Enfim, eu estava formada e com um emprego.
Confesso que Dennis quase me convenceu com o papo esposa troféu, mas eu queria mesmo era trabalhar e conseguir meu próprio dinheiro.
Claro, ser bancada era maravilhoso! Quem não queria?
Mas ficar em casa me deixaria louca, e eu já tinha problemas demais!Agora, com vinte e oito anos, eu queria era aproveitar a minha vida da melhor forma possível, já que nos últimos tempos, alguns assuntos vinham ocupando a minha mente de tal forma, que eu mal vi o tempo passar.
Mas com a certeza de que a minha família estava bem, e que meu casamento com Den estava dando certo, o que eu queria mais? Sim, nos casamos quando eu fiz vinte e três.
Morávamos na espanha, onde os meus irmãos e a minha mãe moravam. Diana estava cursando a faculdade que queria, em um relacionamento com um homem bacana, segundo a minha avaliação de irmã mais velha, e feliz, que era o que mais importava para mim.
Elsa e Carl, o homem com quem ela viviam saindo, mas pisando o pé de que eram só amigos, estavam morando juntos... Mesmo todo mundo já sabendo deles, insistiam em não se casarem. Então, apenas se juntaram e estão assim durante o tempo que quiserem.
Já Joaquim, continuava crescendo muito rápido. Cada dia mais, ficava ainda mais inteligente do que antes. Adorava sair e passear com Laika e Storm, nosso outro cachorro que Den havia me convencido à adotar.
A casa que estávamos era linda! Dennis teve um bom gosto em escolher a casa perto da praia, com bastante espaço e um amplo quintal, para os cachorros, e piscina.
Era maluco pensar que já tínhamos cinco anos de casamento, fora os de namoro. Lembrava de quanto a gente ainda namorava!
Sorri comigo mesma ao pensar nisso, e sorri aind amais ao perceber que nada havia mudado. Continuávamos apaixonados como dois adolescentes que se amavam e nunca queriam se desgrudar... Claro, tínhamos nossas discussões, mas Dennis odiava brigar comigo, então sempre arranjava uma maneira de acabar com o conflito antes mesmo dele aumentar ou começar.
Sempre me fazia sorri nos dias mais tristes, me fazia companhia nas noites com pesadelos, me apoiava nas decisões, e me amava mesmo quanto eu não conseguia me amar.
Ele é o marido que toda mulher sonha em ter, disso eu tenho certeza.
(...)
Saí do banheiro vestida em meu roupão, e com o aroma do shampoo em meu cabelo úmido. Havia tirado o dia para me cuidar, já que eu não andava muito bem. Muita dor de cabeça e irritabilidade, sem contar na falta de paciência com as coisas mais simples.
Eu culpava a minha falta de fertilidade que infelizmente era algo que me angustiava. E muito.
Den e eu queremos muito ser pais, mas, ultimamente, nada de sucesso. Eu não quis correr para a inseminação, pois ainda tenho esperança de conseguir da maneira "natural" e com o acompanhamento do profissional; ou só finjo ter.
Mas depois de termos mais de dois abortos, eu havia simplesmente parado de pensar muito nisso. Me agarrei ao fato de que ainda tínhamos a inseminação para ir, mesmo que os outros métodos não haviam dado certo, mas eu sabia que tinha muito medo de tentar e me frustrar.
Acabei que me desliguei desse pensamento, e pensei em adotar, caso não desse certo o tratamento.Passei a mão por Laika que deitada na cama com a barriga pra cima. Storm estava esparramado no tapete, devido ao calor e seu pelo que era grande e cheio.
ㅡ Tadinhos.ㅡ ri baixo, ligando o ar condicionado.
Me sentei na cama, pegando meu celular e digitando algumas mensagens em resposta à minha mãe.
Mãe: Bom dia, filha. Alguma novidade?
Baixei o rosto já sabendo sobre o quê ela perguntava.
ㅡ Não me liguei muito nisso... Depois eu vejo.
Mãe: Não desista, filha. Vai dar certo.
Eu odiava tocar nesse assunto. Eu sei que era a minha mãe, e estava preocupada comigo, mas eu odiava saber que ela também estava ansiosa para ser avó.
Desliguei a tela, respirando fundo. Ser mãe nunca havia sido meu sonho, antes, mas agora, eu queria e muito.
Sempre acordava chorando ao me sonhar segurando um bebê, feito por mim e Den.
Dennis nunca me apressou, nesses cinco anos em que estivemos tentando. Ele sabia o quanto esse assunto me deixava sensível, então não aparentava estar decepcionado comigo por eu não conseguir fazê-lo pai... Mas isso ainda sim acaba comigo.Na verdade, Den sempre deixou claro que já é feliz comigo e com nossos cachorros, e a criança só vai vir para complementar na nossa felicidade. Eu o amava muito por isso, mas era impossível não me sentir mal.
Mesmo assim, fazia de tudo para que ele não percebesse a minha tristeza. Não como antes.
Quando perdemos o primeiro filho, foi horrível, mas nada se compara à dor do segundo e depois a do terceiro. Claro, a dor de perder um filho é inimaginável. E cada uma é uma. Sem contar dos anos em esperança... Nos meses em que eu via que não havia dado frutos.
Antes, a menstruação era um alívio, agora, era o meu maior pesadelo. Não consigo contar quantas vezes chorei ao vê-la.
Eu fiquei meses, depressiva. Dennis me ajudou em todo esse tempo, mesmo estando mal também. Viajamos para muitos lugares, dando uma pausa nesse desgaste mental.
Aproveitamos nosso casamento, tirando o foco disso, já que me consumia toda vez em que eu pensava no assunto... E assim permanecemos.
Nada de tocar messe assunto por um bom tempo, levando eu conta o tratamento, que mexia muito com meus hormônios... Muito mesmo. O que dificultava meu humor e o sangramento.
Saí dos meus pensamentos ao ver o som da notificação.
Mãe: Vamos mudar de assunto...
Mãe: Vamos tomar um café? Faz tempo que você não me visita.Sorri fraco.
ㅡ Tá, pode ser. No mesmo lugar de sempre?
Mãe: Sim! Combinado!
Me obriguei à sair desse sentimento angustiante, e levantei para me vestir, antes, mandando mensagem para meu esposo.
ㅡ Amor, vou sair com minha mãe e levar Laika e Storm pro banho e tosa. Caso chegue e eu não esteja em casa, pega as crianças no pet.
ㅡ Te amo.A reposta não demorou.
Amor: Ok. Aproveite, princesa!
Amor: Te amo!Sorri para a tela antes de me obrigar à vestir algo e sair ao encontro de minha mãe.
~~
Sentiram a diferença? Kkkk
Tá acabando meu povo!!
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Um Acordo ( Concluída)
Storie d'amorePenelope é uma garota normal, em seu próprio mundinho fechado, até se ver presa à um assassino misterioso, cuja identidade ela ainda não conhece, mas que anda a observando há muito tempo e que pretende protegê-la. -Quem é ele? E por que ele? - Nada...