O Zagueiro e a Médica São-paulina (Concluída)

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Gatilhos!!

Alguns dias depois eu estava atendendo na clínica quando um jogador do Portuguesa marcou uma consulta comigo.

- Daniel Costa - chamo na recepção. Vejo ele vir na minha direção - sou Mariana - estendo a mão cumprientando o mesmo.

- é um prazer conhecer a senhorita.

Fomos pro meu consultório e ele me explicou o porquê de marcar a consulta, era só um exame de rotina pra avaliar uma antiga lesão.

Enquanto eu avaliava seu tornozelo me senti diversas vezes desconfortável com os assédios dele, e piorou quando ele pegou na minha bunda e apertou ela.

- se vista, eu te espero na recepção - saí da sala e fui pra recepção, peguei o telefone discando o número da polícia.

- polícia Federal, qual a sua ocorrência?

- meu nome é Mariana Silva, sou médica ortopedista e acabei de ser assediada no meu consultório por Daniel Costa, jogador da Portuguesa que veio se consultar comigo.

- qual o endereço da sua clinica?

Passei o endereço e eles avisaram que mandariam alguém para cá, minutos depois Daniel sai do meu escritório como se nada tivesse acontecido, peço pra ele sentar e aguardar e ele faz sem entender.

Abro as imagens das câmeras de segurança da minha sala assim que dois policiais entram na recepção. Daniel arregala os olhos e tenta agir naturalmente.

- aqui está a filmagem - mostro pro polícial no computador e entrego um pendrive com uma cópia pra ele.

- tudo bem.

Os policiais tiram ele da minha clínica e eu respiro aliviada, espero uns dez minutos até pedir à Lívia remarcar todas as minhas consultas do dia e ir para casa, só quero abraçar Nahuel e me distrair.

Quando cheguei Nana estava na sala com Galoppo e Calleri, assim que ele viu a minha expressão ele desmanchou o sorriso e veio me abraçar.

- o que aconteceu, florcita?

- um dos meus pacientes me assediou - abraço ele mais forte quando ele me pega no colo e se senta no mesmo lugar que antes.

- quem foi? - Galoppo pergunta preocupado.

- um jogador da Portuguesa, Daniel Costa.

- voy a acabar con este hijo de puta - Nana fala algo enquanto faz carinho em meus cabelos.

- não quero que faça nada - digo segurando sua blusa - pode prejudicar a sua carreira, não precisam se preocupar, eu chamei a polícia e eles tiraram ele de lá.

- vai abrir um processo contra ele? - Jonathan pergunta, nego com a cabeça.

- nosso jogo no próximo domingo é contra a Portuguesa - Giuliano lembra.

- se não posso acabar com ele fora de campo, vou acabar com ele dentro - Nana fala.

- se você não se machucar ou ser expulso eu aceito - falo baixinho vendo ele e os meninos sorrirem. Os três dão um soquinho ao mesmo tempo me fazendo rir.

- eu ia no mercado com eles agora, quer que eu fique aqui com você?

- não, vamos todos no mercado.

[...]

Nana dirigia concentrado enquanto cantava "Hey, Soul Sister" baixinho, eu já estava bem melhor e estar na presença dessas criaturas me distraia muito.

Quando chegamos no mercado separamos as funções e a lista e fomos em duplas pegar as coisas, Galoppo e Calleri ficaram com a parte não-perecível enquanto Nahuel e eu ficamos com a parte perecível.