北川綾 — Ayα Kitαgαwα
Ótimo! Era tudo o que eu precisava.
— Olá, Kisaki. - Respirei fundo e peguei os cacos maiores com as mãos.
Nós nos conhecíamos de longa data, ele foi um garoto que se declarou para mim faz alguns anos, antes mesmo deu sonhar em participar de uma gangue, acho que tínhamos 12 anos.
E depois deu ter o negado, ele ficou obcecado por mim, não aceitara que eu não queria nada com ele, poxa, eu tinha 12 anos. E o pensamento continua o mesmo, com ele? JAMAIS!
— Não sabia que trabalhava aqui. - Consegui ver de canto de olhos seus bochechas se rosarem aos pouco.
É claro que a história de como ele se declarou não acabou por isso. Ele ainda não era um delinquente, se tornou depois do meu "não". Ele achava que as garotas iriam gostar mais dele se fosse um idiota que participa de uma gangue, mas nada nunca mudou, ele apenas usava um uniforme legal e dava alguns socos.
Kisaki não satisfeito em ser apenas um delinquente, também se tornou um stalker.
Mesmo depois de anos, Kisaki me seguia todos os dias, e eu só cheguei a perceber por causa de um membro da BD que me seguia também, a pedido de Taiju, é claro. Foi quando ele acabou apanhando feio de alguns membros da BD, e me deixou em paz. O garoto era psicopata. Até hoje não deve saber o motivo de ter apanhado naquele dia, coitado.
— Bem, você sabe, Kisaki. Minha mãe trabalha de mais. - Prolonguei o assunto para poder ficar mais tempo perto deles, talvez eles soltassem alguma coisa que não deveriam.
— Deixe que eu te ajudo com isso. - O garoto loiro se levantou da mesa e segurou meu pulso, assim me fazendo soltar os cacos de vidro. — Não deveria mexer com vidro sem luvas. - O garoto suspirou e começou a pegar os cacos do chão.
— Agradeço, senhor, mas é o me trabalho. Pode deixar. - Eu tentei impedi-lo, mas ele deu um sorriso fofo em minha direção.
— Você precisa estar com as mãos inteiras para ajudar sua mãe. - Isso foi um tiro no coração, poderia me apaixonar por ele agora mesmo.
Enquanto o garoto pegava os cacos maiores, eu varri os que tinham de tornado caquinhos minúsculos.
— Prontinho, Aya. - Ele colocou os cacos na pá de lixo. Eu agradeci com a cabeça e fui guardar as coisas, aproveitei para pegar um kit de primeiros socorros, eu vi que seus dedos estavam sangrando por ter quebrado o copo na mesa.
Hinata já tinha levado o suco dos meninos e anotou o resto do pedido, então aproveitei para ir lá novamente para fazer um curativo nas mãos do garoto.
— Pode estender a mão, por favor? - Disse com a voz mais fina para parecer mais meiga, queria que eles continuassem a conversa, mas estava ficando impossível deles abrirem o bico.
— Caralho, isso arde! - Ele gritou após eu aplicar álcool nas pequenas feridas.
— Você reclama de mais para alguém que é de uma gangue. - Disse concentrada enquanto passava a faixa por sua mão formando uma espécie de luva. — Prontinho, não foi tão ruim, capitão durão. - Takemichy riu. Até que os machucados de seu rosto estavam melhores.
Sai da mesa os deixando sozinhos, olhando de longe até que eles não pareciam uma gangue tão perigosa quanto dizem. Bem, é claro que estou ignorando o fato deles terem se ameaçado com um caco de vidro e uma faquinha de cortar pão a poucos minutos atrás.
Eles estavam voltando a falar da BD, consegui ver os lábios do loiro que acabara de enfaixar a mão, mas para meu azar, aquele lugar começou a encher, então seria hora de servir mesas e lidar com homens sem noção, mais um típico domingo.
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Kinpatsu no Megami ✧ ⌠Dʀᴀᴋᴇɴ⌡
Fanfiction"Uma grande traidora, e isso o que eu sou." Aya Kitagawa entra para a décima geração da Black Dragon como a primeira e única mulher a ser permitida a participar de uma gangue, principalmente de uma gangue como aquela. Vivendo uma vida dupla, de manh...