Quando deu o horário certo, fui me vestir para sair com Den.
ㅡ Diana! ㅡ gritei por ela que logo apareceu com o cabelo todo desgrenhado, e a cara amassada pelo recém sono.
Diana despertou ao me ver arrumada, e um sorriso malicioso lhe brotou nos lábios.
ㅡ Vai sair com quem, fofinha? ㅡ perguntou se aproximando.
ㅡ Amarra aqui, por favor.ㅡ me virei pra ela amarrar a minha blusinha.
ㅡ A mamãe vai jantar com você? ㅡ perguntou enquanto seus dedos trabalhavam nas minhas costas.
Meu corpo ficou rijo.
ㅡ Não... Ela deve estar ocupada e acabou se esquecendo.ㅡ murmurei e Nana parou por alguns segundos. Então continuei: ㅡ Vou sair com Den.
Nana ficou alguns minutos em silêncio até dizer:
ㅡ Vocês estão saindo? Tipo... Sério? ㅡ perguntou e eu me virei.
ㅡ Ah... Eu nem sei, Nana. Ele é meu amigo, ao que parece.ㅡ assim que eu terminei, Diana mordeu os lábios segurando uma risada. ㅡ Não começa...
ㅡ Como você é tola, irmãzinha! ㅡ cantarolou indo até meu guarda roupa.ㅡ Olha, está fazendo frio, e esse seu casaco é lindo! Se você não usar, eu vou roubar pra mim.
Bufei indo até ela e pegando o casaco de suas mãos.
ㅡ Nem pensar, bonitinha. E eu vou usar ele, sim.ㅡ dei um peteleco em seu nariz e vesti a peça ㅡ Você pode olhar Joaquim? Elsa já deveria ter chegado, mas demorou.
ㅡ Penelope, tem um moço na porta! ㅡ Joaquim gritou lá de baixo e eu ri.
Nana balançou a cabeça positivamente e eu resolvi confiar nela. Desci as escadas após pegar minha bolsa e beijei a cabeça de Joaquim antes de sair.
Den estava encostado no carro, para a minha felicidade, embora eu também tenha gostado da moto.Assim que ele me viu, guardou o celular no bolso e se aproximou com um de seus sorrisos de satisfação.
Ele estava todo de preto, com um sobretudo que deixava aparente a blusa de gola alta por dentro.Brytian tinha dessas de descer um frio de congelar os dedos, as vezes até nevava, ou então, descia um calor de queimar o teto da casa.
E hoje era um dia desses que o frio fazia bater o queixo.
Ele me olhou de cima a baixo, me fazendo corar.
Dennis me puxou pela cintura, colando nossos corpos e me fazendo arrepiar, mas não de frio.
ㅡ Olá, Den...ㅡ falei rindo e ele também riu pelo nariz, antes de afundar seu rosto em meu pescoço.
ㅡ Olá, Pen...ㅡ um beijo ㅡ Você sabe o quanto é bonita? ㅡ perguntou perto do meu ouvido. Me limitei apenas à um sorriso, o qual se desmanchou ao sentir Den beijar abaixo da minha orelha.
Me impressionava o fato dele não ter vergonha ou nenhum impasse. O quanto ele sabia que tinha um certo controle da situação.
Sua mão passeou por entre o casaco e a minha pele, indo até as minhas costas desnuda e descendo o dedo indicador, lentamente, até a parte inferior dela.
ㅡ Até o final dessa noite, espero lhe mostrar o quanto.ㅡ meu estômago se revirou por dentro, e ele sorriu ㅡ Venha cá, pequena. Tenho uma coisa pra você.
Segurou minha mão me conduzindo até o outro lado do carro, onde ele abriu a porta e me entregou um buquê. Minha boca se abriu em surpresa ao ver as lindas rosas, e uma caixinha no meio, a qual eu iria abrir depois.
Acabei rindo ainda surpresa e peguei o pacote de suas mãos.
ㅡ São lindas, Den! Obrigada! ㅡ me inclinei para beijar sua bochecha mas ele virou o rosto, segurando meu queixo e depositando um selinho leve em minha boca.
ㅡ Por nada, princesa. ㅡ e depois beijou minha testa com um sorriso de canto ㅡ Vamos? ㅡ abriu a porta pra mim.
Eu não sabia o que estava acontecendo dentro de mim, mas eu poderia desmaiar à qualquer momento. Era como se meu corpo estivesse bêbado.
Odiava essa sensação de não conseguir nem controlar o próprio corpo, mas esse era o efeito de Den. E mal nos conhecíamos, mas eu notava que isso não era um empecilho pra ele.
Por isso, entrei no carro para tentar acalmar meu coração ansioso.
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Um Acordo ( Concluída)
DragostePenelope é uma garota normal, em seu próprio mundinho fechado, até se ver presa à um assassino misterioso, cuja identidade ela ainda não conhece, mas que anda a observando há muito tempo e que pretende protegê-la. -Quem é ele? E por que ele? - Nada...