/4\

654 39 36
                                    

Acho que tem algo nesse capítulo que é muito esperado...

- Micaela pode vir pra cá? - Calleri pergunta enquanto olha o celular.

- claro hermano, mi casa su casa - rio baixinho da sua fala e continuo cortando as linguiças, por incrível que pareça havia todos os ingredientes necessários na casa de Nana.

- vamo entra no clima gente - Galoppo diz.

- qual clima? - pergunto.

- no clima brasileiro.

- ah então puxa aquela caixinha de som e me da aqui.

Conecto meu celular no bluetooth da caixinha e coloco "País do Futebol" pra tocar.

- "oh minha pátria amada, idolatrada, um salve à nossa nação" - canto balançando no ritmo da música.

Vejo os meninos prestando atenção na música e sorrindo quando sentem o ritmo dela, quando ela acaba coloco "Batuque" pra tocar.

A campainha toca e Calleri vai até lá, minutos depois ele volta com a namorada dele, Micaela.

- Mica, essa é Mariana, a médica que eu te disse - sorrio para ela.

- ah, é um prazer - ela disse simpática.

- o prazer é meu.

Ficamos conversando com o pessoal da live mais um pouco enquanto o carreteiro não ficava pronto.

- vou te ensinar a cantar o hino viu - aponto para Nahuel.

- eu to precisando mesmo - rimos quando ele coça a nuca.

- vamos lá - começo a cantar o hino devagar, vendo ele acompanhar de pouquinho em pouquinho.

- muito bom - Galoppo sorri batendo palma assim como Mica e Calleri. Eu e Nana rimos um pro outro.

- nosso jantar está pronto - anuncio.

Coloco a panela com o carreteiro no centro da mesa e nos servimos, Mica e os meninos gemem de apreciação quando provam.

- nossa! - Mica diz - isso aqui tá muito bom.

Os meninos concordam com ela e eu agradeço, quando acabamos Mica e eu tratamos de fazer o bolinho de chuva, dessa vez ao som de "Camisa 10".

- "eu não me separo de você mulher, nem se a globeleza um dia me quiser" - canto mexendo ao som da música, que resenha boa.

- eu vou adotar um cachorro! - Nana fala com convicção.

- vai é? - Galoppo pergunta.

- acho que vou. Bom, eu quero.

- e quem vai cuidar dele quando você tiver que viajar pra jogar?

- não pensei nisso - ele coça a nuca. Já havia reparado nesse ato, ele fazia isso quando ficava envergonhado ou indeciso. Eu achava particularmente fofo.

- eu posso cuidar - digo - não vejo problemas nisso - balanço meus ombros fazendo pouco caso.

- ai eu botei fé - sorrimos um para o outro e me concentrei em acabar a massa dos bolinhos. Depois que fritamos eles passamos no açúcar com canela e servimos.

- fiquem à vontade - digo me sentando.

- vou roubar você para mim Marianinha - Galoppo fala - isso tá maravilhoso.

- obrigada - olho para Ferraresi que comia rápido - devagar meu amor - falo para somente ele ouvir - vai se engasgar assim.

Vejo seus olhos brilharem novamente e ele sorri para mim, ah esse sorriso meigo.

O Zagueiro e a Médica São-paulina (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora