa mais estranha que a CEO havia visto em sua vida.
— Vovó? O que faz aqui? — Sam pergunta assustada.
— Isso é jeito de falar com sua avó, Sam? — a mais velha responde para a neta severamente.
— Me desculpe, mas é qu-
— Acalme-se, só quero conversar com você, podemos subir até o seu escritório?
A mulher assente e engole em seco com uma sensação horrível em seu estômago.
— Fiquei sabendo que se separou daquela...mulher. — a avó de Sam diz orgulhosa.
— Ainda não estou entendendo onde a senhora quer chegar.
— Estou feliz por você minha neta.
— Como assim feliz?! Você foi a primeira a me condenar quando me assumi para você, cortou todos os vínculos que haviam entre nós e agora simplesmente aparece aqui dizendo todas essas coisas? O que está pretendendo fazer? — a mulher pergunta magoada
— Escute, antes eu não entendia, mas agora entendo, e o problema nunca foi sua orientação sexual, até porque não me surpreendeu nada quando você disse, qualquer um que olha para você percebe — a mulher fala e Sam fica boquiaberta — o problema era com quem você estava se envolvendo, parece que só você não percebia o mau caráter daquela mulher, mas vejo que percebeu isso finalmente. — sorri.
— É muita coisa para digerir vovó. Ainda estou muito magoada, ainda dói.
— Eu sei e estou disposta a fazer qualquer coisa para que você me perdoe. Eu já estou velha e a última coisa que eu quero é morrer com a pessoa que eu mais amo nesse mundo triste comigo, eu só quero te ver feliz. — a mais velha diz acariciando o rosto da neta — A moça lá embaixo me parece ser uma ótima pessoa, só pelo pouco que conversei com ela, parece realmente gostar de você e o rosto dela é muito familiar.
— O quê? Como? O que você conversou com ela? — pergunta espantada.
— Sobre você, há quanto tempo está com ela?
— Não vovó, não namoramos, é uma longa história e sinceramente eu acho que a senhora irá me achar uma louca quando ficar sabendo como é que nos conhecemos e porque ela está em minha casa. — Fique para almoçar, vou ligar na empresa e avisar a Kirk para que cancele meus compromissos.
— Não quero lhe atrapalhar Sam, não precisa fazer isso se não quiser, posso voltar outro dia para que você pense um pouco em tudo isso.
— Não irá me atrapalhar, eu quero fazer isso e acho que temos que deixar o passado no passado mesmo que seja difícil. Vou lá embaixo falar com Mon, tudo bem?
A mais velha assente e Sam desce para trocar alguma palavras com a garota.
— Ei, você está bem? — Mon pergunta assim que vê a CEO.
— Meio assustada e confusa mas bem, e você? Me desculpa pela minha avó, ela pode ser meio...curiosa às vezes.
— Tudo bem, ela me parece ser uma boa pessoa apesar de ter feito o que fez. — Diz se referindo ao que Sam havia lhe contado sobre sua avó.
— Ela vai almoçar conosco, se você se sentir desconfortável com alguma pergunta dela, por favor, me diga, ela ainda não sabe do que aconteceu então iremos contar à ela, tudo bem para você?
A mais nova assente e então sobe até seu quarto para tomar um banho e Sam faz o mesmo para retirar o suor de seu corpo devido a corrida que havia feito mais cedo antes do iceberg.
Demorou pouco tempo até que as duas mulheres terminassem e descessem ao mesmo tempo até a sala de jantar onde a avó de Sam já as aguardava para que pudessem almoçar e escutar a longa história que sua neta havia mencionado enquanto conversavam.
E ao contrário do que a CEO pensou, tudo ocorreu tranquilamente e sua avó apenas escutou tudo com atenção e por incrível que pareça não fez nenhuma pergunta que deixasse Mon desconfortável, por várias vezes sua avó até conversou com a mais nova enquanto ela apenas admirava a interação das duas que pareciam amigas de longa data.
Estava feliz. Muito feliz. Como não ficava há muito tempo. Talvez uma nova fase estivesse iniciando na vida dela e dessa vez algo lhe dizia que ia dar certo.
Talvez fosse sim conseguir a felicidade.
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Opa, e aí? Como estamos?
Então galerinha, me surgiu uma outra ideia na mente e eu queria ver se vocês aprovam.Duas advogadas, uma de defesa e outra de acusação em um caso. No meio disso, as duas começam a desenvolver sentimentos, uma pela outra e o resto eu imagino que vocês saibam. (sou completamente apaixonada por enemies to lovers)
Eu acho que o intervalo entre um capítulo e outro dessa vez foi mais curto, só acho. Eu ia atualizar há uns três dias atrás, mas estava cheia de trabalhos para fazer e ainda tinha que finalizar o capítulo, mas está aí. Espero que gostem e por favor, me dêem suas opiniões sobre o assunto acima. (não revisei)
Beijos
Até a próxima.
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The Love That Doesn't Hurt
FanfictionE se do nada, uma pessoa aparecesse na sua vida de uma forma totalmente inusitada, no momento em que você está mais vulnerável, e a última coisa que você imaginava é que essa pessoa traria toda a alegria e toda a cor que você não teve durante toda a...